Independiente goleia o Racing nos minutos finais

Desde Buenos Aires – Uma partida intensa, vivida em cada detalhe e jogada com muita vontade pelos dois lados, até o momento que os visitantes puderam manter a cabeça no lugar. Novamente se enfrentaram Independiente e Racing, desta vez com a vitória por 4 a 1 para o Rojo. Como não poderia ser diferente, o jogo começou em ritmo acelerado e com muito nervosismo.  Expulsões, pênalti e goleada marcaram o clássico de Avellaneda.

Tamanha foi a tensão inicial, que Cristian Díaz, técnico do Independiente, foi expulso logo aos 12 minutos de partida. Os donos da casa começaram mal e o gol saiu merecidamente para os visitantes. Milito falha de forma imperdoável, tenta afastar uma bola próximo a linha lateral, mas acaba chutando em cima de Hauche que vinha fazendo pressão. O atacante aproveita o presente, invade a área e com muita tranquilidade, rola para Téo Gutiérrez que só tem o trabalho de escorar para o gol vazio, Racing na frente 1 a 0. Milito não se perdoava e passou os minutos seguintes lamentando-se energicamente dentro de campo.

O Racing aproveitava bem a vantagem. Esperava os desesperados ataques do Rojo e lançava-se em perigosos contra-ataques orquestrados por Gio Moreno. Não ficava muito com a bola nos pés, mas sempre que chegava, era com muito perigo.

Uma falta no lado direito da defesa da Academia iria gerar o empate. Bola levantada na área e ninguém da defesa consegue afastar. Habilitado, Facundo Parra chuta a queima roupa e praticamente dentro da pequena área, sem chances para Saja. Independiente 1 x 1 Racing. Era uma excelente partida em Avellaneda.

Logo na saída do meio de campo, como que se fosse em um simples jogo entre amigos, uma boa trama de passes deixou Hauche frente a frente com o goleiro, mas o rápido atacante da Academia pegou muito embaixo e chutou por cima. Final da primeira parte. Em um jogo repleto de emoções, o Rojo foi levemente superior por conseguir manter mais a bola nos pés, mas o Racing conseguia ser mais efetivo quando chegava ao ataque.

Na volta nenhuma alteração dos dois times.

A primeira chegada foi do Rojo e um lance onde toda a defesa celeste falhou, Pelletieri salvou em cima da linha. Depois Saja foi obrigado a esticar-se todo para salvar uma bola que tinha endereço certo. O Racing respondeu com um excelente arranque de Gio que foi conduzindo desde o campo de defesa e invadiu a área do Rojo sem que nenhum marcador pudesse detê-lo, mas na hora da conclusão, muita força e pouca direção.

Os donos da casa continuavam sendo superiores e Monserrat costurou entre a zaga, saiu sozinho para concluir e outra vez Saja impediu o grito de gol da torcida mandante.

Aos 11 minutos, Zuculini comete pênalti e é expulso. Boa jogada pela direita do ataque do Rojo e a bola cruzada rasteira para o centro da área obrigou o volante a cometer falta. Facundo Parra, outra vez, cobrou de forma tranquila e rasteira, deslocando completamente o goleiro, Independiente 2 a 1.

Basile troca e promove a entrada de Cáceres no lugar de Licht . Refaz seu meio de campo e passa a jogar com três zagueiros. A alegria era toda do lado vermelho e a torcida embalava o toque de bola de seus jogadores ao som do tradicional “olé”.

O lado direito do ataque Rojo era o caminho. Com Rodríguez e Villafañez caindo sempre pela zona, os habilidosos jogadores infernizavam a vida de Aveldaño com dribles rápidos e que iritavam o defensor. Téo foi expulso depois de dizer algumas palavras ao árbitro do encontro, que não duvidou em mostrar o cartão ao colombiano. basile se vê obrigado a mexer mais uma vez e Lucas Castro sai para dar lugar a Viola. No Independiente, Velázquez lesionado, deixa o campo por Valle e Pellerano entra por Godoy.

Mesmo com dois homens a menos, o Racing quase empatou quando a bola foi levantada dentro da área e Pelletieri perdeu embaixo do gol, sozinho. Cansado, é substituído por Yacob.

Aproveitando a vantagem numérica, o Rojo gastava o tempo tocando a bola por todos os espaços do campo. Era muito difícil que o Racing recuperasse o controle da partida já que não podia exercer pressão sobre os rivais.

Para receber os aplausos da torcida, Parra sai por Vidal, e quando o jogo já caminha para o seu final, nos acréscimos o Independiente resolveu golear o seu maior rival.

O terceiro gol saiu depois que Gabbarini fez uma excelente defesa após um perigoso chute de Pillud. O goleiro ligou rapidamente o contra-ataque: três homens do Rojo contra apenas dois defensores da Academia, a bola acabou sobrando para Vidal que só teve o trabalho de tocar para o fundo das redes desguarnecidas, Independiente 3 a 1.

Pato Rodriguez também queria deixar o seu. Entrou driblando dois rivais e fuzilou já dentro da área dando números finais ao placar, Rojo 4 x 1 Racing. E agora, Basile?