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River Plate: Consequências da queda

Muitos esperam a renuncia do Presidente Daniel Passarella. Diante a sucessão de acontecimentos que levaram a equipe de Nuñez a cair para a B Nacional, houve membros da instituição que fizeram chegar ao Kaiser o desejo de que o ídolo histórico do clube renuncie a seu cargo.

Passarella, segundo seus opositores, desde sua chegada centralizou o poder de decisão dentro do clube. Os dirigentes o acusam de impedir e limitar das de decisões importantes aos seus companheiros e a uma minoria que foi eleita por sócios do clube.

O atual presidente já deixou claro que não renunciará e que deverá permanecer no cargo. Uma das possibilidades é que as eleições da instituição sejam adiantadas em dois meses.

O QUE SE PERDE COM A QUEDA

Além da vergonha e das capas de noticiários pelo mundo, o clube que tem uma divida que se acerca dos 200 milhões de pesos (aproximadamente 79 milhões de reais), ainda teria uma queda vertiginosa que se dará logo com a perda dos direitos de transmissão das partidas. O programa governamental ‘Fútbol para Todos’ pagava 30.680.000 pesos por ano ao clube que agora deverá receber 3.500.000 que é a soma que recebem os clubes da ‘Segunda División’.

Os de Nuñez também deverão enfrentar problemas graves no que se diz respeito à venda de patrocinadores e espaços publicitários em camisetas, e meios de comunicação. Já se estuda a possibilidade de redução de salários, uma vez que a receita do clube não será a mesma. Além do óbvio problema de ter que enfrentar equipes menores e com estádios em situações inferiores e que não terão a mesma renda na venda de ingressos, as longas viagens e etc.

Para retornar a ‘Primera División’, a equipe de Nuñez terá que passar por uma revolução que parte desde as bases e não só o lado futebolístico, mas o administrativo. A história mostra que em muitos casos a queda foi benéfica e as equipes de outros países que foram parar em divisões inferiores, voltaram melhor estruturadas. Será um período doloroso para este que é um dos maiores da Argentina e do mundo, mas pode ser benéfico.

Junior Sagster

Jornalista esportivo, formado em Comunicação Social/Jornalismo. Acompanha o futebol argentino desde a Copa do Mundo realizada no México em 1986, quando viu pela primeira vez Maradona jogar pela Seleção Argentina. Em sua carreira como jornalista tem 06 anos de experiência, 02 em redação e 04 em assessoria de imprensa esportiva.

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