Em campo, a Argentina ainda gira em torno de Mascherano. E o Jefecito precisa descansar
A unanimidade de Mascherano tem sido questionável. Os últimos jogos, de pura oscilação, do Jefecito têm colocado vários pontos de interrogação sobre o momento e necessidade de readaptação de Mascherano na Seleção Argentina. A má fase técnica e física culminaram em erros nada comuns do jogador, como no empate contra o Peru, em Lima, e derrota diante do Paraguai, em Córdoba, com Bauza ainda no comando.
Desde a trajetória para a Copa do Mundo 2014, Mascherano é muito mais que um volante de contenção. Além de Messi, a figura do camisa 14 é a bola de segurança da equipe, que girou e gira ao redor do volante. São 12 de 14 jogos disputados na Eliminatória 2018, competição em que Mascherano lidera o número de desarmes (35*) e puxa a fila dos argentinos quando os assuntos são lançamento (48*) ou passes certos (843*). O Jefecito é a espinha dorsal argentina, e por vezes não tem conseguido descansar ou alguém que o desafogue.
Ao contrário de Martino, Bauza abriu mão do trio de volantes no centro do campo. Com menos suporte pelos lados, o rendimento de Mascherano caiu junto com a Argentina. Biglia e Kranevitter se alternaram como opções viáveis para acompanhar o Jefecito, sem sucesso. Sem desafogo e com acúmulo de jogos, surgiu a combinação perfeita para o questionamento inevitável sobre Mascherano realmente conseguir chegar em um bom nível na próxima Copa do Mundo.
A chegada de Sampaoli trouxe o nome de Mascherano entre os defensores. A princípio, o círculo central do campo fará menos parte da trajetória do jogador na Seleção e nomes como Banega, Paredes, Guido Rodríguez e Lucas Biglia iniciarão uma nova disputa pela vaga em aberto como primeiro volante. Temporariamente ou definitivo? Mascherano precisa de novos ares em campo.
*Números: Olé