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Com misto de juventude e experiência, Boca vence o Arsenal

Em meio a passagem sem sucesso de Borghi pelo clube de la Ribera. Distante da frustração pela derrota no Superclássico. De certa forma, Sergio Araujo sempre esteve “blindado” de tudo isso neste Apertura, pois em Casa Amarilla o consideram uma joia. Nesta noite, ele precisou substituir Lucas Viatri, e aliado ao faro de gols costumeiro de Martin Palermo, ajudou o Boca numa dramática vitória. Na Bombonera, os anfitriões se recuperaram e bateram o Arsenal por 2 x 1.

Três pontos que de nada valem na tabela a um time sem aspirações a nada, e que desmancham os sonhos de título da equipe de Sarandí. Contudo, além da necessidade de reerguer o clube após o clássico, o triunfo teve valor maior por ter saído de uma partida com várias chances de gol para os dois lados. Qualquer um poderia ter saído vitorioso de um dos melhores duelos na rodada.

Logo nos lances iniciais da partida, o Arsenal teve um tento anulado após um contragolpe fulminante, e o Boca assustou Campestrini num chute de longe de Chávez. Mas apesar da boa troca de ataques, o jogo só conheceu seu personagem principal depois que se constatou a lesão de Viatri. Sergio Araujo, de 18 anos, ofereceu mais habilidade e velocidade aos donos da casa. Exemplo disso está na jogada individual do pibe que resultou no primeiro gol, aos 27 minutos: 1 x 0.

Mas em todo jogo envolvendo os Xeneizes existe uma constante que torna qualquer confronto num espetáculo imprevisível: a defesa. Mesmo com Tito Pompei, a zaga da equipe ainda tem nos ataques rápidos e nas bolas aereas seus pontos fracos. Graças a isso, o zagueiro Lisandro López, que havia falhado no gol de Araujo, conseguiu a redenção e o empate na mesma cabeçada: 1 x 1, aos 4 do segundo tempo.

O Arsenal já não tinha a mesma intensidade ofensiva da etapa inicial. Se preocupava mais em frear a pressão do Boca na defesa. Em lances isolados, porém, ainda achava oportunidades de buscar a virada. Tentaram usar a fórmula que deu certo no gol anterior: aproveitar as fraquezas do adversário. Acertaram a trave num lance com Obolo e exigiram uma defesa milagrosa de García em outra cabeçada de Leguizamón, só que ambas não chegaram as redes.

Enquanto isso, Araujo, Chávez, Giménez e, após a substituição, Escudero davam sequência a pressão Xeneize no ataque. Ao contrário do conjunto de Alfaro, esta sim conseguiu frutos graças a presença de Palermo no lugar e momento certos, aproveitando rebote de Campestrini na pequena área: 2 x 1, placar final.

BOCA JUNIORS: Javier García; Cellay (Monzón), Caruzzo, Insaurralde e Clemente Rodríguez; Medel, Battaglia e Giménez (Escudero); Chávez; Viatri (Araujo) e Palermo. DT: Roberto Pompei

ARSENAL: Campestrini; Nervo, Lisandro López; Aguilar e Pérez; Adrian González (Ortiz), Leiva (Silva) e Marcone; Alustiza (Choy González) e Leguizamón; Obolo. DT: Gustavo Alfaro

Próximos confrontos: Newell’s x Boca; Arsenal x San Lorenzo

Rodrigo Vasconcelos

Rodrigo Vasconcelos entrou para o site Futebol Portenho no início de julho 2009. Nascido em Buenos Aires e torcedor do Boca Juniors, acompanha o futebol argentino desde o fim da década passada, e escreve regularmente sobre o Apertura, o Clausura e a seleção albiceleste

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