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Boca 4 x 2 Arsenal: quando o mestre superou o discípulo

bianchipalermo

O duelo entre Boca Juniors e Arsenal não valia nada para o campeonato, já que as duas equipes estão fora de qualquer disputa. Para os xeneizes valia pela tentativa de seguir a boa sequencia recente de partidas. Já o Viaduto precisa se acostumar ao estilo de seu novo treinador, que tenta mudar a maneira de jogar da equipe. Mas a grande atração era o encontro de ídolos eternos da história xeneize. Do lado auriazul, Carlos Bianchi estava no banco e Riquelme em campo. E a equipe de Sarandí é comandada por Palermo, Schiavi e Abbondanzieri.

A partida começou com tudo, e mal se havia completado o primeiro minuto e a Bombonera explodiu. Gigliotti preparou a jogada para Erbes, que se infiltrou em meio à defesa do Arsenal e cobriu Campestrini com muita classe. A partida começava da melhor maneira possível para os xeneizes.

Mas o rival não estava disposto a facilitar. O Arsenal foi para cima e pressionou o dono da casa, que apostava nos contra ataques. Aos 16 minutos o placar ficou igual: Rolle cobrou escanteio, e uma confusão na área permitiu a Echeverría fuzilar Orión e empatar a partida.

O jogo seguiu animado, com ambas as equipes em busca do gol. O Arsenal era um pouco melhor, mas nos descontos do primeiro tempo o Boca pulou na frente de novo. O árbitro assinalou um pênalti controverso, uma duvidosa mão na bola de Marcone. Riquelme cobrou com a classe de sempre e desempatou a partida.

No segundo tempo o Boca começou melhor, e não apenas administrava a vantagem, mas também pressionava o rival. E foi premiado aos 9 minutos com o terceiro gol. A defesa do Arsenal errou na saída de jogo, Insúa fez bela jogada pela esquerda e centrou. Campestrini interceptou o cruzamento, mas Colazo cabeceou par ampliar a vantagem.

O terceiro gol matou a partida. No restante do tempo o Boca se contentou em administrar a vantagem frente a um adversário que nitidamente se mostrava incapaz de reagir perante um rival que fazia uma partida superior. Quando, aos 40 minutos, Gigliotti converteu um pênalti sofrido por Acosta, apenas fez com que o placar refletisse o que acontecia dentro das quatro linhas. Furch ainda aproveitou uma indecisão de Orión para dar números finais ao placar.

BOCA: Orión, Grana, Díaz, Forlín e Insua; Erbes (Ledesma), Bravo e Colazo; Riquelme (Acosta); Martinez (Riaño) e Gigliotti.

ARSENAL: Campestrini, Nervo, Echeverria, Braghieri e Pérez; Zuculini (Cardozo), Marcone (Sperdutti) e Zaldívia; Rolle (Carrera); Zelaya e Furch.

Tiago de Melo Gomes

Tiago de Melo Gomes é bacharel, mestre e doutor em história pela Unicamp. Professor de História Contemporânea na UFRPE. Autor de diversos trabalhos na área de história da cultura, escreve no blog 171nalata e colunista do site Futebol Coletivo.

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