Confiança exagerada
Em 1986, a Seleção Argentina chegou muito desacreditada. Apesar de não ter um ataque dos sonhos, a zaga era muito bem postada e totalmente segura. Valdano, é verdade, foi um dos coadjuvantes da Seleção naquele ano, já que Diego Maradona era mesmo um gênio. Hoje é o inverso. A zaga não passa uma segurança e temos, no mínimo, quatro dos dez melhores atacantes da atualidade. E talvez, por conhecer bem o sistema ofensivo (arriscou diversas vezes nesse esquema, como no 1-6 contra a Bolívia) Maradona continua confiante. Até demais.
Em entrevista exclusiva a rede Fox Sports, Maradona confessou que a fé em conquistar o título está mais em alta do que há 24 anos, quando, apesar dos perrengues durante as Eliminatórias para este Mundial. “Eu tenho mais fé do que tive para o Mundial 86’. Agora, tenho todos jogadores consagrados”, destacou o comandante da Seleção Argentina e capitão do bi-campeonato, no México.
Além disso, Maradona exagerou nas comparações com os ídolos espanhóis. Segundo o comandante da Seleção, Juan Sebastián Verón, que possivelmente jogará mais recuado graças ao ingresso de Dí Maria na ala esquerda, é o Xavi da Argentina. “Meu Xavi é Verón. “La Bruja têm experiência de muitos anos”, destacou. Além disso, admitiu que Lionel Messi ficará mais livre para jogar. “Eu não o quero fixo em uma posição. O quero livre e vai render muito bem”, completou o comandante da Seleção.
Sobre os jogadores, Maradona confessou que espera um comprometimento, como o próprio técnico de hoje teve há 24 anos. “Estes jogadores vão jogar pelo sentimento deles e nunca vão renunciar e sempre buscarão mais. Mas, pela temporada que fizeram, fico atrás. Agora tem que dar a vida, porque quando eu joguei os Mundial, dizia a Claudia: ‘eu me esqueço de você totalmente’. Não falava com no telefone, eu jogava para o meu pai ficar orgulhoso de seu filho, o que sempre me deixou feliz”.