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A pedradas, barras de time do interior matam jogador do clube rival

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Aimogasta é uma pequena cidade do departamento de Arauco, província de La Rioja. Estamos falando de rincões do interior argentino que poucos argentinos já ouviram falar. La tem uma liga local de futebol, semi-amadora e com o nome de La Liga Aimogasteña de fútbol. Mesmo nessas ligas, o futebol argentino é levado a sério, os rádios locais noticiam tanto os feitos de River e Boca quanto os das pequenas equipes da cidade. Contudo, um crime chamou a atenção de todo o país e, por causas infelizes, coloca o nome da pequena cidade nos noticiários mundo a fora. Em partida entre o Tiro Federal e o Chacarita houve uma confusão. Depois dela, e do jogo, os barras do Chacarita assassinaram o jogador Franco Nieto, capitão da equipe rival.

Jogo era válido pela terceira rodada da liga aimogasteña. O Chacarita era um dos líderes, enquanto o Tiro Federal era o lanterna da competição. Partida na cancha do Tiro, que vencia fácil por 3×1 até os 30 minutos da etapa final. Então, um jogador do Chaca foi expulso e a confusão começou. Elenco rival não aceitou a decisão do árbitro e não apenas elevou o tom, como partiu para uma pequena exibição do que há de mais lamentável no boxe: os murros desnecessário. O árbitro não viu condição do jogo seguir e resolveu suspendê-lo.

Todos foram para os vestiários e trataram de ir embora. Cada um pegou o seu carro ou se fez de carona no carro de algum companheiro. Quando Franco Nieto chegou no seu veículo, foi surpreendido pelos barras do Chaca. Surraram Nieto impiedosamente e o golpearam na cabeça com pedaços de pedra. Bateram no capitão do Tiro até sentirem que ele estava desacordado. Então fugiram.

Imagem de Franco, 33 anos, morto pelos barras do rival.
Imagem de Franco, 33 anos, morto pelos barras do rival.

O jogador foi socorrido ao hospital e ficou entre a vida e a morte. Porém na data desta quarta-feira, Nieto faleceu. Seus agressores estão sendo caçados e um deles já está preso, acusado de ter sido aquele que deu o golpe fatal. Só que a consciência desse agressor segue livre e impune, presente na mente de tantas outras pessoas.

O presidente da Liga, Angel Núñez, anunciou a suspensão do campeonato, enquanto todos tentam confortar a família de Nieto. Enquanto ele estava no hospital, a Liga tratou de auxiliar sua família com os gastos hospitalares.

A justiça local agiu rápido e o jovem apreendido chama-se Jorge Barrionuevo. E mais dois outros já fazem companhia a Barrionuevo, na cela. Porém, a caça aos demais “bandidos” que agrediram Nieto ainda não se concluiu. Roque Jaime, delegado principal da cidade disse que nenhum deles assume que foi agressor do capitão do Tiro Federal de La Rioja. O fato é que o atleta de 33 anos estava sozinho na hora da agressão e pronto para retornar à sua família. Tinha cumprido com sua obrigação para com o clube local e se preparava para curtir o fim de semana com seus familiares, antes de retornar ao seu trabalho na segunda-feira. Era assim há muito tempo. Não será mais. Ao menos no caso de Franco Nieto.

Joza Novalis

Mestre em Teoria Literária e Lit. Comparada na USP. Formado em Educação e Letras pela USP, é jornalista por opção e divide o tempo vendo futebol em geral e estudando o esporte bretão, especialmente o da Argentina. Entende futebol como um fenômeno popular e das torcidas. Já colaborou com diversos veículos esportivos.

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