Presidente da AFA garante que calendário do futebol argentino será definido na terça-feira
Quando se pensa que os clubes argentinos estão entrando em consenso quanto ao campeonato de 2015, uma bomba do meio do nada explode de forma assombrosa. Nesta sexta-feira pela noite, uma reunião extraordinária pode ter selado uma guerra entre os gigantes argentinos e a AFA, com ameaças de renuncias pelo que foi levantado no encontro.
Depois de ser definido o torneio 30 clubes entre agosto de 2015 e junho de 2016, com o aval do Fútbol Para Todos, foi proposto na reunião de sexta-feira que a proposta inicial, com início em fevereiro até novembro, seja colocada em prática. Os recém empossados vice-presidentes da AFA, Rodolfo D’Onfrio (River Plate), Daniel Angelici (Boca Juniors) e Matias Lammens (San Lorenzo), se irritaram, deixaram a reunião sem conceder entrevistas e com cara de poucos amigos.
A proposta dos clubes ligados à ideologia de Julio Grondona visam em proteger os clubes do acesso, o que se torna uma questão lógica. Apesar de neste ano haver 10 acessos da B Nacional para a Primeira Divisão, haverá um hiato de 18 meses para novos acessos. Isso prejudicaria, principalmente, as equipes que estão em divisões inferiores e não somente a Segundona Argentina. Clubes, que por exemplo, subiram da Terceira para a Segunda, só poderiam almejar um retorno à elite para o segundo semestre de 2016.
Em meio a toda a polêmica, Luis Segura, presidente da AFA, em entrevista ao fim da reunião, garantiu que na próxima terça-feira será definido como será disputado, o calendário, a questão dos rebaixamentos e, inclusive, o repasse de verba oriunda do Fútbol Para Todos. “Tudo será decido ao fim da reunião do Comitê Executivo”, garante o dirigente, que durante a Copa do Mundo foi pego vendendo ingressos da AFA a preços exorbitantes.