Nos últimos anos, a cada temporada que termina, o que se nota é uma decadência completa dos cinco grandes argentinos. Para se ter uma idéia, desde o Apertura 2008 nenhum dos cinco grandes terminou entre os três primeiros. Para piorar, em duas oportunidades, um dos grandes amargou a lanterna. E pensar que tem coisas piores para acontecer.
É imaginar que a crise dos grandes argentinos não vem de hoje. Sempre algum dos cinco poderosos argentinos flertou a parte de baixo da tabela. Até hoje, somente Boca Juniors, River Plate e Independiente nunca viram a segunda divisão. Mas, pelo que tudo indica isso é questão de tempo, principalmente se não houver mudanças drásticas.
Hoje em dia não existe mais respeito pela tradição da camisa. Os pequenos não vêm os clubes de maior tradição como um bicho de sete cabeças, principalmente quando o futebol europeu conseguiu levar os principais jogadores do País para Europa, equiparando assim o futebol argentino, não existindo mais equipes grandes ou pequenas. São apenas times.
Prova disso é que nos últimos 10 anos, somente em duas oportunidades (Apertura 2001 e Apertura 2002), os cinco tradicionais clubes argentinos terminaram entre os dez melhores do campeonato. Mesmo assim, nenhuma destas equipes ligou o sinal de alerta. Pelo menos não todos. Por enquanto.
Hoje, por exemplo, dois clubes estão bem próximos da zona de promoção. A situação mais crítica é a do River Plate. Justo aquele que é chamado de ‘El Más Grande, Lejos’ pelo número de títulos. O fato é que o hoje, o Millonario está lejos (longe) de ser tratado como um grande. Principalmente com o que vem apresentado – salvo os últimos jogos do Apertura 2010, com até então interino JJ López.
Durante quase todo o Apertura do ano passado, o clube esteve entre os quatro últimos, além de ter ocupado a zona de rebaixamento direto em duas oportunidades. Ao fim do torneio, em seis jogos, conseguiu 13 pontos importantes que o tiraram da zona de risco e colocaram o time na quarta colocação, mas a apenas quatro pontos de retornar a área de promedios.
A situação do Independiente é um pouco mais confortável. Hoje a diferença para o Gimnasia LP é de 10 pontos (vale lembrar que o clube tem uma partida do Apertura 2010 a ser disputada este ano). Contudo, o Rojo terá duas competições em 2011 justamente poucos meses depois de terminar em último, o que deixa o time a mercê do perigo já que irá priorizar a Libertadores (claro, se passar pela fase preliminar do torneio continental). O rival de Avellaneda também corre um sério risco, apesar de pequeno, após anos de sofrimento na zona de rebaixamento.
A situação de Boca e San Lorenzo é a mais a longo prazo, mas também depende do presente. Se ambos os times, assim como River e Racing, não fizerem uma campanha descente no Clausura deste ano, todos os quatro – com exceção do Independiente, que irá descartar uma média ruim na próxima temporada. Hoje a situação dos cinco grandes na zona de rebaixamento seria: Independiente 7º, San Lorenzo 12º, Racing 13º, River Plate 14º e Boca Juniors 15º. Uma temporada ruim como a do ano passado, pode homologar a presença de duas equipes na zona de promoção.
Ou seja: 2011 é um ano mais do que importantes para que os cinco grandes argentinos saiam da lama. Ou voltam a brigar por título e levantar troféus, como aconteceu em 12 dos últimos 20 torneios, ou começarão a ser tratados como pequenos. Até porque a tênue linha entre os títulos e a glória e a crise eterna está aumentando cada vez mais, apesar de em nenhum momento, qualquer um dos grandes tivesse chances de cair, contabilizando apenas os pontos.
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como é o futbol !
boca boca quén ti vil quén ti vê
Eu acho que a solução para o futebol Argentino é a fusão entre alguns clubes. Acho que o San Lorenzo poderia se fundir com o Vélez Sarsfield, formando assim um grande clube novo, rivalizado com os combalidos Boca Juniors, River Plate, Racing e Independiente.