Faltou ar, mas sobrou disposição
Desde Buenos Aires – O pontinho conquistado na altitude boliviana foi bem-vindo. A seleção bem que poderia ter saído de La Paz com uma vitória sobre a Bolívia, mas como cavalo não se olha os dentes, é bom não reclamar. Destacável as atuações de Mascherano e, principalmente, Di María. Este último parecia ser o único “boliviano” da Albiceleste. De tanto que correu parecia adaptado ao clima, como quem sempre tivesse jogado nos difíceis 3.672 metros acima do nível do mar.
Ainda que a revanche daquele trágico 6 a 1 em 2009 não tenha acontecido, o empate por 1 a 1 foi muito importante para o estado anímico da equipe. Principalmente por ter começado atrás no placar, Marcelo Moreno colocou os donos da casa em vantagem aos 24 minutos da etapa inicial. Nos acréscimos do primeiro tempo, Banega marcou o tão comemorado gol argentino. O clima de euforia no vestiário após o apito final foi resumido por Sabella; “Estavam um pouco cansados, mas também muito contentes”.
E por falar em cansado, quem parece ter sofrido os efeitos da altitude foi o melhor jogador do mundo. Não que tenha atuado mal, mas em comparação com o futebol que estamos acostumados a ver em suas apresentações, Messi esteve um pouco abaixo do nível… Messi de ser. Já no segundo tempo perdeu uma excelente oportunidade de definir a vitória quando saiu cara a cara com o goleiro. Tentou encobri-lo, mas não conseguiu levantar a bola mais do que meio metro do gramado. Acostumado a fazer “zilhões” desses gols por ano, parece que a altitude priva o melhor do mundo de seus luxos.
Um jogo onde o importante era não perder, a Argentina vai caminhando com passos decididos rumo à Copa do Mundo de 2014. Lidera as Eliminatórias com 24 pontos, quatro a mais que o Equador, segundo colocado e que tem um jogo a menos. A seleção pode carimbar o seu passaporte já na próxima rodada dupla quando enfrentará a Colômbia em Rosario e o Equador jogando em Quito.