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Adeus, Marechal! Relembre Roberto Perfumo, lenda de Racing, River, Cruzeiro e seleção

Roberto Alfredo Perfumo foi um fenômeno, minha gente. Como pouquíssimos. Que tipo de jogador se faz presente nas escalações dos sonhos de três clubes e de sua seleção? Mais cruelmente, qual outro técnico já foi campeão no sofrido Gimnasia LP? Quem mais é colocado ainda em atividade na seleção dos sonhos do futebol argentino? A categoria, firmeza e liderança nata de El Mariscal (“O Marechal”), capitão de uma vitória argentina sobre o Brasil de 1970 fora de casa, o colocou nesse patamar.

Não foi fácil. Veio de uma família humilde sem luz em Sarandí, até hoje uma localidade não recomendada ao turismo. “Era um bairro muito pobre, um nível acima de uma favela. Não tinha água encanada. À noite, minha velha soprava uma lamparina de álcool e todos a dormir! Essa era a senha”, contou em longa entrevista em 2002 à revista El Gráfico. Os primeiros chutes se deram no Arsenal, então uma equipe de várzea. Lá chegou a jogar com Julio Grondona, futuro chefão do futebol argentino. Embora torcedor racinguista, tentou a sorte no Independiente, no Lanús e no River, mas só no clube do coração terminou aceito. Quando a El Gráfico publicou em 2011 uma edição dedicada aos cem maiores ídolos do Racing, tratou de colocar Perfumo destacado à frente dos outros cinco contemplados na capa (dentre eles, Diego Milito). Mas nem sempre a relação foi boa….

Foi posto no time principal em 1964, estreando em um amistoso com o Flamengo em 18 de janeiro (derrota de 2-0). Ainda semiprofissionalizado, foi convocado pela seleção olímpica da Argentina rumo aos Jogos de Tóquio. Rendeu-lhe os primeiros traumas da bola; primeiramente, os hermanos classificaram-se em uma partida trágica em Lima, contra o Peru. “O juiz anulou o empate do Peru no finzinho. O estádio estava cheio: primeiro entrou um cara com uma garrafa para cortar vivo o árbitro, depois veio outro. A polícia atirou gases, mas as portas estavam fechadas e depois que se matavam nas escadas, o resto voltou para matar a nós. (…) Estávamos no meio do campo sem poder fazer nada, cagados até os pés. Quisemos ir ao vestiário e caíam umas pedras tremendas. No fim nos metemos em um banheiro e retiravam os pibes mortos. Saímos com os tiras e estivemos dois dias enclausurados em dois quartos de hotel. Morreram mais de 300 pessoas”.

Nas Olimpíadas, a Argentina caiu para a seleção da casa. Segundo Perfumo, aquela foi a única vez em que chorou por futebol. “Não se chorava. E se chorasses, teus próprios companheiros te metiam patadas. Nós herdamos a coisa do futebol bem machista”, admitiu naquela entrevista. Em 1965, ainda não estava firme no Racing, que cogitou repassá-lo ao All Boys, da segunda divisão. O jogador, então volante, não estava muito satisfeito em tornar-se zagueiro, mudança imposta pelo técnico Juan José Pizzuti: “Eu jogava de volante esquerdo mas se lesionaram dois zagueiros e Pizzuti colocou (Alfio) Basile e eu. Fomos um desastre contra o Ferro (Carril Oeste), os torcedores queriam me matar. Disse a Pizzuti que a coisa não ia dar certo. O cara insistiu: ‘você vai jogar aí, vás à seleção e me vais trazer um piloto de Londres quando fores ao mundial”. (…) Isso foi em agosto de 1965 e em dezembro (Osvaldo) Zubeldía me chamou à seleção e não saí mais”.

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Contra o Nacional na final da Libertadores. Era lutador, mas cavalheiro depois: cumprimentando Daniel Willington após o Vélez ganhar o título de 1968 em cima do Racing

A mudança provou-se acertada e em 1966 Perfumo não só foi à Copa como recebeu seu apelido de El Mariscal, do locutor José María Muñoz. A experiência na Copa terminou ruim, com eliminação polêmica para a Inglaterra. “El Toto (o técnico Juan Carlos Lorenzo, que substituíra Zubeldía) foi muito defensivo. A seleção era uma coisa de loucos: se esqueciam as chuteiras, não tínhamos comida. É para fazer um livro. ‘Tomara que não me chamem’, dizíamos cada vez que havia uma convocação. (…) Um desastre em organização!”, contou também à El Gráfico. Essa época complicada ainda duraria muito tempo: “naquela época, os jogadores rechaçavam a seleção porque jogando para ela, em vez de aumentar nosso prestígio, nos arriscávamos a perdê-lo. Me assombrava quando meus companheiros do Cruzeiro esperavam, com a rádio pregada a seus ouvidos, a possível convocação. No Brasil era tudo ao contrário”, relatou já sobre 1974 ao livro Argentina en los Mundiales.

Se a Albiceleste naufragara em 1966, a Blanquiceleste daria seu maior salto: o Racing foi campeão argentino no embalo de um recorde de 39 jogos seguidamente invictos, marca só superada na Argentina pelo Boca de Carlos Bianchi (que conseguiu um jogo a mais). Basile e Perfumo eram a defesa sólida da Equipo de José, como aquele elenco, em referência ao técnico Juan José Pizzuti, ficou eternizado. Simbolicamente, foi da dupla os dois últimos gols da campanha, um 2-0 no San Lorenzo. “A cara (de anjo) ajudava, mas também me ajudou a conduta. Eu era forte, chocava e doía (…). A regra permitia muitas coisas. Hoje não sei quantas partidas terminaria em campo”, assumiu ele na entrevista à El Gráfico, na qual se comparou a Walter Samuel.

A entrevista, aliás, rendeu muitas anedotas sobre Pizzuti: “Ao lado de Pizzuti, (Daniel) Passarella é Madre Teresa. Deixavas cair uma migalha de pão na mesa e tinhas que pagar uma multa de 50 dólares. Nos fazia ir de paletó e gravata a campo em 1966. E com o cabelo era tremendo, também. Esteve quadro anos ladrando, não saudando. Mas é um fenômeno. (…) Nunca concentrávamos, mas aos sábados te mandava um pesquisador. Um cara que passava às 6 da tarde pela tua casa para que assinasses um papel (…). Não havia maneira de burlá-lo. Uma vez, o Panadero (Rubén Díaz) esta negociado com o pesquisador, mas ele lhe matou: mandou um pesquisador do pesquisador”. A menção a Passarella referia-se provavelmente à famosa imposição de cortes curtos para cabelos. João Cardoso, brasileiro daquele Racing, confirmou em entrevista ao Futebol Portenho essa prática de Pizzuti.

Em 1967, aquele elenco faturou a única Libertadores vencida pelo Racing e, adiante, o primeiro título mundial do futebol argentino. “Essas partidas se jogavam só por três minutos: depois tudo era confusão, reclamações, patadas”, brincou na entrevista. O momento mais complicado, porém, não foram as finais com Nacional ou Celtic e sim uma forte turbulência após partida em Medellín, cidade onde o tangueiro Carlos Gardel havia falecido em desastre aéreo – seu cenotáfio lá foi visitado pelo racinguistas. “Eu ia ao lado do Panadero Díaz, que a única coisa que fazia era xingar os dirigentes por nos fazer viajar nesse aviãozinho. Eu lhe dizia que não xingasse, que iam puni-lo. ‘Como punir, se aqui morreremos todos, idiota!’, me gritou. Quando chegamos, beijávamos a terra. Pizzuti nos reuniu na confeitaria e pediu uísque para todos. Rulli disse: ‘se escapamos dessa, saímos campeões’. E foi assim”.

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Pela seleção: em 1974, questionando a expulsão de Antonio Rattín em 1966 e trocando catimba com Pelé – venceu no início de 1970 o futuro Brasil tricampeão

Em 1968, esteve na segunda partida da história da seleção da FIFA. Foi contra o Brasil, compondo uma defesa lendária com Lev Yashin e Franz Beckenbauer. O Racing, por sua vez, esteve no páreo por mais títulos. Travou semifinais duríssimas com o Estudiantes na Libertadores, vencendo com gol do zagueiro por 2-0 em Avellaneda mas perdendo de 3-0 em La Plata e sendo segurado no jogo-desempate, um 1-1 em 120 minutos que favoreceu o adversário pelo melhor saldo. No Torneio Nacional, a Academia disputou o triangular-final com River e Vélez, que acabou campeão. Estavam inaugurados os anos de jejum racinguistas… Para piorar, a Argentina não se classificou à Copa de 1970, vexame que não impediu que Perfumo seguisse na seleção. Outra prova de sua qualidade é que foi capitão dela em 25 de suas 37 partidas pela Argentina.

Já a situação do Racing periclitava. Nos campos, o time perdeu em casa de virada para o Independiente na última rodada – Perfumo até marcou um dos gols, mas foi em vão: o arquirrival, com aquele resultado, foi campeão. Extracampo, a Academia se afundava em dívidas. O Mariscal foi um dos líderes de uma greve geral de jogadores ainda em 1970. “Eu tinha de sair do Racing. Há quatro meses não me pagavam. O futebol argentino atravessa crise muito grande, ainda sente o drama da desclassificação para a Copa”, explicou em sua chegada ao Brasil à revista Placar. Ao todo, foram 232 jogos e 16 gols, três deles no Independiente, pelo lado alviceleste de Avellaneda. O Cruzeiro o contratou embora seu presidente, Felício Brandi, fosse via de regra contrário a importações.

A explicação do dirigente, porém, teve de enaltecer o argentino: “como não pudemos contratar Brito em definitivo, tivemos que procurar um jogador do mesmo nível, e fomos encontra-lo em Roberto Perfumo, do Racing, da Seleção Argentina e da Seleção da FIFA. Para o lugar de um tricampeão (da Copa 1970) conseguimos um craque excepcional”. Em Minas Gerais, Perfumo foi tricampeão mineiro em um tempo no qual os Estaduais tinham tanto ou mais prestígio que o Brasileirão. Embora não tenha ganho a Bola de Prata, sempre rondava o troféu. Em 1973, fez parte da seleção da FIFA no jogo que marcou a despedida de Garrincha. Desenvolveu amizade especial com Dirceu Lopes: “não aceito Seleção sem a presença do Dirceu ao lado do Tostão”, reclamou em 1971. “É uma injustiça o baixinho não pertencer à seleção de vocês. Está jogando demais”, chiou em 1974.

A admiração foi mútua: “a nossa defesa melhorou muito. Era o nosso eterno problema. Com a vida do Perfumo e a volta do Procópio, ganhamos maior segurança. O Perfumo, que para mim é o melhor zagueiro do mundo, tem uma classe extraordinária e no entanto, quando precisa, dá chutão. Faltava exatamente isso ao Cruzeiro” declarou Dirceu em 1974. No ano seguinte, quando Perfumo, cuja família nunca se ambientou totalmente em Belo Horizonte, voltou à Argentina, Dirceu reclamou: “temos problemas sérios na defesa. Desde a saída do Perfumo, tudo se complicou”. Ele e Piazza votariam no argentino para o time cruzeirense dos sonhos em eleição promovida pela Placar em 1994. Perfumo foi um dos eleitos, assim como em 2006. Na primeira eleição do tipo, em 1982, ficou de fora na votação dos consultores, mas foi incluso em uma dos leitores.

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No pôster do time dos sonhos do Cruzeiro em 1994 (foi eleito novamente em 2006), em pé com Raul e Nelinho, e festejado pela torcida

E foi como cruzeirense que ele foi capitão da seleção na Copa de 1974, outra bagunça. O Mariscal não defendia a Albiceleste havia três anos. Havia para começar três técnicos (embora oficialmente fosse de Vladislao Cap o cargo), que assumiram a seis meses do torneio e não se entendiam. Os preparadores físicos não conversavam entre si. Até gol contra Perfumo fez. “Não havia um mínimo de organização; não tínhamos a menor informação de como jogavam nossos rivais e vimos, em seguida, a impotência dos técnicos para encontrar a equipe definitiva. (…) A eleição dos hotéis foi terrível. Alguns eram cinco estrelas, mas inadequados para uma delegação esportiva pelo contínuo movimento de passageiros. Outro estava endereçado em meio a autopistas, com um trânsito infernal de caminhões”.

Perfumo detalhou mais: “Não podíamos dormir, e a comida era atroz. Não porque fosse ruim, e sim porque era a que habitualmente consumiam os alemães e não gostávamos. Me lembro que um dia vieram me visitar os brasileiros João Saldanha e Gérson. Chegaram na hora da ceia. Começamos a falar e eu, sem me dar conta, não deixava de olhar o bife que Gérson trouxera. O brasileiro se deu conta e me disse: ‘queres?’. Me deu vergonha dizer-lhe que sim. No dia seguinte, chegou Paulino Niembro, (…) era dirigente da AFA. ‘Do que precisam?’, me perguntou. Lhe disse: ‘traga um cozinheiro’. (…) Não havia planejamento nem organização. Treinávamos onde podíamos. Quando íamos realizar o último treino, antes da estreia contra a Polônia, fomos ao campo e estavam jogando uma partida pela Liga Comercial da cidade de Stuttgart. Tivemos que ir em busca de uma várzea. Me lembro que fizemos os arcos com a roupa, como quando éramos garotos”.

A última partida foi melancólica: os 4-0 para a Holanda. “Eu não renunciava nunca a jogar, mas nessa partida do mundial, (o goleiro) Carnevali foi rápido buscar uma bola quando perdíamos de 2-0. ‘Não te apresses’, lhe pedi. ‘Por quê?’, me disse. ‘Porque nos vão fazer dez, idiota’. Tive medo de que nos fizessem dez”. Perfumo se lesionou e não jogou contra Brasil e Alemanha Oriental. Mas recuperou-se em 1975, ao arriscar-se indo ao River, que era aquilo que o Racing viria a se tornar: um gigante em jejum enorme, que chegava ao 18º ano. Ángel Labruna viu em Perfumo o líder necessário e o Mariscal virou millonario, mas não sem insegurança inicial. “Eu joguei até os 40, os velhos demoram mais para agarrar o timing“, disse Labruna para tranquilizar-lhe.

Perfumo foi o capitão do fim da seca, já naquele campeonato. Ele e o armador Norberto Alonso terminaram posando com galinhas, para simbolizar que o apelido que insinuava frouxidão já não incomodava mais os riverplatenses. Naquele mesmo ano, a El Gráfico promoveu uma eleição de todos os tempos do futebol argentino. Perfumo era o único em atividade laureado na escalação Amadeo Carrizo; Carlos Sosa, ele, Rafael Albrecht, Silvio Marzolini; José Manuel Moreno, Néstor Rossi; Omar Corbatta, René Pontoni, Rinaldo Martino e Félix Loustau. A dupla com Passarella marcou época, apesar de bate-bocas: “comigo quase nunca esteve de acordo. Ele tinha 20 anos e me dizia ‘vai marcar o camisa 9’. ‘Vá você’, lhe respondia. ‘Depois que jogues dois mundiais me poderás dizer isso’. Mas o filho da… não ia. Eu xingava e o pirralho aguentava”. Seriam eleitos os zagueiros do time dos sonhos do River promovido pela El Gráfico em 1999. Imagine se eles se entendessem…

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Comemorando seu gol que decidiu um Superclássico e assumindo a “gallina” no River

Antigo símbolo do Racing, o Mariscal se impregnou bem da nova atmosfera: “fiz um gol jogando um clássico e desejava ferventemente que ninguém fizesse outro. No finzinho, Pedro González escapou e eu rezava para que não fizesse, assim a história ia dizer que havíamos ganhado um clássico com um gol meu”. Foi 18 de abril de 1976, de falta, em plena Bombonera. Pelo River, ele venceu os dois campeonatos argentinos de 1975, foi vice da Libertadores em 1976 (justo para os ex-colegas do Cruzeiro; jogou a segunda final com distensão muscular apenas para cavar a expulsão do mais habilidoso cruzeirense, Jairzinho. Conseguiu, mas levou o vermelho junto e não esteve na terceira final) e, já perdendo lugar, ganhou novo título em 1977. Cansado, parou em outubro de 1978. Começou a dedicar-se à sua loja de roupas. “Há que escolher pela qualidade de vida”, explicou à El Gráfico.

“Comecei a vender jaquetas e foi ótimo. Gostava dessa vida: nos domingos comia raviólis, tomava vinho e dormia a sesta. Quando diriges, não tens paz. Um dia de natal te dizem: ‘ui, machucou-se o ponta-esquerda, que fazemos?’. Há 30 pessoas, cada uma com seus problemas, os dirigentes, os salários… o treinador trabalha 24 horas. Chega”. A carreira de treinador acabou errática. Em 1981, comandou o Sarmiento de Junín. Em 1991, assumiu de emergência o Racing e o fez ser líder à altura da 13ª rodada, com direito a um 5-2 no River. Mas a lesão de Rubén Paz foi seguida de um 6-0 do Boca e a Academia ficaria só em 4º. Perfumo brigaria com o próprio Paz e foi treinar o Olimpia, pelo qual reencontrou o Atlético Mineiro na final da Copa Conmebol em 1992. Diferentemente dos tempos de jogador, perdeu a final. Em 1993, passou pelo colombiano Santa Fe e assumiu a reta final do Gimnasia LP na Copa Centenário da AFA, torneio que para muitos é o único título do Lobo – pois o campeonato de 1929 foi levantado no amadorismo: saiba mais.

“Foi uma boa experiência para ver que deve fazer um treinador para não tocar nada. Os treinadores sempre estão em uma luta permanente para modificar. E o que eu ia modificar? A equipe estava um fenômeno. O único que tinha que fazer era tirar-lhes o medo de jogar contra o River. E para isso nada melhor que um ex-jogador do River”, batido por 3-1. Perfumo explicou como inflamou os comandados, lembrando-se de preleção de Pizzuti antes de um Racing x Santos: “Pizzuti (…) falou uma hora e nem mencionou Pelé, até que Rulli lhe pergntou: ‘e Pelé, quem o marca, mestre?’. José o olhou e lhe disse: ‘você’. Mas se eu perguntasse, dizia para mim. Fazia para nos engrandecer. Com o tempo lembrei dessa anedota e empreguei no Gimnasia (…). (Sergio) Dopazo me perguntou quem tinha que marcar a subida de Hernán Díaz: ‘ninguém, se nunca fez um gol’. Pobre Hernán, eu tive que manda-lo para baixo de um trem para que saíssem confiantes”.

Perfumo ainda representou a América do Sul em uma comissão de ex-jogadores consultiva da FIFA, no início do mandato de Sepp Blatter. Foi o primeiro ministro dos Esportes de Néstor Kirchner. Em 2013, voltou a manifestar-se na Placar, elegendo seu time dos sonhos: Ubaldo Fillol, Carlos Alberto, Procópio, Rafael Albrecht e Silvio Marzolini, Zito, Didi, Dirceu Lopes e Diego Maradona, Pelé e Mario Kempes. Há dois meses, em eleição oficial da AFA, voltou a ser escalado na seleção dos sonhos da Argentina, mesmo com mais derrotas (16) que vitórias (12) por ela. Nas quartas-de-final da Libertadores passada, os oponentes River e Cruzeiro prestaram um tributo a ele e a Juan Pablo Sorín, outro ídolo em comum. Se houve um lado positivo no episódio do gás entre Boca e River, foi esse: os dirigentes de River e Cruzerio, sob esse trauma, procuraram tratar-se cordialmente. Perfumo merecia que uma de suas últimas aparições públicas tenha-lhe sido uma homenagem.

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À esquerda, com a primeira taça mundial do futebol argentino.

Caio Brandão

Advogado desde 2012, rugbier (Oré Acemira!) e colaborador do Futebol Portenho desde 2011, admirador do futebol argentino desde 2010, natural de Belém desde 1989 e torcedor do Paysandu desde antes de nascer

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