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Passarella se exime de culpa pela atual situação do River e culpa jornalistas por incitarem violência

Passarella falou na tarde desta terça-feira (28/6) ao canal ESPN (Argentina) sobre seus planos para a instituição River Plate e pareceu convicto de todas as suas atitudes. O dirigente apontou culpados e ainda eximiu J.J.López de toda e qualquer culpa pela atual situação do clube.

“Dizem que sou uma pessoa soberba, mas acredito que não devamos ficar caindo de joelhos e pedindo por ai, eu não sou assim, sou da maneira que os sócios do River me elegeram”, disse o dirigente e ainda analisou: “Pensávamos que o clube tinha uma febre e estava em com estágio quatro. O único culpado por este momento que passa o River Jose Maria Aguilar.A mim dói muito, pois eu cheguei a um clube que defendi a camiseta e vivi meus melhores momentos na carreira esportiva, creio que a gestão anterior é a responsável pela situação atual que vive o River”.

Enquanto muitas pessoas crucificam J.J.López, Daniel Passarella saiu em sua defesa e falou sobre o técnico e amigo. “‘El Negro’ é uma pessoa excepcional, é uma pena que tenha que viver essa situação. Há três meses era Deus, pois estava na primeira colocação. Depois caímos. Em sua despedida estava muito triste, pois não pode retribuir o apoio que nós havíamos lhe dado. Não pensávamos que iriamos a B, achávamos que iriamos conseguir nos manter a categoria ”.

O dirigente ainda deixou claro que não acha justa a provável punição que vá sofrer o clube em relação aos fatos ocorridos em relação segurança da última partida contra o Belgrano e aos pontos perdidos. “Porque tirar pontos da gente? Não somos responsáveis pelo que aconteceu. Em absoluto. Paguei pelo efetivo de 2200 policiais. Não nos consideramos responsáveis pelo o que passou”.

A situação do clube neste momento se estende a vida pessoal e segurança dos jogadores, dirigentes e pessoas ligadas ao clube de alguma forma. Vale lembrar que ao final da primeira partida contra o Belgrano na qual os de Nuñez perderam por 2 a 0, a casa do ex-presidente José Maria Aguilar foi pichada e atacada por torcedores exaltados.

A situação de Passarella não é diferente na questão segurança e ele acusa os jornalistas de incitarem a violência. “De momento a momento passa alguém gritando em minha casa. Tenho um carro de policia em frente a minha casa. E todos os jornalistas indo para frente da minha casa. Eles incitam à violência filmando a sua casa, mostrando o endereço, o número da minha casa, à placa do meu carro. Todo mundo está vendo onde eu moro. Estão tirando meu direito a privacidade e isso eu não mereço” .

Em tempo
A instituição  pode sofrer a sanção de 10 a 20 partidas sem poder atuar no Monumental. Gustavo Galante, fiscal que encabeça as investigações sobre os incidentes no estádio do River, disse que não pode dar muitos detalhes para não atrapalhar a investigação que está em um momento importante. “Está comprovado que houve mais gente do que podia ter no estádio. Aproximadamente 14 mil espectadores a mais. Todos os vídeos serão analisados amanhã. Não posso dar detalhes sobre isso pois ainda estou recolhendo informações sobre o ocorrido”, disse o fiscal.

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Junior Sagster

Jornalista esportivo, formado em Comunicação Social/Jornalismo. Acompanha o futebol argentino desde a Copa do Mundo realizada no México em 1986, quando viu pela primeira vez Maradona jogar pela Seleção Argentina. Em sua carreira como jornalista tem 06 anos de experiência, 02 em redação e 04 em assessoria de imprensa esportiva.

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