Primeira Divisão

Colón fica no empate com Rafaela e se afasta da Liderança

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Atuando em casa, o Atlético Rafaela foi anfitrião para Colón de Santa Fe num jogo-chave para ambos. De um lado, o conjunto local lutava por uma vitória, após sete partidas sem somar três pontos; de outro, o Sabalero, postulante a líder e ao caneco do Torneio Final. Rodrigo Depetris abriu o placar para La Crema, mas o artilheiro Graciani empatou tudo depois. Serviu para nada, exceto para os promédios de ambos. Com o resultado, as duas equipes mantêm suas torcidas na incerteza quanto à manutenção de sua equipes na elite argentina.

Após sete partidas sem uma vitória, a equipe do Rafaela estava todinha preparada para pegar o Sabalero de jeito. Promoção para atrair a torcida e cenário de festa pronto para o abate do Colón. E tudo parecia de acordo para que La Crema não deixasse o postulante a líder sair da cancha cremosa com um resultado que não fosse uma vexatória derrota. Começou melhor, cobrindo os espaços no campo de defesa e não deixando o visitante criar nada a partir da transição para o ataque. Também ganhava o meio-campo, setor em que se não fosse por Videla o Sabalero seria massacrado. Chances de gols foram poucas, mas La Crema esteve mais vezes na cara do gol e com chances de marcar.

A principal delas, porém, foi do Colón. Em rápido contra-ataque, Alario entrou na área de Conde e foi derrubado de forma estúpida por Garcé. Na cobrança, Mansilla, disperso, jogou no meio do arco e permitiu a fácil defesa do guardametas de La Crema.

Sendo assim, o primeiro tempo ficou no zero e disse mais sobre a peleja do que a vontade do Rafaela e a posição do Colón na tabela do Torneio Final. No segundo tempo, as coisas pareciam diferentes. O Rafaela voltou mais ofensivo, com suas linhas se compactando e avançando num bloco de seis a oito homens de maneira vertical e alternando entre o centro e os flancos do campo. A defesa do Colón não entendeu nada e bateu cabeça o tempo todo. Albertengo saiu ao menos duas vezes na cara do gol. Porém, não era dia do melhor jogador do Rafaela na competição.

Mas se Albertengo não estava bem, Diego Vera e Deprets perturbavam a defensiva sabalera com uma frequência que pareceu demais para o conjunto visitante. E foi Depretis quem chegou às redes logo aos sete minutos do segundo tempo. Pelota articulada pelo flanco esquerdo que contou com a bobeira da zaga sabalera: 1×0. O resultado era tudo o que Burrochaga queria desde o primeiro minutos de jogo. O fato é que o estilo de jogo do Colón costuma desprezar o sistema defensivo quando a equipe sai perdendo seus jogos. O contrário também é verdadeiro. Um dos méritos do Sabalero na competição tem sido defender de forma heroica o resultado favorável dentro dos jogos.

Só que não foi bem isso o que aconteceu. De uma hora a outra La Crema recuou deixou de lado a rápida chegada no ataque. Os dois homens da primeira linha praticamente viraram defensores e Bastiá passou a atuar como protetor da zaga. Um espaço enorme se abriu para o ataque sabalero. Isto permitiu que Mansilla e Graciani deixassem o meio-campo e fossem compor o ataque em número e em qualidade. O efeito disso foi rápido, Aos 18 minutos Graciani empatou a partida.

Depois disso, o Rafaela pareceu desacostumado com o ataque, além de se esquecer que precisava da vitória. Fez a estranha opção de seguir se defendendo e tentar as saídas rápidas pelos contragolpes. Só que não tinha contragolpe, pois também o Sabalero resolveu se arriscar pouco, após a igualdade. Sinal disso foi que a partida perdeu a graça e caiu no apreço e no apoio da torcida local. Ninguém conseguia criar chances reais de gol, apesar de que o volume de jogo para isso era todo do Colón.

Com o apito final de Abal o placar deixou as duas equipes na pior. O Rafaela soma oito jogos sem vitória e se aproximada da zona da degola. O Colón também frequenta esta parte da tabela. Além disso, se afasta temporariamente da liderança do Torneio Final.

Joza Novalis

Mestre em Teoria Literária e Lit. Comparada na USP. Formado em Educação e Letras pela USP, é jornalista por opção e divide o tempo vendo futebol em geral e estudando o esporte bretão, especialmente o da Argentina. Entende futebol como um fenômeno popular e das torcidas. Já colaborou com diversos veículos esportivos.

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