A Volta do Clássico de Avellaneda

Jorge Almirón, técnico do Independiente, vê o clássico como uma final

Após um ano sem acontecer em jogos oficiais, o clássico de Avellaneda está de volta. Domingo às 15:15 os dois gigantes se encontrarão no Libertadores de América para mais uma edição desse clássico tão especial. Afinal, Avellaneda é uma das poucas cidades do mundo a sediar mais de um clube com títulos continental e mundial (as outras são Buenos Aires, Montevidéu, Porto Alegre, São Paulo e Milão). E com seus 30 mil habitantes, a cidade é muito menor que as outras que igualam tal feito, o que torna as conquistas de seus clubes ainda maior. (o “partido” de Avellaneda ultrapassa os 300 mil habitantes, mas mesmo considerando essa população ainda é menos de um quarto do total de pessoas que vivem em Porto Alegre e Montevidéu).

O Independiente não teve um grande começo de temporada, conquistando sua primeira vitória apenas na quarta rodada, chegando assim aos quatro pontos. O treinador do Rojo não fez questão de esconder a importância que confere à partida de domingo: “Será uma final, e como tal, temos de vencê-la. Não penso em mais nada além da partida de domingo”. Jorge Almirón mexeu na equipe em relação à escalação que enfrentou o Olimpo, retirando um defensor, de modo que o Independiente deve buscar o protagonismo do jogo.

Do lado alviazul do clássico, Diego Cocca procurou minimizar a importância da partida. Segundo o treinador da Academia, “Prefiro perder para o Independiente e lutar pelo título”. Para Cocca, “A idéia do Independiente é se juntar e roubar a bola. Jogam em casa e têm a obrigação de ganhar. Temos de jogar simples, na base dos dois toques. A equipe está muito motivada, mas precisamos de inteligência para vencer”. O Racing venceu três das quatro primeiras partidas da competição, e está em terceiro lugar, com nove pontos, atrás de Vélez (12) e River (10).

Prováveis formações:

INDEPENDIENTE: Rodriguez, Figal, Tula e Cuesta; Zárate, Bellocq, Méndez e Mancuello; Montenegro; Lucero e Penco.

RACING: Saja, Pillud, Lollo, Cabral e Grimi; Díaz, Acevedo, Videla e Centurión; Hauche e Milito.

Tiago de Melo Gomes

Tiago de Melo Gomes é bacharel, mestre e doutor em história pela Unicamp. Professor de História Contemporânea na UFRPE. Autor de diversos trabalhos na área de história da cultura, escreve no blog 171nalata e colunista do site Futebol Coletivo.

Recent Posts

O Papa é Copa: 10 anos da canônica Libertadores do San Lorenzo

"Porque isto é algo mais do que uma simples partida, bastante maior do que uma…

3 meses ago

Apostas no Futebol: crescimento e oportunidades internacionais

As apostas no futebol estão em franco crescimento no Brasil, impulsionadas pelo aumento das casas…

3 meses ago

Elementos em comum entre River Plate e Talleres, bases da seleção de 1978

A seleção de 1978 teve como principal celeiro o River Plate: foram cinco convocados e…

3 meses ago

Relembre Mario Kempes, que hoje faz 70 anos

Originalmente publicada pelo aniversário de 60 anos, em 15-07-2014 Segundo diversos sites estrangeiros sobre origens…

4 meses ago

Lautaro Martínez e os outros argentinos artilheiros da Copa América

Originalmente publicado em 12 de julho de 2021, focado na inédita artilharia de Messi em…

4 meses ago

Estratégias para apostar na Copa do Mundo de futebol

A Copa do Mundo de Futebol é um dos eventos esportivos mais aguardados e assistidos…

4 meses ago

This website uses cookies.