Barra-brava do Independiente é acusada de agredir jornalista
A dois meses das eleições que servirão para escolher seu próximo presidente, o Independiente já tem clima quente nos bastidores. No último sábado, pouco antes do jogo contra o Godoy Cruz, uma jornalista partidária da chapa de oposição Independiente Místico foi agredida por torcedores ligados às barras da equipe vermelha. E, como em outros incidentes ocorridos com a facção mais violenta da torcida do “Rojo”, o nome do presidente do clube, Julio Comparada, apareceu na confusão.
Lucila Rossi estava nas imediações do estádio Libertadores da América para distribuir folhetos com as propostas de gestão da chapa para as pessoas que iam assistir à partida quando foi cercada por um grupo de torcedores que começaram a insultá-la. Logo depois ela foi abordada por uma garota que lhe deu um chute no joelho, a derrubou no chão e tomou seu telefone celular e o restante dos folhetos.
Um pouco antes da agressão, o vice-presidente da chapa, Claudio Keblaitis, encontrou no estacionamento do estádio o vice-presidente do Independiente, Hugo Barrueco. Perguntado por Keblaitis se não seria tomada alguma ação por parte da segurança do clube, Barrueco respondeu: “A polícia está aí e eu não tenho nada a ver com isso. Não tenho contato com a barra, por isso falem com o Julio”.
Logo após as agressões, os integrantes da chapa também foram alvo de insultos e tentativas de agressão pelo mesmo grupo que havia cercado Lucila. Com isso, eles se retiraram do local e foram à delegacia mais próxima registrar um boletim de ocorrência. Na saída da delegacia, Lucila confirmou à imprensa que os integrantes da barra que a agrediram têm ligação com Pablo “Bebote” Álvarez, o principal líder da barra do Independiente e aliado de Julio Comparada.
Em nota, o clube afirma que repudia todo e qualquer tipo de agressão, dá toda a solidariedade aos membros da chapa e reconhece que em tempos de eleição todos têm o direito de se expressar e expor suas ideias. Curiosamente, a mensagem emitida pelo clube não citou o envolvimento das barras com Comparada.
Com o consentimento de quem? Da diretoria, é claro. Ou vocês acham que, se fosse um sócio, o clube não trataria o caso com rigor?