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No duelo dos desesperados, Independiente e River não passaram de empate

Em partida imprecisa e de rendimento vacilante no estádio Libertadores de América, em Avellaneda, Independiente e River igualaram o placar em 2 a 2, pela 17° rodada do Torneio Inicial 2012. Com todos os ingredientes que envolvem um dos clássicos mais importantes do futebol argentino, já era no mínimo esperado que fosse uma partida nervosa. Somando-se à rivalidade, o fraco desempenho no Torneio Inicial 2012, em que ambos lutam para fugir das últimas posições das tabelas e somar pontos no promédio, o encontro desta tarde de sábado (24/11), era no mínimo crucial. E se o resultado foi considerado ruim para ambos, foi ainda pior para o Rojo que segue na zona de rebaixamento.

Jogando como mandante, o Independiente saiu para a partida e buscou logo abrir o placar.

Mais desesperado dos dois, a equipe da casa saiu na frente, quando aos três minutos, após boa jogada pela esquerda do ataque do Independiente, Rosales centrou rasteiro para o meio da área de Vega, que não chegou a tempo de impedir Fredes de empurrar para dentro abrindo o placar.

Parecendo assustado nos primeiros minutos, a marcação em linha da defesa do River era uma via livre para as decidas do Rojo que ameaçava o gol de Vega em todo momento. Enquanto o meio campo da equipe de Nuñez não sabia o que fazer com a bola e demorava para avançar ao ataque, o miolo do Independiente conseguia criar oportunidades com quatro ou cinco toques.

No entanto as chances criadas e não convertidas foram castigadas sem piedade aos 22 minutos quando Ponzio cobrou falta pelo setor direito do ataque do River e Botinelli cabeceou sozinho empatando a partida. Uma falha imperdoável da defesa dos donos da casa.

Após o gol de empate, a partida teve sua primeira inversão de figura e a desorganização que antes era latente nos comandados do treinador Matías Almeyda, agora reinava soberana nos donos da casa, que sofreram bons 15 minutos de parestesia e só voltaram a ameaçar com Farias que entrou pela esquerda e chutou forte, mas encontrou Vega que salvou parcialmente e Botinelli chutou para longe, evitando que o rebote fosse aproveitado.

O segundo tempo voltou com um número ainda maior de erros e a jogada mais absurda foi protagonizada justamente por Fredes que de cara para o gol de Veja pegou de canela e isolou. O castigo veio com uma pancada de Sánchez da entrada da área sem chances para Hilário Navarro, aos 12 minutos do segundo tempo, assim dando a vantagem momentânea no placar.

Jogando com o coração, o Rojo foi para cima e aos 25 da etapa complementar, em bola alçada na área do River, Battión cabeceou para dentro da área, Farias tentou e Galeano conseguiu fazer em cima da linha. Era o gol de empate que dava uma sobrevida aos donos da casa. Gallego ainda reclamaria da arbitragem, mas o placar final era a igualdade.

O jogo teve momentos distintos e mostrou a razão de as duas equipes estarem em situação complicada no presente torneio. A falta de regularidade apresentada foi a tônica, com as duas equipes alternando momentos razoáveis com erros primários, longe do brilhantismo de outras épocas. Lamentável, mas real, dizer que a emoção da partida saiu justamente das imprecisões apresentadas em campo.

Junior Sagster

Jornalista esportivo, formado em Comunicação Social/Jornalismo. Acompanha o futebol argentino desde a Copa do Mundo realizada no México em 1986, quando viu pela primeira vez Maradona jogar pela Seleção Argentina. Em sua carreira como jornalista tem 06 anos de experiência, 02 em redação e 04 em assessoria de imprensa esportiva.

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