Newell’s é goleado no Paraguai e por pouco quase perde a vaga nas oitavas
Desde Buenos Aires – Com o grupo praticamente resolvido -apenas uma goleada da Universidad de Chile na Venezuela e uma derrota da Lepra- Olimpia e Newell’s se enfrentaram no Defensores del Chaco para definir quem seria o primeiro colocado do grupo. Mas não é que o inesperado quase aconteceu? Os rosarinos precisaram fazer figas e dar graças a um gol do Deportivo Lara lá na Venezuela que tranquilizou e assegurou a vaga para a próxima fase da Libertadores. O Olimpia goleou por 4 a 1 e deu mostras de que pode ser um adversário complicado na sequência da competição. Já o Newell’s precisa se recuperar do susto e corrigir os erros.
A partida começou num ritmo muito bom. Os donos da casa mal deixavam o Newell’s tocar na bola e atacavam por todos os lados do campo. A Lepra só tinha chegado com uma descida do sempre excelente e estável Scocco, que ganhou na velocidade do marcador e passou com mel para Figueroa, livre na cara do gol, chutar para fora. Com o uruguaio Salgueiro em noite inspirada, pressionaram até conseguir o primeiro gol. Saiu de pênalti depois de um contra-ataque rápido e justo no momento em que os argentinos eram melhores em campo. Guzmán ficou cara a cara com o atacante do Olimpia e não viu outra solução a não ser cometer a penalidade. Só não esperava ser expulso, justamente, pela dura falta cometida. Peratta veio do banco de reservas, mas não conseguiu evitar o gol de Salguiero: Olimpia na frente 1 a o.
A etapa final começou em ritmo alucinante. Logo aos dois minutos Casco deixou tudo igual num chute cruzado depois de uma triangulação que envolveu toda a defesa paraguaia. Era o empate que Martino queria para controlar os ânimos e acomodar o time dentro de campo. Mas o OLimpia pressionava e em um lance inacreditável teve, pelo menos, três chances de marcar o segundo. Peratta e diversas outras pernas vestindo rubro-negro evitaram o gol, que chegaria com Ferreyra desviando de cabeça uma cobrança de falta que veio do lado direito aos dez minutos; 2 a 1.
Apesar da inferioridade numérica a Lepra se lançou e a noite ganhou em emoção. Era lá e cá e na melhor de Scocco na partida, bateu de chapa dentro da área, a bola caprichosamente bateu na trave e saiu. A partir daí tudo foi Olimpia. Outros dois jogadores não perderiam a oportunidade de festejar novamente. Primeiro Salgueiro anotou um golaço ao matar no peito fora da área, fintar e deixar seu marcador no chão e chutar rasteiro cruzado de perna esquerda, para marcar o 3 a 1. Minutos depois Ferreyra, novamente de cabeça, marcou o 4 a 1 e deixou Martino com cara de preocupado na beira do campo.
Então os paraguaios resolveram aproveitar o momento. Tocavam a bola ao som do “olé” da torcida e continuavam chegando com perigo, Ferreyra outra vez de cabeça quase ampliou o placar. Enquanto isso as notícias que chegavam da Venezuela não eram nada animadoras. A Universidad de Chile ia vencendo por 3 a 1 e a diferença de gols para o Newell’s caía para apenas dois e ainda havia tempo para tomar o lugar dos argentinos nas oitavas de final da Copa Libertadores.
A vaga só foi assegurada quando o Deportivo Lara diminiu o placar lá na Venezuela e praticamente selou a história desse grupo: Olimpia classificado em primeiro e Newell’s, com muito sufoco, em segundo.