Lanús e O’Higgins mal pareciam campeões no empate sem gols da estreia
A bola ficou sob domínio Granate. O jogo, não. Posse da pelota faz parte das obrigações de um time anfitrião que precisa vencer em casa, especialmente na Copa Libertadores. O gol também. Faltou isso e mais um pouco ao Lanús, que apesar de chegar com moral de campeão da Sul-Americana e da facilidade com que passou da fase preliminar, conquistou apenas um ponto contra o O’Higgins, campeão chileno.
Faltou ao time de Guillermo Barros Schelotto o que lhe sobrou no título continental de 2013, inspiração no ataque. Posse de bola, presença no campo de defesa adversário, tudo isso o Lanús demonstrou no campo em La Fortaleza. Teve apenas algumas chances raras, graças a atuação de Ayala nas bolas paradas e cruzamentos.
Justiça seja feita, no entanto. O O’Higgins dificultou a vida Granate com uma marcação exemplar. E o melhor time chileno contou com destaques argentinos para levar o empate para casa. Eduardo Berizzo, aprendiz do Loco Bielsa, armou um esquadrão de defesa incansável, tanto para roubar a bola quanto para levá-la ao ataque. Lá na frente, Pablo Hernández fez mais do que os anfitriões, o melhor em campo. Mas a chance de ouro do camisa 9 Calandria, cara a cara com Marchesin, voou por cima do travessão.
Schelotto e seus comandados terão de recuperar os pontos perdidos no Paraguai, contra o Cerro Porteño, lanterna do grupo 3. E para o bem do Lanús, melhor que empatem novamente os chilenos na próxima quarta-feira (19), dessa vez com o Deportivo Cali (COL), líder da chave.