Boca tenta se recuperar de uma semana para ser esquecida
Após quase um ano sem derrotas, o Boca Juniors sofreu duas derrotas dentro da Bombonera na mesma semana. A classificação na Libertadores está ameaçada, e Julio Cesar Falcioni começa a ser questionado. Por tudo isso, a partida de amanhã contra o Arsenal é vista por muitos como uma verdadeira decisão.
É importante entender que a crise não nasceu com as derrotas da última semana. Mesmo no folgado título do Apertura muitos questionavam o estilo pouco vistoso do jogo da equipe. E no “mundo Boca” se comenta abertamente que o novo presidente compartilha esse ponto de vista, tendo aceitado a contragosto o treinador herdado da gestão anterior, já que Falcioni havia acabado de conquistar o título do Apertura.
O início do ano foi tumultuado, com os decepcionantes empates de 0 a 0 com o Zamora, pela Libertadores, e contra o Unión, pelo Clausura, duas partidas em que a equipe praticamente não conseguiu criar oportunidades contra adversários inferiores. E na partida da Venezuela houve o choque de Falcioni com o elenco, que quase custou seu cargo, e que, para muitos, significou a perda de comando do elenco por parte do treinador.
As duas derrotas da semana passada e o risco de eliminação na Libertadores foram o capítulo final. O trabalho do treinador passou a ser abertamente questionado, e uma derrota em Sarandí amanhã poderia ser fatal para as possibilidades de classificação do Boca para a segunda fase da Libertadores. Nesse caso, o clima ficaria difícil para Julio Cesar Falcioni, e mesmo uma demissão não estaria descartada.
Para essa autêntica decisão o Boca Juniors treinou hoje a portas fechadas. Mas as apostas mais fortes da imprensa argentina recaem na seguinte escalação: Orión, Roncaglia, Insaurralde, Schiavi e Clemente; Somoza, Rivero e Erviti; Riquelme; Mouche e Silva.