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A crise dos clubes pode aumentar cada vez mais

Arte: Infobae
Arte: Infobae

Chovem intimações aos clubes, alertou Sergio Marchi, representante da ‘Futebolistas Argentinos Agremiados, “Com o que se deve aos jogadores, é impossível que se inicie o Apertura em agosto”, declarou Marchi. A crise no futebol argentina não tem precedentes, a dívida dos clubes com os jogadores chega a 40 milhões de pesos, e não existe muita luz no final do túnel.

Com o pouco movimento da janela de transferência na última temporada, os clubes não conseguiram cobrir suas dívidas e os que já estavam no vermelho, tiveram a sitação ainda mais agravada, pois os dirigentes pouco fizeram para conseguir conter a sangria dos clubes.

Dos clubes da primeira divisão do futebol argentino, somente o Vélez, o Lanús e o Estudiantes são as únicas equipes que estão em dia. E não é por casualidade, foram as únicas que não realizaram compras exorbitantes nas última temporada, apostaram em jogadores da base e venderam algumas peças para equilibrar as finanças. No Boca Juniors, por exemplo, um dos maiores clubes das Américas, Carlos Bianchia chegou a declarar que o existe um déficit de 100 milhões de pesos, cerca de 25 milhões de doláres.

Julio Grondona, presidente da AFA declarou que não emprestará mais dinheiro aos clubes, pois a AFA não tem condições. E ontem fez uma ameaça aos clubes que devem aos jogadores, “Os que tem dívidas nã poderão inscrever novos jogadores. Desta forma vão ter que fazer uso de sua base”.

Algumas soluções já estão sendo pensadas pelos dirigentes, como a criação de um teto de salários para jogadores, e a utilização do Prode – um sistema de aposta por telefone e internet, que reverteria dinheiro aos clubes-. Porém são todoas medidas paleativas, já que as arrecadações dos clubes são muito baixas. O Boca recebe 2 milhões de doláres de seu patrocinador, mas somente com os salários de Bianchi e Palermo gasta metade.

Segundo o presidente do Argentinos Juniors, e Coordenador da Seleções Nacionais da AFA, Luis Segura, a televisão também paga muito pouco. “O futebol está precisando de mais recursos, e os dirigentes entendem que a televisã deveria pagar mais. O mercado nos faz pagar o que não podemos, por diversas situações. Quando ele esá desordenado, nos leva a pagar preços que estão fora da realidade”, declarou o dirigente.

Sem dúvidas nenhuma, a situação merece uma análise muito profunda. Os dirigentes necessitam fazer uma auto-avaliação, para poder melhorar a gestão de seus clubes, aumentar a arrecadação e diminuir os gastos. Caso contrário, esta será uma crise sem fim.

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