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River Plate vence Boca Juniors e está na final da Sul-Americana

RIVER VS BOCA 27/11/2014 ALFIERI MAURO

Há quem diz que o River Plate não é um time copeiro. Ainda mais nos jogos contra o seu arquirrival Boca Juniors. Mas o presente não é bem esse. O clube conquistou nesta quinta-feira uma de suas maiores vitórias em superclássicos nos últimos anos.

A vitória por 1×0 no Monumental de Núñez, pelas semifinais da Copa Sul-Americana, pode ser comemorada como um 2×0 por conta do pênalti pego por Barovero logo aos três minutos de jogo. Algo que ficará no imagináiro do torcedor Millonario por muito tempo.

O triunfo foi comemorado como um título. Também pudera. Além de eliminar o seu arquirrival pela primeira vez em um torneio internacional após 28 anos, terá a chance de se conquistar um torneio internacional três anos após ter sido rebaixado.

Essa será a primeira vez em 11 anos que o River Plate chega a uma decisão internacional. Em 2003, chegou a final da mesma Sul-Americana, mas acabou perdendo para o Cienciano, do Peru na decisão.

Jogo
O duelo começou com emoções extremas. Logo aos 20 segundos de jogo, a arbitragem marcou pênalti para o Boca após uma dividida entre Rojas e Meli em um lance polêmico. Tão polêmico que foram três minutos para que o atacante Gigliotti fosse para a cobrança. No entanto, o centroavante bateu mal e viu Barovero impedir que o Boca abrisse o marcador.

Ainda que com o pênalti perdido, o Boca foi quem manteve o domínio dos primeiros minutos do confronto. Mostrava-se mais próximo de marcar o primeiro gol da partida, mas não era contundente. Principalmente após o meio-campista Fernando Gago ter sentido um dor na coxa, feito que lhe tirou do confronto minutos depois.

Ainda com Gago em campo, o Boca teve uma boa chance de marcar. Após bom lançamento, Calleri bateu, Barovero rebateu e Gigliotti perdeu uma boa oportunidade de marcar o gol do Boca pela segunda vez no Superclássico.

Antes do terceiro erro do atacante – que veio ao fim do primeiro tempo – o River Plate chegou ao seu gol. Após uma jogada bem trabalhada, Pisculichi acabou desperdiçando, mas a zaga se livrou de forma equivocada. Vangioni recebeu pela ponta esquerda, cruzou forte e o mesmo Pisculichi abrir o marcador, para alegria do torcedor do River Plate, aos 15 minutos de jogo.

Barovero pegou o pênalti de Gigliotti logo aos três minutos de jogo. Torcida comemorou como um gol.
Barovero pegou o pênalti de Gigliotti logo aos três minutos de jogo. Torcida comemorou como um gol.

Minutos depois, o Boca chegou a marcar o seu gol, mas acabou sendo prejudicado pela arbitragem. Colazo bateu falta na área, a defesa do River cortou. A bola acabou voltando para a área do River Plate e encontrou Gigliotti, que dominou e bateu de primeira, balançado as redes. A arbitragem acabou marcando impedimento do grandalhão Xeneize, mesmo com Ponzio dando condição de jogo. Ao fim do primeiro tempo, Gigliotti ainda teve outra chance de marcar, de peixinho, mas perdeu. Foram três chances perdidas e um gol mal anulado.

Segundo tempo
O River Plate demonstrou ao decorrer do jogo um estilo mais cadenciado, chegando muito nos contragolpes, mas sem um volume de jogo que dava ao time a possibilidade de ampliar o marcador. Um pouco diferente na segunda etapa, quando os contragolpes foram mais frequentes, com muitas chances desperdiçadas pelo Millo. Pisculichi, Teo Gutíerrez e Sánchez foram os principais responsáveis pelas tentativas de gol.

O Boca Juniors, como era de se esperar, acuou o rival em seu campo de jogo. Mas sem a presença de Fernando Gago, lesionado, não conseguia chegar com tanta profundidade em seu ataque. Ainda assim, a impressão que se dava é que com um River Plate recuado, um gol sairia a qualquer momento. Um gol do Boca que daria a classificação ao time, mesmo com o empate, isso devido ao gol qualificado. Tal feito, não aconteceu. E para a alegria Millonaria, o River Plate chegou à decisão da Sul-Americana.

httpsv://www.youtube.com/watch?v=nNDrDY0Tqw4

Thiago Henrique de Morais

Fundador do site Futebol Portenho em 2009, se formou em jornalismo em 2007, mas trabalha na área desde 2004. Cobriu pelo Futebol Portenho as Eliminatórias 2010 e 2014, a Copa América 2011 e foi o responsável pela cobertura da Copa do Mundo de 2014

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