Primeira Divisão

River Plate vence o Quilmes, mas fica com o vice-campeonato

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Foi difícil, o gol demorou para sair, mas graças ao uruguaio Carlos Sánchez, o River Plate venceu o Quilmes, fora de casa e por pouco não conseguiu dar mais uma volta olímpica, já que o Racing se sagrou campeão no Cilindro. Mesmo sem a taça, os torcedores millonarios não tem o que reclamar em 2014, principalmente pelos títulos alcançados e o retorno da força da camisa do River, que irá buscar a Copa Libertadores em 2015.

Todas atenções estavam voltadas para Avellaneda, qualquer placar no Cilindro iria influenciar no duelo entre Quilmes e River Plate. Dentro de campo, no Estádio Centenário, um jogo muito nervoso. Os visitantes, que tinha a obrigação de buscar a vitória, abusou das bolas aéreas, praticamente os lances mais perigosos foram pelo alto. O goleiro Benitez salvou no começo do jogo e depois Cavenaghi cabeceou na trave. Pelo chão, somente um lance perigoso, quando Vangioni apareceu bem e chutou com força, mas sem muito trabalho para Benitez, que garantiu o empate parcial sem gols.

O treinador Marcelo Gallardo saiu irritado para os vestiários e parece ter tido uma boa conversa com os jogadores, já que o River voltou melhor para os 45 minutos finais. Tudo bem que o gol não aparecia de jeito nenhum e nessa altura, o Racing já havia aberto o placar no Cilindro. Só um milagre traria o bicampeonato para o River, que foi obrigado ir com tudo em busca dos três pontos. Pisculichi, assim como na Sul-Americana, era o jogador que chamava a responsabilidade. Foram dois lances cruciais, primeiro Piscu tirou tinta da trave com chute de fora da área e depois o camisa 15 obrigou o goleiro Benitez a fazer brilhante defesa em chute de falta.

Parecia que o River não iria marcar, mas aos 37 minutos, Carlos Sánchez, outro brilhante jogador millonario, pegou a bola do lado direito e puxo para dentro, emendando um chutaço de esquerda, entrando na gaveta de Benitez, para lavar a alma do River e colocar pressão no outro duelo. Mas o tempo passava e o Godoy Cruz não ajudava o River, para piorar, os barras bravas do Quilmes começaram a colocar fogo em papéis picados e se pendurar no alambrado, obrigando Loustau a terminar o jogo, antes dos 45 minutos.

O título ficou em Avellaneda, o River liderou por bom tempo o certame nacional, mas não tem o que reclamar, já que deu a volta olímpica pela Sul-Americana na última quarta-feira. Agora, os comandados de Marcelo Gallardo terão férias mais que merecidas, mas em janeiro o foco já voltará para a Copa Libertadores, torneio que o River almeja e certamente irá com tudo para conquistar. Parabéns ao River, parabéns ao Racing, por elevar ainda mais o nível do Campeonato Argentino.

Victor Limeira

Jornalista formado pela faculdade paulista FIAM/FAAM. Acompanha não só o futebol argentino como as ligas menores da Europa. Começou a escrever para o Futebol Portenho em agosto de 2010 principalmente por ter uma paixão do futebol que reúne alma, raça e um belo toque de maestria

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