Trullet acusa jogadores de “corpo mole”
Desde Buenos Aires – Geralmente depois da queda de um técnico ou uma má sequência de resultados, muito se especula sobre um possível “corpo mole” por parte dos jogadores. Este cenário já gerou muita discussão de como, repentinamente, um time que vinha fazendo uma campanha ruim com determinado treinador, consegue dar um salto de melhoria quando outro assume o cargo do profissional deposto. Jornalistas condenam a conduta de muitos times no mundo que preferem a troca de uma peça específica a ter que reformular todo um elenco.
E o coro daqueles que acreditam nesta tese ganhou força depois das recentes declarações de Carlos Trullet, mandado embora do Rafaela depois da derrota para o Unión na última rodada. “Hoje quem manda são os jogadores. Eles são os mais fortes nos clubes e não têm solidariedade, já que quando as coisas começam a piorar, baixam seu rendimento pois sabem que quando o técnico for embora, todos permanecerão”, disparou Trullet contra seus ex-comandados.
Em entrevista a uma rádio local, admitiu ter responsabilidade no mal momento da equipe que ocupa a zona da “promoción”. Alegou ter dado muitas oportunidades a jogadores que conseguiram colocar o time na primeira divisão, mas que já não mereciam o posto de titulares, preferiu não dar nomes.
Também criticou a falta de planejamento por parte dos clubes no futebol moderno; “Os projetos no futebol profissional não existem. Quando se perde três jogos, os torcedores e representantes começam a bombardear os dirigentes para que se troque o técnico. Eles não suportam a pressão e cedem, demitindo o treinador, o que é mais fácil”, disse.
O Atlético Rafela já acertou com Rubén Darío Forestello, com passagens como jogador e que estava no Santamarina de Tandil. Deverá estrear no fim de semana contra o Newell’s. Antes “la Crema” enfrentará o Banfield pela Copa Argentina, mas será dirigido por um interino.