Supercampeão!
O Newell’s teve um ótimo primeiro semestre: venceu o torneio Final e está nas semifinais da Libertadores. O Vélez, ao contrário, sofreu: foi eliminado da Libertadores (exatamente pelo Newell’s) e ficou em um medíocre 16o lugar na liga doméstica. Assim, tudo apontava para o favoritismo da Lepra na primeira edição do Supercampeonato argentino. Mas quando o jogo terminou, quem comemorou foi a torcida fortinera.
Com uma defesa forte e um meio campo compacto, o Vélez começou bem superior a seu rival e não demorou a marcar. Logo aos 8 minutos Pratto recebeu cruzamento e bateu forte de esquerda para vencer Guzmán e abrir o placar. Mas o Fortín recebeu um duro golpe na metade do primeiro tempo, quando o árbitro anotou um pênalti para o Newell’s, e expulsou o capitão velezano, Cubero. Mas o goleiro Sosa fez bela defesa na cobrança de Scocco, garantindo a manutenção da vantagem para o clube de Liniers.
No segundo tempo o Newell’s veio com tudo. Atacou o rival buscando o empate, e à medida que não conseguia, o treinador Gerardo Martino promovia alterações para tentar o gol. Saíram Pérez e Cruzado para a entrada dos ofensivos Tonso e Urruti. Enquanto isso o Vélez se recompunha, com Gareca sacando o artilheiro do jogo para a entrada de Romero. Com isso, os últimos 15 minutos os leprosos pressionaram mais do que nunca, enquanto o Fortín praticamente apenas se defendia.
Ao fim, o Vélez conseguiu segurar a vantagem mínima. Levou para casa um título nacional e vagas na Libertadores, Sul-Americana e Supercopa argentina. A grande dúvida é a dimensão histórica do título de hoje. A temporada terminou com três campeões, em uma bizarra decisão da AFA, que visava agradar aos clubes. Resta saber se o formato será mantido e se a longo prazo o título conquistado pelos comandados de Ricardo Gareca será levado a sério.