Messi tem a receita de como quebrar recordes

Quando Lionel Messi tem entrado em campo, os viciados em estatísticas já procuram em seus dados qual será o próximo recorde, qual próxima marca que o argentino irá quebrar. Só nesse mês, foram vários. Mesmo assim, muitos se negam em colocá-los no hall dos gênios, apesar de estar a três gols do seu 200º gol.

Há duas semanas, Messi nunca tinha marcado um gol sequer em um time dirigido por Mourinho. Caixa no gol de pênalti. Até hoje, o argentino nunca havia fez um gol em uma semifinal de Champions League (foi seu quinto jogo). Mais uma vez caixa, e desta vez ao quadrado. E mais: Só nesta temporada, Lionel conseguiu ultrapassar os 50 gols (marcou hoje o seu 52º gol em jogos oficiais) em uma só temporada e está prestes a se tornar o maior artilheiro do clube catalão (está a 56 gols de César Rodriguez, artilheiro na década de 1940 e a 15 de Ladislau Kubal (jogador húngaro que atuou na década de 1950 e 60). E isso nos tempos do futebol moderno.

E Messi não é isso tudo só pelos gols marcados, mas pelo futebol que vem apresentando nos últimos tempos. Hoje, por exemplo, em grande parte da partida, esteve apagado em campo, mas nos poucos lampejos marcou dois gols sobre o Real Madrid, fora de casa, sendo um deles memoráveis, ao estilo dos grandes jogadores (NdoR: me lembrou muito o gol do Ronaldinho Gaúcho que fez todo o público no Bernabéu, anos atrás). O mesmo aconteceu, por exemplo, na partida contra o Estudiantes LP, quando conseguiu ajudar o Barcelona a conquistar o título Mundial. Um jogador que decide principalmente se tem um treinador que sabe colocá-lo na posição certa.

Desde 2008, quando Guardiola assumiu o time principal do Barcelona, Messi desencadeou a marcar gols. Na primeira temporada, foram 38. Depois, 47. E agora, já tem 52. E mais uma vez lembrando: somente em jogos oficiais. Com Pep, foram nada menos que 137 gols em 154 partidas. Outro dado: Dos 179 gols no Barcelona, Messi precisou jogar apenas 121 vezes, sendo apenas 16 de pênalti, 31 com a perna fraca (a direita) e 7 com a cabeça, sem contar o gol de peito e o de mão.

Muitos ainda preferem dizer que Lionel Messi ainda não é um jogador genial por ainda não ter conquistado um título Mundial com a Seleção Argentina. Como bem lembrou o comentarista da CBN Gustavo Zupak nas redes sociais: “Ah, mas ele não ganhou Copa do Mundo. Ora, Copa são 7 jogos há cada 4 anos. Prefiro chamar de Gênio quem arrebenta 365 dias no ano. Messi”.

E vale lembrar: Zico, Platini, Puskas dentre outros jogadores considerados como gênios no atual cenário, sequer venceram um Mundial, sendo o primeiro massacrado por muitos por ter perdido um dos pênaltis nas quartas de final do Mundial de 86. E só para constar: com a Seleção, em 60 partidas (54 começou como titular), Messi marcou 18 gols (incluindo os Jogos Olímpicos). Isso sem esquecer que marcou 11 gols em 16 partidas nos dois Mundiais Sub20 em que disputou. Messi é sim um mito, um gênio que a cada dia escreve sua história no cenário futebolístico mundial.