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De virada: Argentina vence o Chile fora de casa e sobe na tabela

A tranqüilidade parece estar voltando à Seleção Argentina nas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018. Após um começo de competição conturbado, a equipe de Tata Martino conseguiu arrancar ontem a segunda vitória consecutiva – a segunda fora de casa – desta vez sobre os atuais campeões da Copa America, o Chile no estádio Nacional de Santiago pelo placar de 2-1. Di Maria e Mercado anotaram para a Seleção, que mesmo com os desfalques de Mascherano, Garay, Dybala, entre outros, mostrou superação e que continua forte na briga por uma das vagas na Rússia 2018.

O jogo

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A partida começou complicada para a equipe de Tata Martino. Sentindo a pressão dos donos da casa, o time tinha dificuldades na saída de bola e sentia a falta principalmente de Mascherano no meio campo. No Chile, a estréia do argentino Juan Antonio Pizzi como treinador funcionava como um estimulante a mais para a equipe atual campeã da Copa America. O Chile era só pressão nos primeiros minutos de jogo, mas logo aos 6’ o time perdeu uma peça importante. Matias Fernandéz sentiu um problema e teve que ser substituído por Francisco Silva. Aos 10 minutos o sistema defensivo argentino cedeu e após cobrança de escanteio, Felipe Gutiérrez subiu livre para abrir o placar para os donos da casa.

A Argentina tinha alguns lapsos de perigo, principalmente em contra ataques puxados por Di Maria e Messi, bastante marcado. Aos 19’ a equipe chilena tentou sair jogando, Mercado interceptou no meio e passou para Banega que dividiu com dois defensores e a bola sobrou pra Di Maria tocar no canto esquerdo de Bravo, empatando a partida. E a sorte parecia realmente não estar ao lado do Chile na noite desta quinta-feira, já que um minuto depois o técnico Pizzi foi obrigado a queimar a segunda substituição da partida. Marcelo Díaz também sentiu uma contusão e deu lugar a Bryan Rabello.

A partir daí a Argentina passou a se portar melhor dentro de campo e aproveitar os erros cometidos pelos donos da casa, que não conseguiam repetir o mesmo ímpeto dos 10 minutos iniciais de jogo. Aos 24’ Banega teve uma ótima oportunidade em cobrança de falta a esquerda do ataque, mas no levantamento pra área a zaga chilena se antecipou. O rebote caiu nos pés de Di Maria que mandou novamente para a área, onde Otamendi escorou de cabeça pra Messi que encarou o marcador e passou pra Mercado, todo desajeitado emendar para o gol: 2-1.

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Mercado comemora seu gol. Foto: AFP

Na segunda etapa o time voltou mais tranqüilo, disposto a administrar o resultado e aproveitar os erros do adversário para sair em contra ataque. Romero logo aos 2’ minutos levou cartão amarelo por supostamente fazer cera numa reposição de bola e Funes Mori um minuto depois por reclamação. Mas os cartões não desestabilizaram os ânimos da equipe que bem postada em campo soube se antecipar as tentativas chilenas. Aos 15’ Romero fez grande defesa no chute de Orellano. Aos 19’ foi a vez de Sergio Aguero matar o jogo, mas o chute saiu a esquerda de Bravo. O Chile chegou novamente com perigo aos 30’ em chute de Silva que passou próximo a trave de Romero. Daí pra frente somente o Chile jogou, mas faltou objetividade ao time de Pizzi que só conseguiu levar perigo em uma falta aos 45’ próxima a área de Romero, que Sanchez mandou por cima. Fim de jogo e a segunda vitória da Argentina nas eliminatórias se confirmou: 2-1.

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A seleção volta a campo na próxima terça-feira quando enfrenta a Bolívia no Monumental de Nuñez em Buenos Aires e para esta partida o técnico Martino perde dois zagueiros: Funes Mori e Otamendi por suspensão. Ele terá a disposição Martín Demichelis, Javier Pinola e Mateo Musacchio para as posições, além de Javier Mascherano que retorna ao time e pode também jogar no setor. A Argentina agora tem 8 pontos conquistados e ocupa a 4ª colocação na tabela de classificação. Caso o Brasil vença o Uruguai nesta sexta-feira, a Albiceleste perde uma posição.

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ARGENTINA: Romero; Mercado, Funes Mori, Otamendi e Rojo; Biglia, Banega (Augusto Fernandez) e Kranevitter; Aguero (Higuaín), Di Maria (Lavezzi) e Messi. DT: Tata Martino.

CHILE: Bravo; Isla, Medel, Jara e Mena; Díaz (Rabello – Pinilla) e Gutierrez; Orellana, Fernandez (F. Silva) e Beuasejour; Alexis Sanchéz. DT: Juan Antonio Pizzi.

Alexandre Silva

Quase ex-jornalista. Apresentador e repórter na Rádio Transamerica BH, mineiro e torcedor da Seleção Argentina desde a Copa de 98. @AlexandreSilva8

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