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A “Doze” arde após o Superclássico

Logo após o gol de Maidana no Superclássico de ontem, as arquibancadas destinadas à torcida do Boca ficaram cheia de luzes vermelhas. A “Doze”, barra-brava do Boca, levou uma grande quantidade de sinalizadores ao estádio. Sem esperança que o Boca pudesse virar o jogo, a organizada acendeu os fogos e deixou evidente que entrou no Monumental sem ter sido revistada pela polícia.

Segundo relato do jornal Olé, enquanto a maioria dos presentes passou por quatro etapas de revista, a barra-brava xeneize chegou ao estádio do River escoltada pela polícia e entrou diretamente às arquibancadas, dominando os espaços.

Antes do jogo, ainda que a segurança do clássico tenha sido feita por 1.250 policiais e 250 seguranças particulares, houve incidentes entre torcidas no entorno do Monumental. E quando a “Doze” chegou ao estádio, outros incidentes aconteceram. A polícia abriu passagem aos ônibus que trouxeram os barras e cerca de 100 torcedores que estavam sem ingresso aproveitaram para tentar entrar no estádio aproveitando o espaço aberto pelas autoridades. Houve enfrentamento e dois torcedores acabaram feridos.

Além dos incidentes, pôde-se notar a briga interna pela qual passa a maior barra do Boca. Após a manifestação da segunda-feira organizada por Rafael Di Zeo, ex-líder da torcida, ao ônibus que levava o elenco do Boca para a concentração, o atual capo, Mauro Martín, contra-atacou. O ônibus que liderava o comboio das torcidas que foram ao Monumental estava com as cores do Boca e tinha a frase “A barra de Mauro” pintada.

Pablo Paladino, o secretário da SUBSEF (Subsecretaria de Segurança em Espetáculos Futebolísticos), já se posicionou afirmando que foi à justiça para saber se Di Zeo infringiu sua condicional ao organizar a manifestação da última segunda-feira. Espera-se que os barras sejam investigados com mais rigor que as revistas feitas à “Doze” antes do jogo contra o River.

Alexandre Leon Anibal

Analista de sistemas, radialista e jornalista, pós-graduação em Jornalismo Esportivo e Negócios do Esporte. Neto de argentinos e uruguaios, herdou naturalmente a paixão pelo futebol da região. É membro do Memofut, CIHF, narrador do STI Esporte (www.stiesporte.com.br ) e comentarista do Esporte na Rede, programa da UPTV (www.uptv.com.br ).

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