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Barras do Almirante Brown ameaçam “suspender” rodada final da segunda divisão

Barras do Fragata disseram que não vai ter jogo, se acordo por ingressos não for mantido pela direção do River

Tudo estava certo para que os torcedores do Almirante Brown recebessem 6.500 ingressos para o duelo no Monumental, contra o River. Só que com a interdição da Tribuna Sívori alta os dirigentes millonarios prometeram somente 2.000 ingressos. Em Isidro Casanova, os barras do Fragata, ameaçam “suspender” o cotejo no Monumental.

O acordo foi selado ainda no semestre anterior entre os dirigentes de River e Almirante Brown. Em Isidro Casanova, os hinchas do River receberiam 6.500 ingressos, assim como os hinchas do Fragata, quando ocorresse a partida de volta, no Monumental. Contudo, após a interdição da Tribuna Sívori alta, a casa millonaria perdeu 16.000 lugares. A partir disso, os dirigentes de Núñez concluiram que o Almirante Brown também deveria pagar a conta. Agora, disponibilizam somente 2.000 entradas para os visitantes.

A notícia não caiu bem em Isidro Casanova. À princípio, os próprios dirigentes do Fragata se inclinaram a não receberem nenhum ingresso, já que ficaram preocupados com a recepção aos seus hinchas em Núñez e também por não terem a menor ideia sobre o local onde ficariam os barras-brava locais. Tudo indica que fiquem bem pertinho dos visitantes de Isidro Casanova.

Hoje à tarde, parte dos torcedores do Almirante Brown se reuniu no ginásio polidesportivo do clube para um protesto sobre o tema. Além disso, os hinchas prometeram que “não haverá” a partida entre River e Fragata, caso a direção do Millo não mude de ideia.

Quanto à maneira como pretendem impedir a partida, eles asseguraram que em grande número bloquearão a partida do ônibus, com os jogadores do Fragata, de Isidro Casanova em direção a Bajo Belgrano. Não bastasse o clima já pesado para o jogo, esse ingrediente pode ser decisivo para incendiar de vez o próximo sábado de futebol na Argentina.

Joza Novalis

Mestre em Teoria Literária e Lit. Comparada na USP. Formado em Educação e Letras pela USP, é jornalista por opção e divide o tempo vendo futebol em geral e estudando o esporte bretão, especialmente o da Argentina. Entende futebol como um fenômeno popular e das torcidas. Já colaborou com diversos veículos esportivos.

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