Independiente – Racing: 1983, Rojo campeão, Academia rebaixada
Em 1983, o Natal foi gordo para o Independiente. Dois dias antes da véspera, em 22 de dezembro de 1983, a última rodada do Metropolitano chegava para decidir o caneco entre três equipes: Independiente, San Lorenzo de Almagro e Ferro Carril Oeste com 46, 45 e 45 pontos respectivamente.
Com o ponto a mais, bastava o Rojo vencer para ganhar o título e a vaga para a Libertadores. No entanto, o adversário não era fácil. A última rodada era um clássico contra o Racing.
Na ida, o Independiente já tinha vencido o jogo com o mando do Racing, realizado no Estádio do Huracán, por 2 a 1 em 25 de setembro. No entanto, esse jogo da volta tinha um quê de disputa pela honra. Ora, se o Independiente queria ser campeão, o Racing, já rebaixado, podia salvar a desastrosa temporada.
O onze inicial do Independiente para esse crucial Clássico de Avellaneda foi Moriconi; Zimmermann, Villaverde, Trossero e Clausen; Giusti, Marangoni, Bochini e Burruchaga; Sánchez e Percudani. O técnico José Omar Pastoriza iria substituir a dupla de ataque por Carrizo e Merlini, respectivamente.
Já o sofrido Racing, de Juan José Pizzuti, entrou com Rodríguez; Solari, Campos Aquino, Castello e Veloso; Caldeiro, Urán e De Andrade; Matuszyczk, Lozano (entraria Martínez) e Larrachado (entraria Scalise).
A partida apitada por Espósito foi um baile. O Independiente, tal como era a principal característica daquele time, fazia a bola ir de um lado para o outro com toques rápidos e diagonais.
Jogando assim, Giusti, aos 43 minutos do primeiro tempo, e Trossero, aos 3 minutos do segundo tempo, determinaram o Independiente 2, Racing 0, placar esse que deu o título ao Rojo. No entanto, a hinchada del Diablo mal sabia que isso era apenas uma semente.
Em 1984, essa mesma equipe do Independiente conquistou a sétima Libertadores e o Mundial Interclubes. Era o início do Rey de Copas.