Blog FP: A sombra de Maradona
É muito comum no Brasil (mas nem tanto na Argentina) a idéia de que o maior problema da albiceleste é a falta de jogadores de qualidade no setor defensivo. Nunca concordei com isso. De fato não há jogadores brilhantes no setor, mas é plenamente possível montar uma linha defensiva respeitável. O problema argentino hoje é a sombra de Diego Armando Maradona.
Sergio Batista chegou à seleção com um projeto muito claro: se diferenciar de seu antecessor. Todo o seu trabalho é norteado por esse princípio. Basta notar as principais críticas sofridas por Maradona: esvaziar o meio de campo, não convocar Zanetti e Cambiasso, usar zagueiros como laterais e não conseguir fazer Messi render o futebol que encanta o mundo no Barcelona
Resultado: a seleção de Checho tem três volantes, Zanetti e Cambiasso como titulares inquestionáveis e laterais de ofício. Até aí nada demais. O problema é a tentativa algo patética de transformar a seleção argentina em um Barcelona fake.
O resultado é uma albiceleste que não tem espaço para Tevez, Aguero, Milito ou Higuain, já que Messi joga de falso 9, e Lavezzi e Di Maria parecem ser os preferidos de Batista para jogar pelos lados do campo no setor ofensivo. O treinador parece seguro que colocar seu sistema tático acima da qualidade dos jogadores é o melhor caminho.
A incompetência de Diego Maradona impediu que a Argentina aproveitasse decentemente uma das melhores safras de atacantes de sua história. E agora o jogo político de Sergio Batista pode causar o mesmo efeito. De tanto buscar se diferenciar de seu antecessor, Checho pode acabar chegando exatamente ao mesmo resultado.
Batista e para Argentina o q o dunga foi para o Brasil.
Exato, Dunga chegou com seu discurso guerreiro para se diferenciar do que foi visto como a leniencia de Parreira com as estrelas. E ao fim chegou ao mesmo resultado