Caniggia, o Pássaro do Povo
Em 27 de março de 2002, há exatamente dez anos, os torcedores argentinos não sabiam, mas, após um 2 a 2 em amistoso contra Camarões, haviam visto um de seus mais queridos ídolos jogar pela última vez pela seleção. Trata-se de Claudio Paul Caniggia, um dos jogadores mais carismáticos e populares a ter envergado a camisa alviceleste, onde foi mais indiscutível do que nos dois maiores clubes argentinos, em ambos os quais também atuou. É de sua carreira que o Futebol Portenho tratará neste especial.
O natural de Henderson, cidadezinha rural do centro-oeste da província de Buenos Aires, veio para o futebol pela então abundante cantera do River Plate, ingressando no time principal em 1985, no período que culminaria no ano mais mágico da instituição – em 1986, ela foi campeã argentina depois de cinco anos, e, pela primeira vez, da Libertadores e da Intercontinental.
Mas foi só em 1987 que o jovem ponta-direita, que assistiu tais conquistas entre os reservas da delegação millonaria, passou a ser regularmente escalado. Não chamava a atenção propriamente pelo número de gols, mas pela velocidade que lhe renderia as alcunhas de Hijo del Viento, Rayo de Luz e El Pájaro. Mesmo ainda considerado no River como uma boa opção para segundos tempos, recebeu sua primeira convocação para a a Albiceleste, estreando no dia 10 de junho, em derrota de 1 a 3 para a Itália em Zurique. E foi incluído no plantel que disputou no mesmo mês a Copa América, sediada na própria Argentina, que não vencia o torneio desde 1959.
O país estreou mal, apenas empatando com o Peru no grupo formado também com o Equador. Contra esta outra seleção, vindo do banco, Caniggia começou a cair nas graças dos hinchas: substituiu aos 45 minutos do primeiro tempo Roque Alfaro, colega do River, e, aos 5 do segundo, marcou pela primeira vez pela Argentina: após trocar passe com Hernán Díaz, este cruzou para o próprio Cani cabecear e abrir o marcador, ampliado duas vezes por Maradona, de quem se tornaria grande amigo.
Os 3 a 0 encaminhariam bem a classificação às semifinais, assegurada com o empate de peruanos e equatorianos no último jogo da chave. Pedido pela torcida, foi enfim posto como titular na semifinal. Todavia, à semelhança do que ocorreu na Copa América de 2011, os uruguaios despacharam os rivais e anfitriões. Caniggia permaneceu entre os titulares no jogo pelo terceiro lugar, marcando a quatro minutos do fim o gol de honra na derrota de 1 a 2 para a Colômbia e terminou por ser um dos poucos poupados por mídia e público na campanha decepcionante dos argentinos (que até então sempre haviam vencido os Sul-Americanos que sediaram).
Em julho, enfim teve seu primeiro (e único) troféu como titular no River Plate, a Copa Interamericana (antigo tirateima entre o vencedor sul-americano e o da CONCACAF, em edição válida pelo ano anterior). Na ressaca do vitorioso 1986, a equipe de Núñez não foi tão bem nas primeiras temporadas que se seguiram, mas Caniggia seguiu sendo chamado para a seleção e em 1988 transferiu-se ao futebol italiano, onde passaria os seis anos seguintes.
Desenvolvendo grande amizade com Maradona, manteve-se nas convocações por imposição deste ao técnico Bilardo. O próprio Diego contou que, em um ultimato ao Narigón, declarou que recusaria ir à Copa de 1990 se o parceiro não estivesse entre os chamados. De fato, El Pájaro seguiu regularmente na seleção, participando de quase todos os jogos de 1989 (com a Copa América incluída) e dos amistosos preparativos para o mundial mesmo com um desempenho um tanto aquém no calcio.
Isto porque, no Verona, onde ficou seu primeiro ano na Europa, marcou só três vezes em 21 partidas da edição de 1988-89 da Serie A. Na temporada que antecedeu à Copa, ele até foi o artilheiro da Atalanta, mas fez menos gols no campeonato de 1989-90 (oito) que os concorrentes Balbo (onze com a Udinese), Dezotti (treze pela rebaixada Cremonese) e também que o veterano Ramón Díaz, o preterido – a despeito de pedidos do presidente Menem em favor deste (de quinze gols pelo Monaco na liga francesa após ser o vice-artilheiro da Internazionale campeã italiana em 1988-89), que por outro lado não contava com a simpatia de Maradona. Caniggia não só foi confirmado para o mundial como nele ocuparia a única vaga do ataque programada pelo defensivo esquema tático argentino.
Em uma seleção que no exterior ficou malquista justamente pela retranca (o Brasil não foi o único sul-americano a polemizar em 1990 usando líbero), pelo ataque pouco operante (cinco tentos em sete partidas) e pelo antijogo (os argentinos formaram justamente o time mais faltoso e que mais recebeu cartões na Copa), Caniggia foi, com Maradona e o goleiro Goycochea, um oásis em um plantel bem inferior ao que quatro anos antes havia sido bicampeão do mundo. Se El Pibe era a imagem da garra, sacrifício e genialidade e Goyco foi o tapa penales, Claudio Paul destacou-se, sobretudo, por gols-chave na campanha que levou a Argentina à final.
Começou a Copa na reserva, mas enfim convenceu Bilardo ainda na estreia, contra Camarões. Posto no lugar de Ruggeri, eletrizou a defesa africana e cavou a expulsão do terceiro a lhe dar pancada, Massing. Contra os soviéticos, na segunda partida, já passou a titular indiscutido. Após uma primeira-fase cambaleante – os detentores do título só se classificaram como um dos melhores terceiros colocados dos grupos –, vieram as oitavas-de-final, contra o Brasil. Os rivais também vinham decepcionando: haviam vencido os três jogos da primeira fase, mas sem convencer em nenhum.
Naquele 24 de junho em Turim, os brasileiros pareciam deslanchar. Dominaram a partida, com direito a três boladas na trave. O desfecho é conhecido de todos: Maradona, cujas condições físicas do tornozelo lhe permitiam apenas caminhar em campo, não inspirou o cuidado que deveria logo no momento em que finalmente teve mais liberdade. A dez minutos do fim, atraiu para si Alemão, Dunga, Ricardo Rocha e Mauro Galvão, que não só não lhe pararam como deixaram Caniggia desmarcado. “Eu não estava com o palpite de que marcaria, mas sabia que Maradona poderia resolver. Quando a bola chegou, eu só tinha de matar Taffarel”, sintetizou o loiro, que completou com a canhota para as redes após driblar o goleiro.
Nas quartas-de-final, foi bem anulado pela defesa iugoslava. Após sofridos pênaltis depois de um empate sem gols, a Argentina se habilitou para encontrar a anfitriã Itália, em Nápoles. A Azzurra e seus tifosi estavam confiantes para um inédito tetracampeonato, com os gols de Schillaci, o talento de Baggio e a defesa inexpugnável formada por Bergomi, Baresi, Maldini e o goleiro Zenga, ainda não vazado no certame. Essa invencibilidade ruiu aos 23 minutos do segundo tempo, quando Caniggia, de costas para o gol, desviou para as redes cruzamento de Olarticoechea antes que um mal colocado Zenga interceptasse a jogada, empatando ali o escore aberto por Schillaci. A igualdade foi mantida até o fim da prorrogação.
Se a Argentina logrou classificar-se outra vez nos pênaltis, houveram poréns. Um deles, com o próprio Caniggia, suspenso da grande final após usar infantilmente a mão na bola contra a Itália. Acabou recebendo o segundo amarelo no torneio, o que o deixou de fora da decisão. Desfalcados também de Batista, Olarticoechea (outros a acumularem o segundo amarelo contra os italianos) e Giusti (expulso naquela semifinal), os argentinos a perderiam, mas Cani já havia cavado seu lugar entre as figuras das Copas. Embalado, realizou duas boas temporadas na Atalanta, sendo em ambas novamente o artilheiro do clube de Bérgamo, curiosamente, nas duas, ao lado de brasileiros com quem formou duplas: Evair na de 1990-91 e Careca Bianchezi na de 1991-92.
Entre elas, participou ativamente do título da Copa América de 1991, entendendo-se muito bem com o iniciante Batistuta no fim de mais de trinta anos sem títulos continentais da seleção. Pela Argentina, venceria seguidamente ainda a Copa Rei Fahd (embrião da Copa das Confederações) de 1992 e, no ano seguinte, a Copa Artemio Franchi (extinto duelo entre os campeões da Copa América e da Eurocopa), marcando nas decisões destas duas. Com cartaz, chegou à Roma para a temporada de 1992-93 como o sexto jogador mais caro do mundo.
A equipe da capital procurava um substituto para Völler, mas El Pájaro ficou bastante abaixo da expectativa: fez só três gols no campeonato. O pior viria depois: um antidoping em 1993 escancarou que ele, tal qual Maradona, era usuário de cocaína. Acabou recebendo suspensão de treze meses, assim como El Diez sofrera dois anos antes, pelo mesmo motivo. Ela o tirou da Copa América de 1993 (em que a Argentina conseguiu o bicampeonato seguido), mas não o afastou do mundial de 1994. A menos de um mês para a Copa, voltou a jogar pela Albiceleste, em amistoso preparatório contra o Equador.
Já no Estados Unidos, os argentinos encantaram nos dois primeiros jogos, esbanjando um jogo atraente com ele, Maradona, Batistuta e Redondo exibindo grande forma. Caniggia saiu-se bem especialmente no segundo, virando em sete minutos o placar que Siasia abrira aos 10 do primeiro tempo para a Nigéria. Primeiramente, aproveitando aos 22, também da primeira etapa, rebote de Rufai em uma conclusão de Bati. Depois, finalizando de direita aos 29 um cruzamento que pedira a Diego. Em uma única partida, igualou em gols seu desempenho nas Copas América de 1987, 1989 e 1991 e na Copa do Mundo anterior, nas quais também marcara duas vezes em cada. Aqueles gols em Boston, um dos quais o de número 1.500 das Copas, seriam os últimos que faria pela Argentina.
A terceira partida foi um anticlímax. Maradona havia sido expulso do mundial por um antidoping positivo para efedrina, um estimulante e emagrecedor. A situação piorou no jogo contra os búlgaros: aos 26 minutos da primeira etapa, Caniggia teve de ser substituído por Ortega após lesionar-se. O time de Stoichkov venceu por 2 a 0. Cani acabou tendo de acompanhar o amigo Maradona nas tribunas para ver os companheiros serem eliminados nas oitavas-de-final pela Romênia.
Depois do mundial, duas mudanças: Caniggia foi jogar no Benfica, onde foi razoável. Já na seleção, perdeu espaço com o novo técnico, Daniel Passarella. O Kaiser quis implantar uma disciplina rígida, que incluía cortes de cabelos mais curtos para seus jogadores. Após um ano em Portugal, retornou ao futebol argentino, logo no arquirrival de onde surgira. Maradona havia acertado com o Boca Juniors e Caniggia fez o mesmo, repassado da Luz para a Bombonera em transferência costurada pela Parmalat, que patrocinava os encarnados e os auriazuis.
Tal como vinha fazendo com sucesso no Palmeiras, a empresa de laticínios procurou montar um esquadrão no Boca. O time da Ribeira acabou perdendo um campeonato que, a cinco rodadas do fim, parecia ganho, quando liderava com seis pontos de vantagem o Apertura 1995. A derrota de 4 a 6 para o Racing em casa na antepenúltima rodada, concedendo ali a mesma quantidade de gols que recebera em toda a competição até então, abalou os xeneizes, que já vinham de dois empates. Nas outras duas rodadas que restavam, o time somou só um ponto e terminou com seis atrás do campeão, o Vélez.
Caniggia, por seu lado, só faria Passarella ter motivos para repensar a partir do ano seguinte, quando começou a anotar gols regularmente pelo Boca. Em um único semestre, conseguiu dez – números que ele só tivera em um único torneio pela Atalanta em 1991, mas em uma temporada anual. Ficou em terceiro lugar na artilharia do Clausura 1996 e voltou à seleção, participando de três jogos das eliminatórias para a Copa do Mundo de 1998, entre abril e julho.
O Clausura, encerrado em agosto, foi outro que escapou do time, a despeito dos nomes reunidos em La Boca: El Pájaro e Maradona conviviam com Navarro Montoya, Vivas, Gamboa, Fabbri, Kily González, Basualdo e Verón, treinados por Carlos Bilardo. A alegria da campanha, mesmo, veio a três rodadas do fim, em um Superclásico dos mais lembrados. Em um segundo tempo infernal, Caniggia marcou pela primeira vez contra o River Plate, recebendo de Maradona na comemoração o que os dois rotularam de “beijo de alma”. El Hijo del Viento marcaria ainda outras duas diante do antigo clube naquela noite na Bombonera; em uma delas, aproveitando rebote de um pênalti desperdiçado pelo amigo.
O que se encaminhava para ser uma carreira relançada, despertando novos interesses no exterior – que incluíam desde o Corinthians a clubes ingleses – acabou sofrendo um enorme baque. Um mês e meio depois daquele 4 a 1 no River, ocorrido exatamente uma semana após o terceiro jogo de Caniggia na seleção de Passarella, a mãe do atacante suicidou-se. Somado a desavenças com a esposa, que preferia viver morando na Europa, ele ficou um ano parado. Regressou aos campos e ao Boca Juniors já no final de agosto de 1997.
O time fez um excelente Apertura, onde sofreu apenas uma derrota, para o Lanús. Ainda assim, o título escapou por um ponto a mais para o River Plate, vencido dentro do Monumental no Superclásico quando os xeneizes lideravam. Foi a única derrota do millo no torneio, com a quantidade menor de empates fazendo-lhe a diferença adiante. Tal confronto direto, por sinal, acabou sendo a despedida de Maradona. A divulgação, dias depois, da falsa notícia da morte de seu pai foi a gota d’água para que ele, cansado do assédio da imprensa, resolvesse antecipar a aposentadoria.
A perda do campeonato e a retirada de Diego deixaram o Boca à deriva: no Clausura 1998, os bosteros terminaram em sexto e 17 pontos atrás do Vélez, o campeão. Caniggia foi um dos poucos a se salvar: depois de não ter feito nenhum gol na grande campanha do semestre anterior, marcou cinco vezes, destacando-se a de um outro Superclásico, em abril. Fez também contra outros dois grandes, Independiente e Racing, despertando pedidos para que fosse incluído por Passarella na Copa 1998.
O treinador não se convenceu e Caniggia deixou o futebol por outro ano, não renovando contrato com o Boca Juniors. A aposentadoria foi interrompida no segundo semestre de 1999, quando ele retornou à Atalanta para ajudá-la na segunda divisão. A equipe até foi campeã da Serie B de 1999-2000, mas Cani decepcionou. Marcou apenas uma vez e foi utilizado em menos da metade dos 34 jogos do certame. Da Itália saiu para o obscuro Dundee.
No pequeno clube escocês, foi bem. Formou boa dupla com o compatriota Juan Sara e angariou a idolatria dos torcedores, com muitos comparecendo com perucas loiras no estádio Dens Park em meio ao frenesi que Caniggia e seus sete gols na Premier League geraram, incluindo um em cada clássico contra o Dundee United e um outro no Rangers em vitória em pleno Ibrox. Ao fim da temporada 2000-01, acabou contratado pelo mesmo Rangers, maior campeão nacional, enquanto o Dundee, animado com argentinos, chegou a formar um time com sete (um deles, o filho do ex-goleiro Hugo Gatti).
No clube de Glasgow, vinha indo bem para os seus 35 anos. Mas seu retorno à seleção argentina surpreendeu. Marcelo Bielsa o chamou, em fevereiro de 2002, para um amistoso ali na Grã-Bretanha (contra o País de Gales, em Cardiff) e inclusive o pôs entre os titulares do empate em 1 a 1. Voltou a ser relacionado entre os onze argentinos que entrariam jogando para o amistoso seguinte, contra Camarões, em 27 de março, uma semana depois de marcar duas vezes na final da Copa da Liga Escocesa de 2001-02. Jogou praticamente a partida inteira nas duas ocasiões, sendo nelas substituído somente depois dos 44 do segundo tempo, alimentando a sensação de que poderia ir à Copa do Mundo de 2002.
Porém, em 4 de maio, Caniggia lesionou o joelho no início da final da Copa da Escócia, na Old Firm diante do Celtic. Ainda assim, Bielsa decidiu convocá-lo no lugar de Saviola, que havia ido muito bem no Barcelona na primeira temporada do garoto na Europa. Mas, no Japão, Caniggia só fez esperar com os demais suplentes por uma chance e, em meio ao vexame argentino de cair na primeira fase, o Pájaro, mesmo sem ter jogado, também teve sua mancha: no terceiro jogo, contra a Suécia, irritou-se com uma falta não-marcada em Ortega nos acréscimos do primeiro tempo (com a partida ainda sem gols) e xingou o juiz Ali Bujsaim.
Caniggia só não imaginava que o quarto árbitro, Michael Ragoonath (de Trinidad e Tobago), entendesse espanhol e repassasse o teor dos impropérios ao juiz, dos Emirados Árabes. Além de receber o cartão vermelho em pleno banco de reservas (algo inédito na competição), tomou dois jogos de suspensão e 2.200 dólares de multa. Seu último jogo pela Argentina acabou sendo aquele 2 a 2 amistoso diante de Camarões. Esta partida, curiosamente, tal qual a de seu debute, ocorreu na Suíça (mas em Genebra).
Claudio Paul prolongou a carreira por mais dois anos. Em seu segundo no Rangers (por sinal, ainda é o único convocado para a Argentina vindo do futebol escocês), foi ainda melhor que no anterior, ganhando novamente a Copa da Liga, a Copa – com gol dele em outra Old Firm na final – e, desta vez, também o campeonato da Escócia (em que ele também marcou na partida decisiva) na temporada 2002-03. Depois, pendurou as chuteiras no Qatar, cujo campeonato recrutara também em 2003 Batistuta (Al Arabi), Guardiola (Al Ahly), Hierro (Al Rayyan) e Romário (Al Sadd). No Oriente Médio, Caniggia (pelo Qatar Sports Club) despediu-se com o título de 2004 da Copa do Príncipe.
[Acréscimo em 11/08/2012] Em 2012, Caniggia, até então vivendo no balneário espanhol de Marbella e ocasionalmente participando de jogos de showbol, acertou uma retomada à carreira de jogador profissional e ao futebol britânico, ao ser contratado pelo Wembley Football Club. Trata-se de um clube da nona divisão inglesa que no mesmo ano passara a ser turbinado com investimentos da patrocinadora Budweiser, que reuniu um elenco de astros veteranos, dentre os quais o argentino de 45 anos. Na estreia, em 11 de agosto, pela primeira fase da Copa da Inglaterra, Cani marcou um gol e deu assistência para outro em vitória por 3 a 2 sobre o Langford.
Além do futebol, uma outra paixão dele é a música rock. Durante a Copa de 1994, a banda Poison o recrutou para tocar bateria em um show em Wisconsin. A música “Al Fondo de la Red”, ao ser regravada pelo popular grupo argentino Bersuit Vergabarat, passou a ser associada ao jogador muito por conta dos versos “como quiebra la cintura y la razón/ se acomoda en el aire el pájaro/para pintar ese gol al domingo“. E, provavelmente por ter sido alguma quantidade de vezes associado ao vocalista dos Guns N’ Roses pela certa semelhança física, batizou um dos quatro filhos como Axel.
Que saudades de Claudio Caniggia!!!!
A Argentina precisa urgente desse tipo de jogador!!!
Jogadores com a cara do futebol da argentina!!!!
Valeu, Renato! Caniggia é mesmo um humilde figuraça, até brasileiros que toparam pessoalmente com o sujeito concordam, apesar da imagem de vilão que ele tem por aqui.
Grande xará! Bons tempos, anos 90, a Argentina tinha uma seleção de fato temível, batendo de frente com o Brasil várias vezes! Argentina x Nigéria pela Copa de 1994 é um jogo para se rever sempre, Caniggia, Maradona, Simeone, Batistuta e Redondo esbanjando bom futebol!