As pedras no caminho do Estudiantes
Após várias rodadas em que parecia ser um candidato imbatível ao título do Apertura, o Estudiantes se vê em uma situação pouco confortável, empatado na primeira posição com o Velez Sarsfield. Muitos atribuem esse declínio às lesões, mas dentro do próprio clube há quem lamente o mau uso que a direção fez da janela de transferências no meio de 2010, uma janela muito mais longa que o normal devido ao mundial da África do Sul.
Um dos pedidos feitos por Alessandro Sabella à direção eram reforços para o ataque. Vários jogadores foram procurados, como Farías (que terminou no Cruzeiro), Larrivey (atualmente no Cólon), Pavone (acabou contratado pelo River) e Zelaya (disputando o Apertura pelo Banfield). E talvez os dirigentes do Pincha não tivessem idéia de como essa falha em trazer atacantes para reforçar a equipe poderia custar caro às pretensões do clube de La Plata.
Ao longo do Apertura, Sabella conseguiu acertar a equipe com dois enganches e um atacante apenas. No entanto, a falta de opções sempre preocupou o treinador do clube. E hoje essa fraqueza do elenco ficou mais evidente, quando o Estudiantes não pode contar com Peñalba, lesionado, em seu treinamento. Sem opções de substituição, Sabella foi obrigado a improvisar.
A solução foi colocar Benítez no lugar de Verón, e adiantar La Brujita para um espaço do campo onde não está acostumado a atuar. Talvez o resultado não tenha agradado a Sabella, já que foi testada uma segunda alternativa, o 4-4-1-1, que igualmente mexe com o 3-4-2-1 com que a torcida do Pincha se acostumou ao longo do Apertura.
Peñalba é presença incerta na partida contra o Huracán, na noite de sábado. Seu nome está na lista dos concentrados, mas sua situação ainda não está definida. Se o jogador não estiver em condições, é provável que Perez e Fernandez fiquem mais isolados no setor ofensivo da equipe, tendo atrás de si duas linhas de quatro. Se isso se confirmar, talvez a direção da equipe venha a se arrepender pela falta de uma atuação mais incisiva na aquisição de jogadores na metade do ano.