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Copa Argentina: San Lorenzo elimina Chacarita Juniors, nos pênaltis

Em mais um duelo de um time da primeira divisão com outro da B Nacional, o San Lorenzo bateu no Chacarita Juniors, eliminando-o da Copa Argentina. No tempo normal, o resultado foi 1×1. De certa forma injusto para o melhor futebol dos funebreros na segunda etapa. No Ciclón, o positivo foi a estreia de Julio Buffarini, que veio do Ferro Carril Oeste para tentar arrumar o meio-de-campo da equipe. Fez boa estreia, mas, de forma geral, a participação de sua nova equipe na partida revela que há muito para se fazer em Boedo se os dirigentes realmente desejam arrumar a casa. O Ciclón não jogou de igual para igual com um bom time da B, mas com um dois piores, dos últimos: um time que segue o mesmo caminho do Ciclón rumos ao descenso. Só que, enquanto um poderá ir para a B, o outro poderá ir para a C. O que eliminaria a possibilidade do “clássico” na próxima temporada. De qualquer forma, o San Lorenzo está nas oitavas-de-final da Copa Argentina. E isso é o que importa.

O jogo em si

No começo da partida o que se viu foi o estudo de um adversário sobre o outro. Só que isso demorou muito e tornou o cotejo sonolento. Apesar disso, o San Lorenzo foi ligeiramente superior. Chegou mais vezes ao campo de ataque, até por que teve boa articulação no meio. Buffarini deu novo ânimo a este setor da equipe de Boedo. Então, as melhores chances ocorreram para o San Lorenzo.

Foram ao menos quatro boas chances para o San Lorenzo no primeiro tempo. Na principal delas, aos 37 minutos, Romeo desperdiçou oportunidade de abrir o placar, para o espanto de todos. Já o Chacarita, manteve até o fim da primeira etapa a mesma postura do início: ficou estudando o rival, vendo-o jogar. Nada mais.

Já no início da segunta etapa o Chacarita modificou a sua maneira de ver o jogo e de atuar. Foi para cima do Ciclón e logo aos três minutos quase abriu o placar com um arremate de Tellas. Três minutos, depois foi a vez de Centurión, que arrematou de longa distância e a pelota saiu desviada. Após dois minutos, o mesmo Centurión voltou a arriscar de fora e por muito pouco não abriu o marcador.

A pressão ocorria pelo fato de o Chaca ter adiantado sua marcação. Além disso, tentou trabalhar a pelota com calma e sem ficar rifando, como fazia no início. Migliore aparecia no jogo de uma maneira que denunciava o bom momento do Chaca. E, de tanto insistir, o Funebrero abriu o placar aos 16 minutos com Juan Manuel Cobelli. Um gol justo para quem havia retornado do intervalo procurando mais a vitória.

Para a sorte do San Lorenzo, o gol de empate saiu logo depois, aos 23, com Chávez, que contou com o desviou final de Espíndola antes de ver a bola de entrar: 1×1.

Após o gol de empate, o jogo voltou à sonolência por algum tempo. O San Lorenzo demorou para se aproveitar do fato e permitiu que o Chacarita voltasse a comandar as principais ações da partida. Contudo, o Chaca não é um exemplo atual de equipe que saiba fazer gol. Perdeu as poucas que criou e também não soube tirar proveito de seus bons momentos no cotejo.

A partir dos 35 minutos, as duas equipes mais esperavam pelo final do jogo do que qualquer outra coisa. E assim acabou. A decisão foi para os pênaltis e o San Lorenzo se deu bem, graças a Pablo migliore, que defendeu três cobranças e classificou o Ciclón às oitavas-de-final da Copa Argentina.

Formações

San Lorenzo: Pablo Migliore; Damián Martínez, Nicolás Bianchi Arce, Abel Luciatti, Ramiro Arias (Sebastián González); Julio Buffarini, Emiliano Tellechea, Gabriel Méndez, Cristian Chávez; Emmanuel Gigliotti (Diego Martínez) e Bernardo Romeo (Walter Kannemann). Técnico: Leonardo Madelón.

Chacarita: Pedro Fernández; Maximiliano Paredes, Matías Zaldivia, Rodrigo Espíndola, Emanuel Morales; Gastón Rossi (Rodrigo Aliendro), Matías Nizzo (Mauro Montenegro), Ángel Piz, Emanuel Centurión; Carlos Tellas e Juan Manuel Cobelli (Matías Pisano). Técnico: Luis Marabotto.

Joza Novalis

Mestre em Teoria Literária e Lit. Comparada na USP. Formado em Educação e Letras pela USP, é jornalista por opção e divide o tempo vendo futebol em geral e estudando o esporte bretão, especialmente o da Argentina. Entende futebol como um fenômeno popular e das torcidas. Já colaborou com diversos veículos esportivos.

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