IndependienteRacing

Independiente vira para cima do Racing e vence o Clássico de Avellaneda

Com um gol e uma assistência, Mancuello foi decisivo para a vitória do Independiente
Com um gol e uma assistência, Mancuello foi decisivo para a vitória do Independiente

Em uma partida movimentada e com muitas emoções, o Independiente bateu o Racing de virada em casa por 2 a 1. Penco e Mancuello marcaram para o Rojo, após Milito abrir o placar para a Academia. A vitória foi importantíssima para os vermelhos, que começaram mal o campeonato mas chegaram à segunda vitória seguida. Os alviazuis sofreram a segunda derrota no torneio e vão perdendo contato com a liderança.

Quando a bola rolou a impressão era que o Racing venceria. Os comandados de Diego Cocca anulavam sem dificuldades o ataque rival, e buscavam os contra ataques. A estratégia deu resultado logo aos 12 minutos, quando Centurión fez boa jogada pela esquerda e centrou para Milito marcar. A Academia controlou os primeiros 20 minutos de jogo e parecia rumo a uma importante vitória.

Mas em poucos minutos tudo mudou. Aos 25 Mancuello cobrou falta lateral e Penco entrou com oportunismo para empatar. Dois minutos depois Montenegro lançou Mancuello, que se antecipou a Saja para virar o jogo. Pior ainda, aos 35 minutos Diego Milito saiu lesionado, dando lugar ao fraco Bou. Uma sequência terrível de golpes para a Academia, de forma que quando as equipes desceram para o intervalo, a situação era favorável ao Independiente.

Como seria de se esperar, o Rojo voltou cauteloso na segunda etapa, esperando o Racing e buscando o contra ataque. Com o rápido Pisano no lugar de Montenegro, os comandados de Jorge Almirón conseguiam levar perigo à meta de Saja, e Mancuello quase marcou ao cobrar uma falta que explodiu na trave.

Mas nos últimos 15 minutos o Independiente desistiu de jogar, e o Racing partiu com tudo em busca do empate. No entanto, faltava organização e talento na armação das jogadas, e com quase todos os jogadores dentro da área, a equipe local conseguiu se segurar. Ao fim, ficou evidente que a saída de Milito havia sido decisiva. Sem ele, a Academia perde muito de seu poder ofensivo. O Independiente acabou premiado pelo esforço e organização tática superiores.

INDEPENDIENTE: Rodriguez, Breitenbruch, Tula e Cuesta; Gómez, Bellocq, Mancuello (Figal) e Escudero (Vidal); Montenegro; Lucero e Penco.

RACING: Saja, Pillud, Lollo, Cabral e Grimi; Díaz (Acuña), Videla, Acevedo (Vilar) e Centurión; Hauche e Milito (Bou).

Tiago de Melo Gomes

Tiago de Melo Gomes é bacharel, mestre e doutor em história pela Unicamp. Professor de História Contemporânea na UFRPE. Autor de diversos trabalhos na área de história da cultura, escreve no blog 171nalata e colunista do site Futebol Coletivo.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

quatro × 4 =

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.