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River se prepara para adversário diferente

A cada rodada, o River Plate se depara com um confronto diferente na sua passagem pela B Nacional. Não se trata apenas de times, mas de situações diferentes que pouco a pouco vão oferecendo ao Millionario um panorama do que significa a Categoria. Sábado, pela sexta rodada da competição, no estádio do Rojo, a equipe de Núñez terá à sua frente um adversário provocativo, cujo técnico diz não temer a um River que até agora, a seu ver, não foi superior a nenhum rival em todas as partidas que realizou.

Felipe De La Riva é um treinador bem ao estilo de Caruso Lombardi, técnico do Quilmes: falador, autoconfiante, de estilo provocativo e, por que não, competente. Já havia dito que a equipe dirigida por Almeyda não foi superior a nenhum adversário nas partidas que realizou. “River não é melhor que os outros. Os rivais com os quais jogou o superaram em todos os confrontos”. E continuou: “vamos jogar praticamente de visitantes, com vinte mil hinchas milionários. Se não fosse assim, eles teriam ainda menos possibilidades”.

A direção de los Charros foi a única até aqui que aceitou mudar de estádio para enfrentar o River, o que vale dizer que praticamente cedeu sua condição de local ao clube de Núñez. Mas nem isso parece tirar a confiança do treinador, que em entrevista ao programa La Pelota de Primera, da Rádio Punto/AM, disse que “estamos muito bem fisicamente e eles não estão 100% neste quesito, no qual podemos tirar vantagens”. E aumentou a provocação de maneira contundente: “é o principal rival que iremos enfrentar, contudo não é a partida mais importante”.

Sobre como pretende enfrentar o River, De La Riva disse que a proposta é a de sair com tranquilidade e jogo ordenado do campo de defesa e que, a partir daí, os jogadores de Los Charros vão para a pressão. “Vamos apresentar uma partida que eles não esperam, com pressão e muita presença no campo de ataque”, disse o treinador.

E para finalizar a entrevista, mais provocação. “Sánchez, Aguirre e Ocampos são os que mais me preocupam; os que podem desequilibrar o confronto para eles. Convém ainda que nossos jogadores tomem cuidado com os avanços de Vella. Porém, o resto dos jogadores não é melhor do que aqueles que temos em nosso plantel”. E sobre a possibilidade de “Chori” Domínguez atuar no embate, o treinador disse que não vai praticar nenhuma marcação individual porque julga que se trata de um jogador como qualquer outro: “não creio que desequilibre tanto a ponto de eu ter de me preocupar com ele”.

Joza Novalis

Mestre em Teoria Literária e Lit. Comparada na USP. Formado em Educação e Letras pela USP, é jornalista por opção e divide o tempo vendo futebol em geral e estudando o esporte bretão, especialmente o da Argentina. Entende futebol como um fenômeno popular e das torcidas. Já colaborou com diversos veículos esportivos.

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