Libertadores

Radiografia do Lanús, rival do Flamengo na Libertadores

Primeiro rival do Flamengo na fase de grupos da Libertadores, o Lanús é um mero desconhecido para a maioria dos brasileiros. É uma pena. Trata-se de um dos clubes modelos não somente para a Argentina, mas para toda a América do Sul. Seu exemplo se espalha pelo país e já contempla outros clubes, como o Godoy Cruz, Rafaela, e alguns “nanicos” do porte do Sarmiento de Junín, Sarmiento de Resistência, Universidad Urquiza e muitos outros. Um dos segredos do modelo está na visão de que a organização só existe quando contempla o dentro e o fora de campo. Abordaremos as duas facetas, mas advertimos ao leitor que, caso não se interessar pela parte institucional, pode ir diretamente à segunda parte da abordagem, mais interessante a quem quer saber como o Granate vai se comportar diante do Fla, na quarta-feira

Estranha a recente declaração do presidente Nícolas Russo sobre o parco desempenho do Granate na Copa Argentina. Isto porque dificilmente se nota em “La Fortaleza” uma declaração polêmica de qualquer dirigente, da comissão técnica ou dos seus jogadores. O que dá o tom da qualidade na gestão de seu futebol. Em abril de 2011, quando muitos apontavam o clube como um dos favoritos à conquista do Clausura, Schurrer afirmou que o objetivo não passava primordialmente pela conquista do título naquele momento. Essa declaração é sustentada por uma visão de que cada coisa tem seu tempo no clube ao Sul da Grande Buenos Aires. E se é mesmo assim, a proposta agora é a de vencer a Libertadores. Em nossa opinião essa pretensão está longe de ser descabida. Vejamos o fora de campo.

Fora de campo

Desde o final de 2005, se intensificou no clube a aposta definitiva nas categorias de base. Naquele ano, o time corria riscos sérios de rebaixamento. No entanto, firmou-se a mentalidade de que nem mesmo esse fato deveria receber mais importância do que o cuidado com a formação das jovens promessas. Para tanto, concluíram que a continuidade das comissões técnicas não era somente importante para os resultados dentro de campo, mas também para o próprio desenvolvimento da base. Se os técnicos têm longa vida no Lanús, outros profissionais, ligados diretamente à formação, têm vida e prestígio ainda maiores. Vale lembrar que um ano e meio depois aquele mesmo elenco, já recheado com um ou outro garoto, seria campeão argentino pela primeira vez na história do clube. Esse título foi considerado mais importante do que a própria Conmebol de 1996, tida com honestidade pelos dirigentes como um acidente de percurso. Mas o que fazer com os jogadores revelados?

Alguns são cuidadosamente incorporados ao elenco profissional. Outros, são colocados em clubes menores para ganharem personalidade. Mas não vão para qualquer clube. O Lanús tem o cuidado de selecionar o destino para onde envia as suas jovens promessas. Trata-se de instituições das divisões de acesso metropolitano e do interior. Os mais equilibrados institucionalmente. Para tanto, o próprio Granate oferece um modelo de gestão que se estende até um estudo financeiro com vistas a eliminar as dívidas desses clubes “nanicos”. Além disso, paga parte ou a totalidade dos salários. O ressurgimento do Atlanta tem muito a ver com esse fato, assim como de outros “pequenos”, que em geral têm tirado proveito dessas parcerias.

O principal é o Club Victoriano Arenas, da Grande Buenos Aires. O convênio praticamente retirou o velho clube de Valentin Alsina da falência e do desaparecimento. Prever a construção de um estádio novo para o Victoriano, no bairro onde ele nasceu há 86 anos e onde seus torcedores poderão apoiá-lo. Não bastasse o fato e o Lanús também se encarregou de enviar vários atletas para o plantel do novo parceiro. Convênios assim também foram firmados com Racing de Olavarría, Temperley, Los Andes etc. Recentemente, também com o Talleres de Córdoba, mas de menor envolvimento. O que não impediu que os dirigentes de “La T” viajassem ao Sul da Grande Buenos Aires para a primeira parte do acordo, que trata do aconselhamento e assessoria administrativa. Num segundo momento, pessoas ligadas ao Lanús irão a Córdoba para fazer um estudo da situação do Talleres e sugerir estratégias de intervenção e combate à crise.

A restruturação de Daniel Vidal

Esse know-how em prestar assessoria ninguém na Argentina possui, além do Lanús. Ele é o resultado da chegada ao clube do dirigente financeiro Daniel Vidal, em 1996. Sua chegada representou um choque de estrutura pouco visto em um clube de futebol. Primeiro foi realizado um estudo das deficiências da instituição. Depois, um plano de recuperação foi colocado em prática e contemplava desde o time de futebol, passando pelas finanças, até a imagem do clube. Foi criada uma espécie de cartilha para ditar comportamento e procedimento de dirigentes a jogadores e comissão técnica. Para se ter uma ideia, após a eliminação da Copa Argentina, o poderoso presidente Nícolas Russo deu uma declaração depreciativa sobre o elenco. O técnico saiu em defesa de seus atletas, e disse que quem falava era um torcedor no lugar de um dirigente. Foi então que o próprio presidente saiu em defesa do treinador e afirmou que suas declarações foram mesmo de arquibancada e que o técnico estava coberto de razão em criticá-lo. Diante disso, que jogador no elenco vai ousar desafiar o comando de Schurrer? Nenhum.

Comissão técnica respaldada

Diante dos jogadores, Schurrer tem um poder absoluto e ninguém ousa criticá-lo. A estrela Valeri foi colocada no banco de reservas quando ousou falar demais e por pouco não foi mandado embora. Após sequer ser relacionado para alguns jogos, colocou o “rabo entre as pernas” e fez declarações públicas de pedido de desculpas e de amor ao clube. Só depois disso voltou. No mesmo imbróglio, Valeri postulou um aumento salarial. Não recebeu e não vai receber até que refaça seu contrato. No Lanús é assim: o que está escrito é levado às últimas consequências e doa a quem doer. Não existe aquela história de jogar para a torcida (postura típica aqui e na Argentina). Torcedores podem protestar à vontade, mas na arquibancada. De cada dez, curiosamente oito ou nove demonstram pouca paciência com Schurrer. Pois o treinador está no cargo há dois anos e deverá continuar por muito tempo, como o próprio Russo afirmou recentemente.

Comissão técnica e Jogadores identificados com o clube

À imagem dos demais clubes sul-americanos, o Granate também precisa se desfazer de seus talentos. Só que a proposta é que apenas um bom atleta deixe “La Fortaleza” ao fim da temporada. No máximo, dois, entre aqueles que compõem o elenco. Só que também para isso há um exemplo a ser seguido. Para substituir o “camarão” (expressão de Luiz Felipe Scolari para jogadores de ponta) chega outro com a mesma estirpe; para refazer o elenco de apoio, chegam outros também com a mesma qualificação ou melhores. Mas há algo que chama a atenção. Dificilmente um desconhecido desembarca no Sul da Grande Buenos Aires. Em geral, o clube busca “repatriar” um de seus ex-jogadores, que fora vendido anteriormente. Já para a composição, quem chega são os destaques entre aqueles que foram colocados em clubes menores. Daí resulta que os dois tipos de atletas retornam ao clube com fome. No caso dos garotos, por conhecerem a dura realidade longe de La Fortaleza; no caso dos “camarões”, em razão de não terem se adaptado fora ou porque perderam mercado com a idade avançada. Em geral, ao retornarem se deparam com um clube ainda mais moderno, já que estruturalmente o Lanús não para de crescer.

O mesmo ocorre com os treinadores. De 2005 até os dias de hoje, apenas três técnicos treinaram a equipe (Ramon Cabrero, Zubeldia e Schurrer). De comum entre eles é o fato de que iniciaram no futebol vestindo a camisa granate e foram ídolos, assim como Schurrer é um ídolo assumido do presidente atual. Porém, se por um lado o treinador sabe que possui liberdade e poder ilimitado para realizar o seu trabalho, por outro, tem a plena consciência de que é xerife apenas de seu próprio elenco e de que, em hipótese alguma, poderá estender o seu poder para outros setores do clube. Schurrer pode perfeitamente interagir com todos os demais comandantes da base (e esta é uma de suas atribuições), mas se estiver descontente com um deles jamais poderá falar alguma coisa, pois não cabe a ele decidir sobre esses assuntos.

Identidade futebolística institucional

Se for do desejo do atual treinador, ele poderá ter mais um ou dois assistentes técnicos. Contudo, terá de recrutá-los entre os profissionais que já trabalham e que têm identificação com o clube. Isto ocorre para que se mantenha a identidade futebolística da instituição. Este processo começou em 2005, com o ingresso de Ramón Cabrero, em substituição a Néstor Gorosito. Antes de assumir o comando granate, Cabrero passou vários anos se experimentando nas categorias de base de “La Fortaleza”. Quando assumiu, conhecia a fundo a maioria dos jovens atletas que ele promoveu. Para assisti-lo, foi indicado Luis Zubeldía. Cabrero ganhava um assistente, mas sabia, desde o início, que Zubeldía seria seu substituto quando ele se fosse do Lanús. Além de ganhar experiência, Zubeldía fazia uma ponte entre as promessas da base e o técnico principal. Quando em 2008, Zubeldía substituiu Cabrero teve a facilidade de promover outros jogadores que ele acompanhava. Ainda que não tenha tido o mesmo sucesso que o de seu antecessor, Zubeldía permaneceu por mais de dois anos no comando da equipe. Enquanto isso acontecia, Gabriel Schurrer era o nome da vez para sucedê-lo. E rezando a mesma cartilha: Schurrer teve de trabalhar e conhecer a fundo as categorias de base para que pudesse utilizá-la quando se tornasse o treinador principal. E se não bastasse, para substituir Schurrer, quando ele se for, Leandro Sime e Gabriel Medina estão sendo preparados há dois anos para essa tarefa.

Dentro de campo – ou como deverá jogar o Lanús contra o Flamengo

Gabriel Schurrer é um estudioso do futebol e de seus adversários. Por isso, enquanto o Flamengo não está dando a mínima para o Lanús, o treinador granate já deve ter em conta todos os pontos positivos e negativos do rubro-negro da Gávea. Ele sabe que o Flamengo deverá entrar em campo com um 4-4-2, com Ronaldinho Gaúcho compondo o ataque com David. Isto permite a presença de Botinelli e Renato no meio-de-campo como armadores. O que é pouco, pois Ronaldinho como atacante dificilmente vai recuar para exercer ou ajudar na armação. Do ponto de vista do esquema, o Flamengo é totalmente previsível. O mesmo não se pode dizer do Lanús.

É muito difícil de imaginar qual esquema Schurrer adota antes de uma partida. 4-4-2, 4-2-3-1, 4-3-2-1 entre outros. Muitos outros. O mais importante é que seu plantel está preparado para se encaixar em qualquer um desses esquemas. Na partida contra o Rubro-Negro, também pode aparecer o 3-3-3-1, formação que Gabriel Schurrer tem lapidado como uma joia rara. Escolhido o esquema e ele pode perfeitamente ser alterado, a partir de um comando do técnico. Por não ter Camoranesi e Guido Pizarro, o esquema deverá ser um 4-4-2 com a mesma formação que goleou o San Lorenzo na estreia do Clausura. Porém, esse desenho não tem nada de tradicional, se olharmos para a rotatividade de seus jogadores. Nesse caso, Fritzler e González atuariam um pouco à frente da primeira linha defensiva e contariam com Valeri e Pereyra um pouco mais à frente; Valeri se deslocando pelo flanco direito e Pereyra pelo esquerdo. Como um falso atacante, Neira deixaria a companhia de Pavone e voltaria para preencher o espaço deixado pelo deslocamento de Valeri e Pereyra para os lados do campo.

Regueiro era o homem de Schurrer para explorar o costado de Leo Moura; contundido, o uruguaio dará lugar ao conterrâneo Pereyra, menos experiente, porém mais habilidoso e ofensivo do que o “titular”. Dessa forma, ou a ótima saída do Flamengo com Moura será anulada ou esse será o corredor por onde o Lanús pode chegar à glória. No outro flanco, Valeri receberá o combate de Júnior César, que deverá ficar plantado para marcá-lo. Schurrer aposta na qualidade técnica de Valeri para suplantar o lateral-esquerdo do Fla, já que, se precisar de uma dupla para importunar algum lateral, deverá coloca-la na ajuda a Pereyra sobre Leo Moura.

Se tivesse Camoranesi e Pizarro o treinador granate entraria com um 4-3-2-1, com Camora municiando Valeri e Pizarro municiando Pereyra. Nesse caso, Fritzler ficaria centralizado a frente dos dois zagueiros, mas com liberdade para formar uma clara linha de três no meio ou ainda para suprir a ausência de um ou outro, atuando inclusive como primeiro armador, já que tem bola para isso. Esse esquema deverá ser adotado no jogo de volta, no Engenhão.

Como vimos, o 4-4-2 pode virar qualquer coisa dentro de campo. Dependendo das circunstâncias, ele pode variar ainda mais. Apenas com a substituição do lateral Gastón Díaz, por mais um zagueiro, e Schurrer pode modificar o esquema para um 3-3-3-1. Nesse caso, Luciano Balbi deixaria a lateral direita e iria compor a primeira linha de três homens no meio-de-campo (Fritzler, González e Balbi). A segunda ficaria armada com Pereyra, Valeri e Juan Neira; um trio com alta qualificação na armação de jogadas. Na frente, “el Tanque Pavone” seria a referência. Trata-se de um esquema extremamente ofensivo, no qual o segredo para que o Flamengo se safar de uma derrota estaria em tentar bloquear, em primeiro lugar, a alta rotatividade dos primeiros três homens de meio-de-campo. Nenhum deles é “brucutu”; todos sabem marcar e sair jogando. O comando dessa linha seria de Fritzler, cuja disposição e entrega física invejáveis lhe dão autoridade para cobrar a mesma coisa de Balbi e González. Em segundo lugar, caberia ao Fla tentar impedir o trabalho criativo de um homem em especial, Diego Valeri, que nesse esquema ganha ainda mais liberdade para pensar e criar as jogadas de gol.

Afora o que dissemos, vale ainda destacar outras qualidades do Lanús. A primeira delas é que seus jogadores-chave estão em boa fase, casos de Diego Valeri, Pavone, Juan Neira e Fritzler. Tudo o que Valeri não jogou no ano passado dá sinais de que deverá jogar na atual Libertadores. Outra tem a ver com a estratégia. Embora ela seja a de buscar a vitória dentro de casa, em momento algum despreza a preocupação com o adversário. Schurrer busca os pontos fortes dos rivais e procura anulá-los, muitas vezes antes de se preocupar em fazer gols. Ronaldinho não marca ninguém. Se marcasse alguém, seria atraído por esse jogador a uma zona morta do campo para o exercício de sua criatividade. Certamente isso seria feito com Thiago Neves ou será feito com Wágner Love no jogo de volta. Sem a preocupação com um jogador em especial, a proposta será mesmo a de dar um abafa no visitante brasileiro.

Mas nada de desespero no abafa. A primeira preocupação é com o preenchimento dos espaços do campo para que não sejam preenchidos pelo visitante. Isso será feito com paciência e toque de bola. O Lanús não procura o ataque sem antes ter o domínio territorial. Enquanto o Flamengo valoriza um volante como Williams, o Granate não abre mão de volantes que saibam jogar bola. E este, na verdade, é o grande segredo do clube do Sul da Grande Buenos Aires: não importa o esquema adotado por seu treinador; em qualquer um deles prevalecem atletas versáteis com disciplina tática e com futebol. A ideia ultrapassada e segmentadora de ter dois volantes marcadores não existe no Lanús, o time começa atrás e termina na frente, como um todo; ao contrário da maioria de nossos clubes em que o time, na prática é dividido em dois: seis para marcar e quatro mais a frente, dos quais a metade são falsos atacantes e na prática também exercem a função de marcação.

Joza Novalis

Mestre em Teoria Literária e Lit. Comparada na USP. Formado em Educação e Letras pela USP, é jornalista por opção e divide o tempo vendo futebol em geral e estudando o esporte bretão, especialmente o da Argentina. Entende futebol como um fenômeno popular e das torcidas. Já colaborou com diversos veículos esportivos.

27 thoughts on “Radiografia do Lanús, rival do Flamengo na Libertadores

  • Pow cara,parabéns,ótima análise da equipe grená;bem rica e cheio de informações que só nos dar uma ideia bacana do trabalho que faz a diretoria do Lanús e tambem o seu atual treinador. Espero que as coisas aconteçam dentro dos planos e das ideias táticas do Schurrer e o Lanus saia vitorioso.

  • Mauricio

    Concordo com o Ivo em tudo. Grande matéria. Eu mal havia digerido o Guia do Clausura 2012 e sou obrigado a reconhecer que essa outra matéria vai me obrigar a ficar indicando o site, assim com fiz depois de ler o Guia. Interessante a postura do Lanus em querer ganhar a Libertadores, mostra que quer se juntar aos outros grandes.

  • Willian Alves de Almeida

    Sem comentários!

    Uma aula aos comentaristar tupiniquins! Não sabia que o Lanús estava tão bem organizado internamente.

    Aposta para o placar? Lanús 3×0 no time do Mr. Joel Cachaça.

  • Rodrigo

    Análise muito boa, mas dá a impressão que o time é perfeito rsrsr. Pintou o campeão da Libertadores 2012!

  • Begson

    Senti falta dos pontos fracos da equipe, ou será que não tem?

  • Vicente

    Quando eu vi a palavra “radiografia” achei que era um exagero. Mas não é não, matéria brilhante sobre um time de futebol, incrível como um time médio consegue se organizar tanto enquanto outros maiores são uma grande bagunça. Isso mesmo na Argentina pois alguns times grandes são iguais aos nossos, todos bagunçados.

  • jean

    Uma magnifica relato desse organizadissimo clube! q bom se os times do Brasil chegassem a 20% do que o Lanus planeja tomara que se de bem dentro e fora de campo, menos na estreia contra o mengão ai o papo e outro .Ate.

  • Joza Novalis

    Meus caros Rodrigo e Begson, antes de mais nada, muito obrigado pelo prestígio ao site. Sobre os pontos fracos do Lanús eu digo que foi algo que chegou a doer minha cabeça; na apuração foi o que mais me preocupou, até por causa da nossa linha de abordagem aqui no F.P. O grande ponto negativo do Lanús seria a defesa, que levou mais gols no ano passado do que Schurrer pretendia. Mas isso foi trabalhado exaustivamente na intertemporada. Além disso, o bom Isquierdoz ainda um tanto verde, foi substituído por Braghieri (ou pode ser uma sombra, se ficar no banco). E para a ala direita chegou Gastón Díaz para o lugar do irregular Carlos Araújo. Para todas as outras posições da defesa o Lanús tem uma sombra hoje, ao contrário do ano passado.

    O outro problema, meus caros Rodrigo e Begson, tem a ver com a postura de que se valia a pena encarar a Libertadores para vencer ou apenas para competir, do que resulta um espírito vencedor ou perdedor dentro de campo. Isso também foi corrigido agora, à medida que os dirigentes assumiram que pretendem vencer o torneio. É isso amigos, um abraço.

  • Alexandro

    Essa questão da defesa como um ponto fraco eu percebi que o time estava resolvendo quando trouxe o Leandro Díaz do Vélez. Agora essa coisa dos esquemas eu confesso que se até eu que gosto do assunto ficaria confuso se estivesse dentro de campo, imagine os atacantes do Mengão? Fiquei preocupado.

  • Mateus

    sei lá, acho que vc puchou muita sardinha pros caras, nao deve ser tao perfeito o futebol dos caras,

  • Bergson

    Valeu cara, espero que essas possíveis soluções não se concretizem e o mengão consiga bons resultados hehe. Mas muito interessante o modelo de gestão aplicado no Lanús. Acho isso utópico no Brasil, aliás no Flamengo… infelizmente!

  • Fernando

    Excelente matéria! Mas vamos devagar! O lanus não jogará contra um qualquer. O Flamengo pode não estar apresentando um futebol de encher os olhos de sua torcida, mas não é nenhum Madureira, nem o Lanus é um Barcelona! Do jeito que andam os comentários aqui, o Flamengo será impiedosamente castigado! Menos, gente; menos.

  • Bedoia

    Acho que a intenção do texto é apresentar o Lanus, já que provavelmente ninguém no rubro-negro se preocupou com isso. Eu acho que da para o Mengo vencer tanto la como aqui no Rio, mas é importante considerar mais o adversário. E tem outra coisa, o Joel já pensa em colocar três voltantes de marcação. Assim não dá pô, acaba perdendo mesmo. Outra coisa sobre o texto (muito bem escrito) é que independente de torcer ou não para o Flamengo ou qualquer outro time, vale a pena ver o trabalho e organização da base do clube. Isso sim é interessante.

  • Boa análise. Na verdade basta um time medianamente organizado pra dar trabalho ao Flamengo. Vide os últimos jogos contra Botafogo e Nova Iguaçu. Realmente preocupante. Mais ainda se lembramos do chocolate que levamos da também dinâmica La U na penúltima partida a nivel continental. Mas gostaria que a análise explicasse como esse Lanús caiu diante de um rival modesto na Copa Argentina. Por fim vou torcer para que a defesa do Lanús seja muy amiga. Quem sabe assim o Flamengo não volta de lá com um ponto. Mais que isso, só se formos muito inteligentes, algo que sinceramente neste momento não vejo possível. Mas como no futebol tudo é possível, vamos torcer pro bando do Joel.

    Saudações Rubro Negras!

  • Joza Novalis

    Abraço, Gustavo, obrigado pelo prestígio ao site.

    Curiosamente o Lanús atuou com uma boa formação diante do Barracas Central (outro time, mas bem pequeno, que tenta se organizar). O Camionero (apelido do Barracas) se prendeu atrás e levou heroicamente o duelo para os pênaltis. Por mais que todos no Lanús dissessem que valorizava o duelo, era bem claro o desinteresse dos seus atletas em campo: prova de que estão focados na Libertadores e no atual Clausura. Acho que foi essa a razão.

    Quanto ao Fla, acho que tem todas as condições de ganhar. O Flamengo é daqueles times brasileiros que por mais que estejam irregulares ainda assim assustam muito os argentinos pelo peso de sua camisa e pela presença de um Ronaldinho. Mas para isso, Gustavo, o time precisa ter uma disposição ofensiva diante do Lanús, tem de ir para cima. Só assim é que a tradição e a camisa pesada do Fla podem fazer a diferença. Infelizmente não é o que parece que vai acontecer (e o Lanús está de olho nisso), já que o Joel alegou que vai armar o Flamengo com três volantes de contenção. Isso é tudo o que o Lanús quer. Vejamos no que isso vai dar. Mais uma vez, grande abraço e boa sorte para o seu time.

  • Ns. Old Boys!

    O flazin vai dar muita sorte, se não sair com uma impiedosa goleda do grenate!

  • Danilo

    Parábens, Joza Novalis, excelente texto, muito bem escrito e com conteúdo !!!! Acho que o Lanús ganha com tranquilidade do Flamengo na estreia da Libertadores!!!!

  • Tiuí

    Olá amigos, muito interessante essa análise tática do Lanús, estive assistindo a alguns jogos da equipe essa semana, temendo um novo fiasco do Flamengo (como o sofrido para LaU)onde bisonhamente subestimamos o adversário, acredito que o “PROFEXÔ” nem se quer, se deu ao trabalho de dar uma olhadinha no YOUTUBE, pra saber a postura da LA U.Realmente , o Lanus tem essa proposta de jogo, um time muito dinâmico.Porém um time um tanto quato frágil, se pressionado.Eu acredito que se nao cometermos o mesmo erro, é possivel sairmos de lá com os três pontos!Isso se o Joel tiver uma boa equipe de apoio, que o ajude a avaliar as opções e escalar uma time “Homogêneo”, um time que queira vencer. Mas meus caros amigos, apos tudo isso, a opnião que pude tirar, é que o maior adversario do flamengo sera a catimba e malicia dos jogadores e principalmente da torcida argentina!! 1 x 0 TAMBÉM VALE 3 PONTOS!! Essa é a hora do Ronaldinho brilhar e nos saudar com alguns dribles nos hermanos!!!
    Minha escalação seria a seguinte:Felipe, Léo Moura,Wellinton,David Braz,Junior César, Maldonado,Camacho,Thomas e Bottinelli, e Ronaldinho , Diego Mauricio(David)…Um time com um volante fixo, com Thomas e camacho compondo tambem na defesa,(o camacho já exerceu essa funçao no Bahia,atuando quase como um volante)Bottinelli na criaçao sendo auxiliado por Ronaldinho e Diego Mauricio usando a força e velocidade pra cansar os defensores, mais cetralizado no ataque.Teríamos um FLAMENGO com uma meio campo com bons passes e com velocidade, um contra-ponto é de que o time nunca atuou dessa forma…mas ainda sim creio ser uma boa opçao…Mas o provável time todos sabem…Felipe, Léo Moura, Wellinton, Deivid Braz, Junior César,Maldonado Aírton,Wilians,Renato,Ronaldinho e David…Se é pra ficar assim por que nao deixaram o “PROFEXÔ”???!!!!
    SAUDAÇÕES RUBRO-NEGRAS!!!!!!

  • Marcio

    Grande matéria, e belo exemplo o Lanus, sou Famengo e queria que meu time tivesse alguem com essa visão, e diante do que tenho visto infelismente acho muito dificil pro mengão fazer alguma coisa no Grenate.

  • Chico Porcão

    Entre o time que o Tiuí quer e o que o Joel vai colocar em campo tem uma longa distância, como o amigo mesmo apontou no fim do comentário. Se ele vai com três brutamaontes no meio. E aí eu acho que perde uma das poucas chances de surpreender e trazer a vitória. No Flamengo o pessoal deveria se preocupar mais com esse jogo, porque pelo que falou a matéria o Lanús pode ser ainda mais perigoso no Rio. Eu vi o jogo em que o Emelec venceu o Olimpia num pé d’água desgraçada. Fico pensando se o Flamengo ficar em segundo pode se deparar com o Gambá de novo. E aí é aquela coisa, ganho no ano passado, mas pode ganhar ou perder agora. É perigoso. Acho que o Tiuí armou um bom meio campo, com o Diego Maurício voltando. Mas vai entender a cabeça do Joel. Atacar o Lanús seria bom até pelo que o Joza disse no comentário. A camisa e a tradição só pesa dentro de campo quando o time grande vai para cima. Mengão parece que não vai, aí fica difícil.

    Deixo minhas saudações alviverdes, porque o Porcão aqui vai ficar com o Mengão até para despachar o Gambá de novo.

  • carlos

    Pô Chico porcão, não tem nenhum chiqueiro para você ir passear não é? Já vem falando mal do meu Corinthians. Teu time não chega faz tempo na Libertadores e você ainda fica falando bobagem?

    Sobre a matéria acho que o mais importante é quando mostra o que é priorizar uma categoria de base, assim fazendo treinador estagiar na base eu nunca vi, é pra copiar.

  • FLAMENGO 2 X 1 LACÚS ( FORA )
    FLAMENGO 3 X 1 LACÚS ( CASA )
    XUPAAAA É A MAIOR TORCIDA DO MUNDOOOOOOO !!!!!!

  • Luciana

    Eu fiquei assustada com essa matéria. Isso porque os nossos clubes parecem há anos-luz de um mínimo de organização que tem o Lanús. Todo mundo fala em priorizar a base, mas ninguém faz como o Lanús, ninguém. O Flamengo pode até ganhar, mas vai ser na sorte. Discordo do Leandro Souza, que deu dias vitórias para o Flamengo, vê se acorda meu. Seu time é ridículo com aquele monte de volantões, dirigido por um técnico-volantão e ultrapassado.

  • jean

    porque tem tanta gente apostando em times de pais rival?Vamos apoiar os nossos mesmo que sejam rivais

  • Picoli

    Matéria com apuração espetacular. Parabéns.

  • Renato Pais da Cunha

    Ótima matéria!!!! Parabéns!!!

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