Estudiantes marca, mas na altitude quem vence é a LDU
Desde o treino de luxo contra o Banfield, Alejandro Sabella deixou seu objetivo claro para todos. No jogo de ida pela final da Recopa Sul-Americana, queria sofrer pouco diante do “alto nível” dos adversários. A missão começou preocupante no início, e dadas as circunstâncias do jogo, o placar final de 2 x 1 poderia ser mais agradável aos Pinchas, pois a LDU conquistou a vantagem de empate pelo título. Mas o gol marcado por Marcos Rojo ameniza a desvantagem do Estudiantes, já que balançar as redes fora de casa não é critério de desempate.
Crônica do jogo
O Estudiantes de La Plata é naturalmente uma equipe calculista. Não gosta de atacar de forma irresponsável. De modo que, na altitude, esta preocupação só aumentou para Sabella e seus comandados. Só que para esta postura render as vitórias de costume, faltou em Quito a base da segurança desta estratégia: uma defesa livre de falhas.
Liderados desta vez por Cristian Lara, a LDU impôs a pressão inicial que lhe rendeu bons frutos no passado recente em competições continentais. Tanto na jogada individual do equatoriano aos 8 minutos, quanto na bola que teimava em não sair da área aos 17, a defesa Pincha deixou a desejar. Caindo no trocadilho obvio, El Pirata Barcos aproveitou as duas chances para afundar as pretensões de vitória dos visitantes.
Apesar destes momentos de fraqueza, o Estudiantes teve chances de se redimir no ataque. Conseguiu o empate transitório numa cobrança de falta de Chapu Braña que Marcos Rojo definiu. Poderia ter igualado o placar novamente com Chino Benítez e Enzo Perez no primeiro tempo. E na etapa final, mantendo as manobras ofensivas da Liga sobre controle, contra-atacou com perigo em algumas oportunidades.
Mas a medida que o final do jogo e o cansaço se aproximavam, a derrota pela vantagem mínima já não soava mais como um mau negócio aos platenses. Seria melhor com a vantagem do gol qualificado em Quito. Contudo, a desvantagem Pincha permaneceu num ponto tranquilo para os campeões da Libertadores 2009 superarem os da de 2008 diante da própria torcida. Até lá, no dia 8, atenções de volta ao Apertura, pois o clássico se aproxima…
