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San Lorenzo: Asad tenta resolver problemas de elenco

“Não pensei que seria tão difícil presidir o San Lorenzo”, esta foi uma das frases de Carlos Abdo, presidente do Ciclón, em relação às dificuldades em administrar um clube que apresenta uma dívida de 30 milhões de dólares. Enquanto isso, o novo técnico Omar Asad, tem castigado o seu elenco com treinamentos duros e declarações que deixam claras as intenções do treinador: por fim ao vazio de poder no comando, e aos excessos cometidos pelos jogadores.

Abdo disse que terá um encontro com credores da instituição de Boedo, no próximo dia 22, a fim de encontrar uma solução que atenue os problemas financeiros do clube. Para tanto, conta com a ajuda de um grupo de sócios disposto a ajudar à instituição de Nuevo Gasômetro. O mandatário aproveitou para associar a recuperação financeira com a recuperação futebolística. “A verdade é que entre isso e recuperar também a identidade futebolística do clube temos feito mais que o suficiente. É por isso que contratamos a Omar Asad”, disse o mandatário.

Abdo aproveitou para explicar por que Asad começou agora a comandar a equipe e não deixou para assumiu somente na pré-temporada: “Pensamos que era melhor, porque assim poderá conhecer os jogadores na prática. Assim fica mais fácil chegar a uma lista dos jogadores que ficarão e dos que sairão na próxima temporada.

Já o técnico Omar Asad aposta no diálogo para a solução dos problemas com os jogadores. “Começo colocando as coisas às claras, sou um líder de grupo, que cria o hábito da responsabilidade, do compromisso. Não fujo de aplicar uma sanção, porém, antes de fazê-lo, dialogo com o jogador e trato de solucionar o problema, cara a cara. Se ocorre uma segunda falta, já é uma questão de sanção e, uma terceira, demonstra que há uma pequena rebeldia e aí eu relego o caso para os dirigentes. Porém, em toda a minha carreira, nunca cheguei à segunda”.

Quanto ao histórico dos jogadores de causar problemas no comando de Diaz, El Turco disse que tem o apoio da diretoria e foi direto: “As regras são claras! Eu me manejo por um só caminho, o da verdade: que o jogador responda em campo para que eu o coloque para jogar”, disse o treinador, fazendo alusão às reclamações do elenco com o antigo comandante técnico.

Mas Asad não ficou somente nas palavras. No seu terceiro dia no comando da equipe, o técnico submeteu o elenco a três horas de treinamento. O objetivo era avaliar os jogadores de perto. Realizou duas partidas no treinamento com quatro equipes diferentes, além de seis substituições na equipe que considera titular.

Joza Novalis

Mestre em Teoria Literária e Lit. Comparada na USP. Formado em Educação e Letras pela USP, é jornalista por opção e divide o tempo vendo futebol em geral e estudando o esporte bretão, especialmente o da Argentina. Entende futebol como um fenômeno popular e das torcidas. Já colaborou com diversos veículos esportivos.

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