Blog FP: Um semestre decisivo para o Independiente e para Mohamed
Após quinze anos de seca, finalmente o Independiente pôde comemorar um título internacional ao derrotar o Goiás na final da Sul-Americana. Muita festa, lágrimas e juras de amor pelo time. De quebra, o time voltou à Libertadores depois de sete anos.
Tudo muito bom, tudo muito bem. Só que com a derrota para o Tigre no último domingo, o Independiente conseguiu uma façanha que deverá ser lembrada por todo o sempre pelos rivais mais acérrimos: a última colocação no Apertura.
Apesar de a vergonhosa posição não ter resultado no rebaixamento (o que na opinião desse colunista é um absurdo), o time de Mohamed precisa olhar com carinho para o Clausura. Para se ter uma ideia das preocupações dos torcedores do Rojo nesse ano, o Olé divulgou na última terça-feira o resultado de uma enquete sobre quais deveriam ser as prioridades do clube. 51% dos entrevistados responderam que era a Libertadores e os outros 49%, o Clausura. Um empate técnico, portanto.
Existem motivos de sobra para a preocupação. Afinal de contas, o “promedio” do time vermelho é superior apenas aos de Tigre, River, Huracán, Gimnasia La Plata, Quilmes e Olimpo. Nos confrontos diretos contra eles, o Independiente só será mandante contra o River e o Huracán. E o clássico contra o Racing será fora de casa também.
Por isso, a partir de hoje começam os seis meses mais decisivos dos últimos tempos para o Independiente e para a carreira de Antonio Mohamed. O “Turco” terá que se virar para armar um time que tem claras deficiências no setor ofensivo (marcou somente 14 gols em 19 jogos no Apertura) e que joga demasiado recuado quando não está no seu estádio. E isso sem contar com a já explosiva atmosfera política do clube, que ferve com as obras de finalização do Libertadores da América e que ferverá ainda mais com as eleições que serão realizadas no final do ano.
Com a chegada de apenas três reforços (Vélez, Defederico e Núñez) Mohamed tem a obrigação de fazer com a equipe cumpra um papel ao menos digno na Libertadores (afinal de contas, rei que é rei sempre tem que fazer bonito) e afastar de vez o fantasma do rebaixamento no Clausura. Tarefas que não serão das mais fáceis.