Sand: “prometo fazer os mesmos gols de Téo, porém, sem os seus efeitos colaterais”
José Sand é a nova cartada do Racing para a próxima temporada. Experiente e conhecedor da aflição da torcida acadêmica, pelas últimas campanha da equipe, Sand promete fazer os gols de Teo Gutiérrez, mas sem os efeitos colaterais do colombiano. Reveja a entrevista do goleador a um importante meio desportivo argentino.
“Você jogou na Ásia, Europa e América do Norte…isso por três anos e agora volta à Argentina. O que aconteceu Sand?” “Isto é certo, eu estava fazendo uma longa ronda pelo mundo e demorando para voltar. Porém Zubeldía insistiu pela minha contratação. Fez de tudo para isso. Ele me chamou e perguntou como eu estava me sentindo…”
“Você teve vários e bons técnicos. O que faz do treinador acadêmico um comandante diferente?”. “Eu me lembro que, ao começar cada temporada, ele me fazia assistir um vídeo. Me pedia que me movimentasse dessa foram ou daquela. Indicava o que eu teria de fazer para o benefício de todo o ataque da equipe e como ser a sua referência. Além disso, me deixava tranquilo. Não é qualquer um que vem e te diz essas coisas com tanta clareza e exatidão”.
“E sua expectativa agora em atuar pelo Racing?” “Não sei bem, mas sempre gostei de jogar contra o Racing; de poder ir ao Cilindro…”
“Será que não foi por ter metido dez gols justamente no Racing?” “Quem sabe? Mas é fato, eu gostava muito de jogar ali, me sentia bem. Achava bacana quando tinha gente sentada ao lado da linha, bem na frente dos bancos. Jamais pensei que poderia jogar um dia nesse clube. É uma motivação-extra; principalmente pelo fato de que logo terei 32 anos”.
“No país, você foi goleador por duas vezes; nos Emirados, fez 32 gols; no La Coruña não chegou nem a participar do certame e, no Tijuana anotou 12 gols. Alguma coisa mudou, Sand?”. “Sinto-me no momento ideal de minha carreira; sei que estou maduro para um desafio como o de jogar pelo Racing. Quando tive o convite de ir ao River, eu era muito jovem; agora, com o Zubeldía eu me sinto cheio de experanças; mas sei que vai ser dentro de campo que mostrarei se valeu ou não a minha contratação pelo clube”.
“Bem, você sabe que não veio mesmo a passeio; desde a saída de Teo que se busca um nove decisivo e com gols. Você ficou sabendo, de longe, o que aconteceu?”. “Eu estava no México e fiquei sabendo. Bem difícil para um grupo jovem viver aquela situação. Jamais imaginei que aquelas coisas acontecessem dentro de um vestiário; incrível. Sequer imagino como foi a solução do caso, mas imagino que não foi nada fácil”.
“Téo Gutiérrez e você têm dois estilos distintos, é isso?”. “Creio que sim, tomara que eu possa fazer os gols que Téo fez na mesma quantidade de partidas. Tomara que eu consiga fazer esses gols, porém sem os mesmos efeitos negativos. Quanto ao estilo, penso que sou mais de área; não saio muito, pois não disponho de muita noção de armação de jogo; os torcedores me verão mesmo é dentro da área. Eu não posso ser um enganche e nem atuar voltando para buscar o jogo, assim como Téo fazia tão bem. Farei o melhor de mim, mas não prometo gols, pois esse não é o meu estilo”.
“E isso é algo que o próprio Zubeldía deve saber, já que insistiu tanto na sua contratação, não é mesmo?”. “Claro que tenho uma pressão para dar certo por causa disso. Ele me conhece e sabe o que eu posso jogar e oferecer à equipe. Quando me tinha no Lanús, me dizia que não me preocupasse em fazer 15 gols, já que oito, nove ou dez gols somados a algumas assistências estaria de bom tamanho. Ele sabe lidar com a cabeça de um jogador tanto quando estamos bem quanto quando estamos nos nossos piores momentos”.