Irritado, Basile muda Racing e pede fim de Fair Play no futebol argentino

De franco favorito ao título do Apertura 2011, à decepção total no Clausura 2012, assim caminha o Racing no que para muitos ainda é o início de um torneio que promete muitas histórias e reviravoltas. Somando apenas um ponto em duas rodadas, e em 15º na tabela do torneio, a equipe de Alfio Basile, busca soluções rápidas para uma torcida impaciente.

Nos treinamentos desta quinta-feira (23/02), os titulares venceram por 5 a 1, com vários câmbios entre os dois tempos. Hauche e Viola foram testados no ataque, enquanto Toranzo teve oportunidade na equipe titular e poderá ir por Lucas Castro na partida contra o Banfield às 17h, no próximo domingo (26/02).

O treinador mexeu diversas vezes na formação da equipe e buscou a melhor formação. Basile contará com retorno de Iván Pillud e Lucas Licht, que se recuperaram de contusões e poderão assim formar a linha de quatro no lugar da linha de três defensores que usou anteriormente, não obtendo êxito. Assim a Academia terá uma formação 4-3-1-2, mais de acordo com o que busca o treinador.

Devido às combinações de resultados negativos, as cobranças por parte de torcida e imprensa naturalmente tiveram seu início. Antes que estas cobranças tomem rumos descabidos, Basile saiu a dizer que os resultados deverão aparecer em breve e que sabe que a torcida lhe dá respaldo por pelo menos três ou quatro partidas mais. Visivelmente transtornado após a partida contra o Tomba, El Coco respondeu que as aspirações da equipe no momento são uma vitória e nem pensa em falar em título: “Que campeão(?!), temos antes que vencer uma partida (…) Que estejam comigo, com os jogadores, me doeria ver a torcida contra”

Basile também tocou em assuntos polêmicos ao contestar o excessivo número de momentos parados na última partida contra o Godoy Cruz e declarou: “Chega de Fair Play(…)Antes tinha um morto no campo e continuávamos o jogo (…) Antes existiam códigos, os que se atiravam eram maricas e lhes diziam ‘levante sem vergonha’. Que os árbitros parem a partida apenas quando existir uma lesão realmente séria”, finalizou um irritado Basile.