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Central e River jogam mal e apenas empatam, na “grande final” em Rosário

Com o Gigante de Arroyito entupido de gente, o Central recebeu o River Plate e não saiu do empate. Resultado que se não foi dos melhores, está longe de ter sido ruim para o Canalla. Ruim foi para o Millo, que poderia se livrar do Instituto se vencesse a partida em Rosário. Contudo, nenhuma das duas equipes mereceu triunfar no Arroyito. O jogo foi truncado do início ao fim e as defesas prevaleceram sobre os ataques. O River tentou um pouco mais, mas a articulação de jogadas pecava por falta de candidatos a protagonistas no jogo. Sánchez estava mal, assim como Cavenaghi e Trezeguet. Já o Canalla, vítima de muitos desfalques, parecia feliz com a igualdade e pouco propunha o trabalho no campo de defesa do River. No fim, o empate foi justo. Agora, o Central tem apenas três partidas para confirmar o título. Já o River, ainda tem o Instituto para dificultar o seu sonho de acesso direto à primeira divisão.

O técnico Pizzi formou o Central com um 4-2-2-2, com Alderete e Vismara protegendo sua linha defensiva. Desta forma, o tradicional abafa que o Canalla impõe sobre todos os rivais não foi visto nos primeiros minutos de jogo. A partida era de estudo. E nisso, o Central parecia melhor, já que o River estava mais ansioso do que o conjunto local.

E a primeira chegada com perigo foi do Central. Aos 17 minutos, Pepino cabeceou a pelota, que passou raspando a trave de Vega. Porém, o jogo seguiu truncado e com poucas chances de gol para as duas equipes. Apesar disso, o River chegou duas vezes. Em uma delas, contou com uma grande falha de Valentin, que Cavenaghi não se aproveitou. A outra jogada começou com Sánchez, que fez lançamento na direita para Domínguez. Bola cruzada na área e Trezeguet concluiu com dificuldades.

E o primeiro tempo ficou assim, no zero a zero que fez jus ao que as duas equipes não produziram nos primeiros 45 minutos.

Na segunda etapa as duas equipes continuaram apostando mais em “uma bola do jogo” que na criação da jogadas. Chori Domínguez melhorou e com isso o Millo chegou ao menos duas vezes com perigo à meta de García. Na principal jogada, “el Chori” limpou a marcação de Pérez e passou para Rogelio Funes Mori concluir para a defesa do porteiro local.

Já o Central continuava eficiente na marcação, mas sem profundidade no campo de ataque. Medina estava mal na partida e o chileno Leonardo Monje, que entrou em seu lugar, esteve ainda pior. Dessa forma, o cotejo seguiu até o fim sem que nenhuma equipe merecesse a vitória. Melhor para o Canalla, que com a igualdade ainda depende apenas de si para chegar ao título da B Nacional. Na próxima rodada, o Central encara o Patronato, em Paraná; enquanto o River será anfitrião para o Boca Unidos, no Monumental.

Formações

Rosario Central: Manuel García; Paulo Ferrari, Nahuel Valentini, Franco Peppino, Gerardo Pérez (Biglieri); Andrés Alderete, Federico Vismara; Jesús Méndez, Ricardo Gómez (Zarif); Antonio Medina (Monje) e Gonzalo Castillejos. Técnico: Juan Antonio Pizzi.

River Plate: Daniel Vega; Jonathan Maidana, Leandro González Pírez, Ramiro Funes Mori; Carlos Sánchez, Ezequiel Cirigliano, Leonardo Ponzio, César González (Ocampos); Alejandro Domínguez; David Trezeguet e Fernando Cavenaghi (Rogelio Funes Mori). Técnico: Matías Almeyda.

Joza Novalis

Mestre em Teoria Literária e Lit. Comparada na USP. Formado em Educação e Letras pela USP, é jornalista por opção e divide o tempo vendo futebol em geral e estudando o esporte bretão, especialmente o da Argentina. Entende futebol como um fenômeno popular e das torcidas. Já colaborou com diversos veículos esportivos.

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