Independiente

Cristian Diaz: “se sentir que sou um problema, vou embora”

O Independiente vive um momento terrível. Na zona do descenso, a equipe ainda não marcou gols no Inicial, e perdeu o clássico para o Racing. Além dos ataques dos barras, a pressão em grande parte está sobre o treinador Cristian Diaz. Muitos avaliam que o jovem técnico é o responsável por o time não conseguir mostrar futebol, a despeito das contratações. No entanto, o treinador se mostrou tranquilo de que o desempenho do Rojo vai melhorar, e garantiu que não hesitará em deixar o clube se sentir que a situação está difícil.

“Estou doído, mas inteiro. A verdade é que o Racing nos superou e ganhou bem, o que me gera dor, porque como responsável pela equipe a culpa é minha, mas confio no esforço diário e no trabalho, ainda que hoje vejo que isso não se reflete nos jogos. Mas só sairemos dessa situação pelos resultados, e é preciso que isso aconteça, porque o Independiente se preparou para lutar no alto da tabela, e não na parte debaixo”, disse o técnico à Rádio Del Plata.

Díaz também fez questão de deixar claro que se for o caso não verá problemas em deixar o clube: “A verdade é que não me coloco prazos, mas se em algum momento sentir que sou um problema, irei embora, Cantero não terá de me demitir. Não estou aqui pelo dinheiro, mas pela glória. Temos a obrigação de vencer, pois estão todos aborrecidos, ao ponto de que tenho recebido mensagens ameaçadoras, às quais não dão importância, mas é ruim, pois entraram em temas pessoais”.

Para o treinador, a celeuma causada pelos maus resultados é um sintoma de problemas do futebol argentino: “precisamos ter calma, pois o futebol argentino hoje é um moedor de carne. Não deixo meu filho ver programas que falem de mim, pois sofre ao ver insultos à minha pessoa. Por outro lado, sou responsável pela derrota no clássico, mas não tenho dúvidas que no próximo semestre o Independiente não terá problemas com o descenso”.

Tiago de Melo Gomes

Tiago de Melo Gomes é bacharel, mestre e doutor em história pela Unicamp. Professor de História Contemporânea na UFRPE. Autor de diversos trabalhos na área de história da cultura, escreve no blog 171nalata e colunista do site Futebol Coletivo.

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