Libertadores 2012: Boca Juniors
Com seis conquistas de Copas Libertadores da América, o Boca Juniors deste ano de 2012 chega como um dos favoritos ao título, e ao contrário de sua última participação deverá fazer barulho.
Após a conquista de 2007 o Boca teve apenas a Recopa (contra o Arsenal de Sarandí), e o Aperturade 2008, para comemorar. Depois foi um jejum sem títulos e sem participações na Copa Libertadores.
A penúltima, em 2008, ia bem, com a equipe chegando às semifinais, mas Migliore entregou o ouro para o Fluminense que empatou na Argentina e atropelou o Boca no Maracanã. A última ida a uma Copa Libertadores tinha sido em 2009 e o Boca não passou de uma vaga nas oitavas, caindo em casa para o Defensor Sporting do Uruguai…
A mística da Bombonera havia sido perdida, os jogadores novos pareciam não entender o significado de carregar uma camiseta tão importante. Claudio Borghi tentou em vão organizar a equipe e montar um esquema que não funcionaria com o Boca, acostumado a ter enganche e jogar no esquema 4-3-1-2.
O Boca Juniors encontrou pelas mãos de Julio Cesar Falcioni, o que no início do ano de 2011 foi quase um sonho, uma equipe competitiva com jogadores limitados e sem muito brilho, mas unidos. No decorrer do ano a sabia decisão (ou falta de alternativa melhor, na opinião de outros), fez com que o treinador fosse mantido, assim podendo adaptar a equipe e moldar com as peças que teve a disposição.
A segurança de Agustín Orión no gol foi transmitida para fora da área, que agradeceu a partida de Cristian Cellay e a chegada de Schiavi, algo magnífico para a defesa Xeneize, influenciando inclusive na forma de atuar de Insaurralde. A adaptação de Walter Erviti e Leandro Somoza pelo meio fizeram do Boca uma equipe forte e rápida outra vez neste setor.
Por outro lado o meio necessitava de um jogadorde reposição para Burrito Rivero na meia direita, e a equipe buscou uma por um jogador conhecido da casa para a posição, uma vez que Rivero não aguentará toda a intensidade da temporada. Pablo Ledesma fechou com o clube e deverá ser a peça de reposição neste setor.
A posição que apresentava maiores dificuldades era a de enganche, uma vez que Román Riquelme pode não atuar em toda a temporada, devido às inúmeras contusões. A solução foi Pochi Chávez, um grande em sua posição e quase não foi sentida a ausência de Román, em boa parte do torneio, fazendo com que a equipe atuasse não mais em função do volante, e sim em função do sistema de jogo. Porém é bom lembrar que Román, em boas condições ainda é um jogador que pode decidir uma partida, e deverá ser o diferencial Xeneize.
As laterais são outro caso à parte, mas Falcioni tem ainda algumas poucas cartas na manga para as posições de Roncaglia que cresceu na equipe e o bom e velho Clemente Rodríguez, que voltou a jogar como nos bons tempos.
O ataque sofreu muito com as contusões, sendo necessário um jogador de reposição e que mantenha o espirito de equipe que ganhou o Apertura 2011, invicto há 28 partidas oficiais e mais uma vez, por isso, forte candidato ao título da Copa Libertadores 2012.
Sem Lucas Viatri, contundido, a equipe teve em Blandi uma boa resposta, até sair da equipe por contusão também. Logo, a dupla Mouche / Cvitanich foi a que terminou o torneio, e de certa forma, não decepcionou.
Pablo Mouche mostrou que é um jogador diferenciado quando resolve tocar a bola e pode ser um camisa sete de futuro no futebol argentino, caso agregue ao seu futebol um pouco mais de cooperativismo, parceria, camaradagem e coletividade, afinal de contas é sobre isso que é o futebol. Dario Cvitanich é um jogador acostumado a enfrentar desafios e não parece ter sentido a pressão de atuar pela equipe Xeneize, tendo superado a fase de contusões e terminado o torneio como artilheiro da equipe.
Logo ao final da temporada o treinador Falcioni moveu-se junto à diretoria em busca de um nove de ofício para não passar apuros nas competições, e hoje, sexta-feira (13/01) chegou a notícia de que Santiago “El Tanque” Silva está liberado para atuar pela equipe Xeneize na Copa Libertadores.
Blandi, Viatri, Franco Fragapane, Sérgio Araujo, Pich Erbes e Nicolás Colazo são realidades que devem ser usadas hoje e agora, para o bem da equipe e do futebol argentino. Caso os deixe de lado como fez com muitos outros jovens talentosos, o futebol argentino deixará escapar mais uma vez uma boa safra de craques.
O grupo na libertadores
Se mais nada mudar até lá, o Boca irá enfrentar na estreia da Copa Libertadores no dia 14 de fevereiro, uma terça feira às 21h15, um adversário considerado chato.
O desconhecido Zamora da Venezuela é uma equipe relativamente nova, com apenas 34 anos. Apesar de ser considerada uma surpresa, a equipe venceu o Caracas na final do torneio Clausura local, fazendo um excelente torneio, porém ficou apenas com a oitava colocação no Apertura. Após não chegar a um acordo com Jesús “Chuy”Vera, o clube fechou com o colombiano Óscar Gil, conhecidíssimo nas inferiores do Boca Juniors.
O outro adversário certo é o Fluminense do treinador Abel Braga, que fez um bom torneio em 2011, se classificando em terceiro lugar, e é uma pedra no sapato Xeneize. Muito se fala em revanche e aquele que desconversa e acredita que não, está enganado. O Boca busca uma revanche e a chance de devolver o sacode que levou em 2008. A equipe carioca faz contratações e busca reforços, prometendo dar trabalho na Copa Libertadores 2012.
O último adversário da chave, ainda depende de um jogo entre Arsenal de Sarandí (Arg) e Sport Huancayo, do Perú.
O fato é que quem quer ser campeão não pode escolher adversário, mas jogar contra o Arsenal sempre é complicado.
Grupo 4: Boca, Zamora (Ven), Fluminense (Bra), Arsenal de Sarandí (Arg) ou Sport Huancayo (Perú)
As equipes se enfrentarão na Pré-Libertadores em 24 de janeiro em Sarandí, e na partida de volta 31 de janeiro em Huancayo.
As partidas do Boca na Primeira Fase: Zamora (visitante, terça 14 de fevereiro, 21h15), Fluminense (La Bombonera, quarta 7 de março, 22h), Arsenal ou Sport Huancayo (visitante, quarta 14 de março, 19h45) , Arsenal ou Sport Huancayo (La Bombonera, quinta 29 de março, 19h45), Fluminense (visitante, quarta 11abril, 22h) e Zamora (La Bombonera, quarta 18 de abril, 19h30).
Acredito que o Boca não irá longe nessa copa.
O Boca está montando um ótimo time, apesar Santiago “El Tanque” Silva ser um cara de difícil relacionamento, ele não é um cara muito de grupo, mas gosto dele sim como atacante dentro de campo, acho que fará história no Boca!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Com Santiago Silva, o Boca se torna um forte candidato ao título da Libertadores 2012!
Vou torcer muito!
Gostaria de entender o “sacode” que o Boca levou do Fluminense em 2008.
Que me lembre o Boca saiu vencendo, perdeu inúmeras chances, o goleiro do Flu fez grandes defesas e teve até bola sendo salva em cima da linha. E no fim um resultado de 3-1 não me parece ser um “atropelamento” como dito ai.
Allan, lembro que o palpite do Vitor Birner era que o Boca ganhasse os dois jogos. E essa bola salva em cima da linha foi pouco antes do gol do Dodô. Ou seja, era pra ir pros pênaltis. Mas justiça foi feita na final. Eliminar São Paulo e Boca e entregar o ouro pra LDU: oba-oba que só a imprensa carioca pode nos proporcionar.
kkkkkk, quem é o fluminense diante do boca? so pq eliminou o boca uma vez so num quer dizer nada, o boca tem 18 titulos internacionais cara… o fluminense tem nenhum, kkkkkk a diferença é grande, o fluminense pode ganhar 10 vezes do boca que nunca vai ser maior que o rey de copas e do que sua torcida fanatica, a melhor do mundo, jajajaaj