Boca Juniors vence clássico contra Independiente e assume segunda colocação do Apertura 2011
Com quatro câmbios, dois por desfalque e dois por opção tática, o Independiente recebeu o Boca Juniors na noite deste domingo (04/9) e perdeu por 1 a 0, deixando o Rojo e o treinador Mohamed em situação complicada. A equipe Xeneize por outro lado, com o resultado, pula para a ponta da tabela em segundo lugar e surpreende com o bom início de temporada. Invicto, o Boca soma três vitórias e dois empates.
Sem Román na equipe, a principal preocupação de Falcioni era ter um meio campo que suprisse a ausência do enganche, tendo esperado até os últimos minutos para dar a escalação. Quando saiu a campo, a volta de ‘Burrito’ Rivero no meio era o maior alento, enquanto na frente entraria Mouche dando a equipe Xeneize um desenho 4-3-3.
Os primeiros 15 minutos foram de estudo e com um pouco de pressão maior pela equipe da casa que tentava prender a equipe Xeneize em sua defesa. Porém, a primeira boa chance foi do Boca. Após brigar pela bola no meio campo Cvitanich enfiou boa bola na direita para Mouche que encontrou Lucas Viatri sozinho na entrada da área. O camisa nove bateu com força, mas Agustín Orión defendeu o que seria o primeiro gol do jogo.
Com o decorrer do tempo a partida passou de estudada para feia. As duas equipes buscavam o ataque com chutões para frente e essa atitude não beneficiava nenhum dos dois ataques. O Boca tinha mais qualidade quando Erviti tinha liberdade para armar, mas era muito pouco.
Pelo Rojo a maior oportunidade do primeiro tempo foi com Marco Pérez. Após uma lambança de Somoza ao buscar Orión em bola recuada do meio de campo, o arqueiro entregou de bandeja para o atacante colombiano que esperou uma semana para finalizar, dando oportunidade de Orión se redimir e fazer a defesa do que seria o gol de abertura da partida.
Quase aos 40 minutos do primeiro tempo, uma boa jogada de contra-ataque rápido do Boca. Viatri buscou Erviti que encontrou Mouche, este esperou a passagem de Clemente Rodríguez que centrou para a primeira área. Viatri pegou um belo tiro por cima do gol de Assman. O primeiro tempo chegava ao fim com as duas equipes mostrando pouco.
Logo aos 4 minutos de segundo tempo, o zero saiu do placar. Rolando Schiavi pegou o rebote de direita na entrada da primeira área, após cobrança de escanteio e colocou no canto direito de Assman que se esticou todo, mas não pode. Seis minutos depois quase saiu o segundo gol da equipe Xeneize, com Viatri que após um chutão para frente de Clemente Rodríguez se livrou da defesa com a direita e arremata oue canhota para a boa defesa de Assman.
A equipe de ‘La Ribera’ parecia mais concentrada e em um forte contra-ataque, Mouche se livrou de Assman e tocou para o gol livre. Julián Velásquez, que tinha ficado no primeiro lance com Mouche, se recuperou e se atirou com violência para salvar o segundo gol Xeneize chocando-se contra o poste direito. Daí para frente o Boca controlou a partida e abusou da arte de perder gols. Viatri, Cvitanich, Mouche e Pochi Chávez perderam pelo menos uma chance cada.
Perto do final da partida, Viatri ainda salvou o Boca de tomar o gol de empate. Após um rebote da cobrança de escanteio Tuzzio pegou forte para Viatri rechaçar em cima da linha. Era o final do clássico. O placar foi generoso. A vitória ficou com a equipe que foi mais dentro da cancha e aproveitou a oportunidade que teve.
O Boca recebe o San Martin (SJ) em casa, enquanto o Independiente vai a Córdoba enfrentar o Belgrano.
Independiente: Fabián Assmann; Eduardo Tuzzio, Julián Velázquez (Gino Clara), Gabriel Milito; Nicolás Cabrera, Cristian Pellerano, Iván Pérez (Osmar Ferreyra), Maximiliano Velázquez; Lucas Villafañez (Matias Defederico); Facundo Parra, Marco Pérez. DT: 0Antonio Mohamed.
Boca: Agustín Orión; Facundo Roncaglia, Rolando Schiavi, Matías Caruzzo, Clemente Rodríguez; Diego Rivero, Leandro Somoza, Walter Erviti (Sánchez Miño); Cristian Chávez o Pablo Mouche (Cristian Chávez); Darío Cvitanich (Sergio Araújo), LucasViatri. DT: Julio César Falcioni.
Cancha: Libertadores de América
Árbitro: Héctor Baldassi
Cartão Amarelo: Diego Rivero, Lucas Viatri, Leandro Somoza (Boc); Cristian Pellerano (Ind)
Quando o Schiavi foi anunciado como reforço para o Apertura, achei que era uma daquelas transações que só mesmo os dirigentes do Boca podem fazer. Mas não é que deu certo? Não digo pelo gol, digo pela partida inteira dele, com direito a olho roxo em dividida com o Parra. A presença dele ajudou a solidificar a defesa, faz pouco tempo cruzamento na área era meio gol. E ensinou que, na frente do goleiro, tem que enfiar o pé no canto.
Já o Viatri tem que colocar o pé na forma. E parar de enfeitar. Contra o San Martín é uma boa chance de se redimir. Se os dirigentes não avacalharem mais do que de costume (em dezembro tem eleição pra presidente), as chances de título crescem.
Quanto ao time do Independiente… Só não foi pior do que a torcida cantando contra bolivianos e paraguaios que, supostamente, são todos torcedores do Boca. Alguma atitude deveria ser tomada, pior do que cantos xenófobos é achar que com o juiz interrompendo a partida resolve alguma coisa.
Talvez tirando pontos e mando de campo (deveriam ter tirado uns QUINZE da galinha rebaixada pelo fiasco que fizeram ao cair, e não ficar bajulando o time por bater em bêbado) os infelizes se toquem. Mas na AFA faltam colhões e interesse político para coibir essa corja.
Tem que destacar a defesa mais uma vez, que vinha sendo muito criticada por alguns na Pré-Temporada e agora está dando conta no recado, Orión vem crescendo a cada jogo, é verdade que quase entregou um gol ao Independiente, mas se redmiu no final da partida.
Riquelme fez falta, no primeiro tempo a bola não chegava nos 3 atacantes e Mouche cada dia fica mais perto de ser titular e o Viatri não pode achar que vai ser um novo Palermo, quando tiver a oportunidade tem que botar a bola pra dentro da rede.