Há 25 anos, Verón celebrava seu primeiro título: tirava o Estudiantes da 2ª divisão
A data de 12 de maio de 1995 deveria ser de tristeza a todas as torcidas argentinas, com a perda do maestro Adolfo Pedernera, o maior craque da história segundo Alfredo Di Stéfano e cuja idolatria ultrapassava clubismos quanto ao seu River – afinal, brilhara até mesmo como treinador do Boca. Mas a campanha incrível do Estudiantes na segunda divisão impediu que o luto fosse total em La Plata. Com nada menos que cinco rodadas de antecedência (de onze pontos de vantagem em tempos em que a vitória ainda valiam 2 e não 3), o Pincha, após 265 dias e não 365, voltava à elite para não mais sair, desabrochando na campanha o talento da maior figura do clube: Juan Sebastián Verón.
E pensar que La Brujita teve o pior dos inícios: com poucas semanas de carreira no time adulto do clube do coração, sentia que manchava o sobrenome tão abrilhantado ali nos anos 60 e 70 pelo pai (Juan Ramón Verón, La Bruja). Assim ele admitiu em 2011 à El Gráfico: “que maneira de começar, por favor! Estreei em abril de 1994 e uns meses depois fomos à Série B. Por sorte, o clube pôde sair em seguida, se não teria sido difícil. E a partir daí mudou tudo. Eu tomava o rebaixamento mais como torcedor, para mim era um momento duro, triste, muito triste, sobretudo porque vir do meu pai que havia ganho tudo e eu começar e ir ao descenso…”.
Os platenses caíram ainda antes da rodada final daquele Clausura 1994, em empate em 3-3 com o Lanús. A torcida alvirrubra tratou de fazer a sua parte para tirar o peso dos ombros de tantos pratas-da-casa que sofriam a queda: o que seria mero cumprimento melancólico de rodada final no calendário teve direito a ovações com invasão de campo para abraçar os jogadores vitoriosos sobre o Racing por um 4-1. Mas o otimismo foi momentâneo até mesmo para Verón, segundo ele confessou na mesma entrevista de 2011: “estava para ir embora. Me lembro de que no primeiro treino depois éramos 60 ou 70, uma coisa de loucos. Pensei ‘aqui não jogo nunca mais’. Mas eles disseram que ficasse tranquilo aí arranquei com continuidade no Nacional B”.
O “Eles” a quem se refere eram duas figuras lendárias em Country Bell: os ex-jogadores Eduardo Luján Manera, do Estudiantes multicampeão da Libertadores nos anos 60, e Miguel Ángel Russo, do time que vencera os únicos troféus (até então) subsequentes àquele ciclo, no bicampeonato de 1982-83 – no qual o segundo deles fora conquistado justamente com Manera de técnico. Após pendurar cedo as chuteiras, ainda com 31 anos em 1989, após ter defendido somente o Estudiantes como jogador, Russo logo iniciara uma cigana trajetória como treinador. Quando voltou a La Plata, Russo já tinha a experiência de ter tirado duas vezes o Lanús da segunda divisão no início dos anos 90 e brigado fortemente pelo título da elite no Apertura 1993, embora já não fosse o técnico grená naquele fatídico 3-3.
Outro jovem a sofrer a queda teve menos sorte que o protegido da casa. Era Martín Palermo, que por bem pouco não seguiu carreira em Tucumán tamanha a falta de espaço na época. E nem ali foi aproveitado; El Titán lembrou, também em 2011, que “me trouxeram cinco atacantes, e por isso quase fui emprestado ao San Martín de Tucumán. Eu mesmo até paguei a passagem. Estive duas semanas treinando, mas não pude ficar. Foi um baque terrível. Não restava outra alternativa senão esperar”. Russo se defenderia em 2003: “tem a ver os momentos dos jogadores. Não chamam Martín de El Loco pelos últimos cinco anos. Tem a ver com isso, com sua juventude, com suas coisas, estava de namoro com uma garota brasileira de quem depois se separou, ia e voltava do Brasil. Coisas de jovem que não critico, mas não estava maduro. Assim como me calhou que outros jogadores explodissem, com Martín não me calhou”.
Mas Palermo acabou não fazendo mesmo falta. Os gols se dividiram generosamente entre outras duas crias da casa, embora a fama internacional de ambas seja menor. O armador Rubén Capria anotou 17, sobretudo no primeiro turno, enquanto 26 foram feitos por José Luis Calderón. Um dos maiores jogadores argentinos a jamais ter defendido a seleção, Capria (irmão do ex-atleticano Diego Capria, seu colega naquele Estudiantes como zagueiro reserva) não foi apelidado de El Mago à toa. “Tive chances de sair, mas Russo e Manera me pediram que ficasse. Foi um desafio, a certei. Foi uma das coisas mais dolorosas, mas o acesso foi a glória”. E se ele sentia o dever de ficar mesmo nunca tendo escondido sua paixão pelo San Lorenzo, o sentimento era ainda maior em Calderón.
Calderón sempre foi pincharrata embora seja ironicamente filho de um fanático pelo rival, tendo até feito os infantis gimnasistas (“em 1994 tinha juntado minha primeira grana importante para comprar um apartamento. Meu velho vendia fruta em um carrinho e ele quebrou. ‘O que gostarias de fazer?’, lhe perguntei. ‘Um táxi seria ideal’, me disse. Fui, saquei a grana e lhe comprei o táxi. E colocou nele tudo do Gimnasia: almofadas, escudo, bandeirinha…”, lembrou em 2006). Caldera tinha proposta do Argentinos Jrs, requisitado por Luis Garisto, seu ex-técnico no Pincha. Recusou: “Luis, quero ficar para consertar isso, se não é uma mancha que não tiro mais”. Afinal, a divisão inferior não seria um território desconhecido a Calderón; tinha experiência prévia até na terceira divisão pelo Cambaceres, sucursal informal do Estudiantes: “todos os cortes que tive foram na Série C e na B”, explicava.
O que era novo era a pressão que a camisa muito mais pesada do Estudiantes gerava: “muitíssima. Tinha que subir ou subir. A chave é que se armou um grupo bárbaro. Para mim, quando uma equipe consegue algo é porque está muito unida, se não é complicadíssimo”. Manera e Russo reforçaram os pratas-de-casa aprovados que ficaram com mais gente experiente tanto no continente como nas divisões de acesso. O primeiro caso era o de Juan José Llop, volante presente nas duas finais de Libertadores do Newell’s, em 1988 e 1992, e terceiro jogador com mais partidas pelo clube rosarino. Ele havia acabado de assinar novo contrato por lá, mas foi seduzido pela chance de entrar para a história de outro time e topou a proposta. Já o trio Mariano Armentano (terceiro na artilharia do elenco, com 10 gols), Leonardo Ramos e Andrés Galeano ao menos tinham sido testemunhas presenciais do Vélez campeão em 1994, de onde eram reservas vindos sob empréstimo.
Se Russo soubera desatolar duas vezes o Lanús, um dos reforços era outro sujeito experiente em acessos: o uruguaio Luis Ernesto Sosa, campeão com o Chaco For Ever em 1989 e protagonista do acesso do Belgrano em 1991, quando a potência cordobesa enfim juntou-se à elite após passar os anos 80 como ausente de uma festa que reunia seus vizinhos Talleres, Instituto e o Racing de Córdoba. Outro proveniente do Belgrano foi o jovem goleiro Carlos Bossio. “Apostei [em jogar a segunda divisão], mas também passei a receber o triplo [do que o Belgrano me pagava]. Além disso, Russo me ligou, se mostrou interessado, me disse que apostasse em subir e jogávamos a Supercopa”, relatou o goleiro à El Gráfico. A ousadia de Bossio foi das mais premiadas: não tardou a estrear na seleção mesmo atuando na segundona, algo raro. Bossio estreou justamente na primeira partida do ciclo de Daniel Passarella, ainda em 16 de novembro de 1994, e conciliou o título com o clube com a medalha de ouro nos Pan-Americanos de Mar del Plata, em março de 1995.
A seleção até mesmo custaria a Bossio viver a festa pelo acesso, pois há 25 anos ele estava servindo a Albiceleste, concentrado na África do Sul para um duelo no dia seguinte com os Bafana Bafana em Joanesburgo pela Copa Nelson Mandela. Do time rebaixado, “ficamos El Rusito Prátola, Rubén Capria, París, eu e alguns garotos, depois vieram Russo e Manera, trouxeram reforços potentes como Bossio, Llop, Ramos, La Bruja (Verón) explodiu e subimos”, resumiu Calderón. Apesar dos desfalques de Bossio para a seleção, o time-base campeão teve ele no gol Llop de zagueiro central acompanhado nos flancos por Edgardo Prátola e Ricardo Rojas (argentino que atuava no Paraguai pelo Libertad e terminaria se naturalizando para a Albirroja em 1997); à frente, Leo Ramos e Verón faziam uma dupla de cabeças de área, com Claudio París e Manuel Santos Aguilar preenchendo respectivamente os lados direito e esquerdo do meio-campo. Capria era o meia-armador para a dupla ofensiva Calderón e Armentano, em um 3-4-1-2.
Curiosamente, o primeiro compromisso oficial após a queda na temporada 1993-94 foi por um torneio continental. É que a segunda divisão de 1994-95 começou no mesmo fim de semana da última rodada da primeira divisão da temporada anterior, no fim de agosto; assim, o time rebaixado entrou em campo primeiramente para enfrentar o Flamengo em 13 de setembro, fora de casa. Como campeão da Libertadores, o Pincha tinha vaga cativa na Supercopa, o extinto torneio que reuniu entre 1988 e 1997 os vencedores de La Copa. Partida que rendeu uma anedota à parte: isso porque a pindaíba institucional do Estudiantes era tanta que na temporada do rebaixamento não era incomum os jogadores usarem camisas de marcas, patrocínios e/ou desenhos diferentes entre si. Para aquele compromisso, Verón teve que jogar com meias alvinegras adquiridas às pressas em algum shopping no Rio de Janeiro. Com um improviso desses, os argentinos seguraram um 0-0 e Russo descreveu que Verón soube jogar como se estivesse “no pátio de casa. Não saiu nunca mais. Tem genes distintos”.
Mas então veio o bafo do “mundo ascenso” em 18 de setembro, quando o time, de volta do Rio de Janeiro, recebeu em casa o Chacarita. Era um jogo já válido pela quarta rodada, embora só ali os novatos estreassem na Primera B – os compromissos que o Estudiantes teria pelas três primeiras foram adiados. Mesmo em La Plata, o Chaca abriu o placar e os anfitriões não sabiam reagir. No intervalo, Russo então lhes deu “as boas vindas” na nova categoria. Em depoimento hoje ao jornal Tiempo, Capria reconheceu: “estávamos muito preocupados e o técnico nos tirou responsabilidades, nos disse algumas coisas da sua experiência e isso nos serviu para olhar à frente e seguir adiante”. Armentano empataria e em 24 de setembro o time arrancou um 2-1 fora de casa sobre o Deportivo Laferrere, gols de Alejandro Méndez e Capria antes de, três dias depois, eliminar da Supercopa o Flamengo com um 2-0 em La Plata – gols de Javier Ferreira e Méndez.
Em 1º de outubro, ainda em La Plata, o Estudiantes ficou no 1-1 com o Atlético Tucumán, em outro gol de Ferreira. Ainda conciliando os campos esburacados do acesso com a Supercopa, em 5 de outubro os platenses encararam o Cruzeiro. E Verón marcou o gol da vitória por 1-0, muito antes de referendar-se como carrasco dos mineiros. No dia 8, Capria marcou o único gol do duelo fora de casa contra o Colón. O jogo que ele e colegas teriam pela oitava rodada terminou adiado, mas ainda assim terminaram caindo em 12 de outubro por um categórico 3-0 em Belo Horizonte na volta contra o Cruzeiro – em noite onde Verón foi infeliz contra Dida na hora de cobrar um pênalti ainda no primeiro tempo. Capria sacudiu a poeira ao marcar o único gol em novo triunfo fora de casa 72 horas depois, contra o Quilmes. Com o foco centrado na segundona, o time emergiu cedo entre os primeiros mesmo com quatro jogos atrasados.
Em 22 de outubro, a primeira goleada, um 4-0 sobre o Central Córdoba. Três dias depois, enfim, o time cumpriu com atraso o jogo da primeira rodada, ficando no 2-2 com o Instituto mesmo dentro de Córdoba. No dia 29, Santos Aguilar marcou o único gol de bom resultado seguido fora de casa, contra o Godoy Cruz. Invencibilidade renovada com 1-1 com o Douglas Haig em Pergamino em 5 de novembro. Em 9 de novembro, foi a vez de um 4-1 no All Boys, partida que rendeu o primeiro gol de Verón na segundona; Calderón marcou outros dois e Leo Ramos, mais um. A primeira derrota veio no compromisso seguinte, que já era o 11º jogo da campanha, embora fosse válido pela 14ª rodada: em 13 de novembro, o Deportivo Morón triunfou em casa pela contagem mínima – Bossio estava com a seleção, estreando pela Albiceleste 72 horas depois com um 3-0 sobre o Chile dentro de Santiago.
Em 18 de novembro, o Estudiantes já estava pronto para emendar uma sequência invicta ainda maior, batendo por 1-0 o Almirante Brown em La Plata. No dia 26, arrancou em Salta um 1-1 com o Gimnasia y Tiro. E no dia 30 foi a vez de cumprir com atraso o jogo da segunda rodada. Atraso pago com juros: 4-0 sobre o Sportivo Italiano, em show da dupla Capria (um gol) e Calderón (dois), com Ferreira completando. Em 3 de dezembro, Calderón marcou o único do encontro com o San Martín de Tucumán e no dia 10 foi a vez de ele anotar o único do duelo dentro de Santa Fe contra o Unión. Para as festas de fim de ano, o torneio pausou-se após a 19ª rodada, com o Pincha batendo novamente pela contagem mínima (Prátola, de pênalti), dessa vez contra o Los Andes. Mas enquanto os oponentes descansavam houve tempo para o Estudiantes cumprir solitariamente sua terceira rodada, embora o placar em La Plata contra o Nueva Chicago ficasse zerado.
Retomado na última semana de janeiro, o torneio recomeçou com toda a voracidade do favorito: Capria e Ramos marcaram duas vezes cada e Calderón, outra, em um 5-1 sobre o Arsenal dentro de Sarandí, em 28 de janeiro. Antes da 21ª rodada, o líder enfim cumpriu seu último jogo atrasado, válido pela 8ª. Mantendo todo o gás: em 1º de fevereiro, aplicou um 3-0 no Talleres, com gols de Calderón e dos dois irmãos Capria. Seguiu-se nada menos que mais dez jogos com invencibilidade: 3-1 no Atlético de Rafaela, 1-0 no Instituto, 1-1 fora com Sportivo Italiano, 4-1 no Nueva Chicago, 2-2 fora com o Chacarita, 5-0 no Laferrere, 3-0 fora no Atlético Tucumán, 5-1 no Colón, 3-1 (com três de Calderón) fora sobre o Talleres e 2-2 com o Quilmes. Já era a 31ª rodada quando o líder disparado voltou a perder, na única goleada sofrida – o Central Córdoba venceu por 3-0. Armentano então marcou os três gols do triunfo de 3-1 sobre o Godoy Cruz e os dois do 2-0 sobre o Douglas Haig.
O título e acesso direto (só destinado ao campeão, na época) era já uma questão de espera, retardada um pouco pela terceira derrota, de 3-1 para o All Boys na 34ª. Depois dela, os platenses só voltariam a perder na rodada final, com a festa garantida desde muito antes. Primeiramente, Armentano, Verón e Santos Aguilar assinaram o 3-0 no Morón. E depois o Almirante Brown foi surrado em casa por um 4-1 distribuído entre Calderón, Capria, Santos Aguilar e Armentano. Na rodada seguinte, o título veio. Se não era possível o gostinho de enfrentar o rival local, que ainda por cima corria pelo título da elite, ficou o gosto de bater outro Gimnasia. Aproveitando a sobra de um escanteio, Calderón marcou o único gol sobre a equipe de Salta. E os campeões não arredaram o pé, seguindo a trajetória com um 3-2 fora de casa no San Martín, um 1-1 com o Unión, um 1-1 fora com o Los Andes e uma vitória de 3-2 sobre o Arsenal para então se despedirem de vez da segundona caindo por 1-0 contra o Atlético de Rafaela, já em 17 de junho, mais de um mês depois do título comemorado naquele 12 de maio.
Ao todo foram 11 pontos de vantagem, na última temporada em que a vitória ainda valia 2 ao invés de 3 pontos – construídos com 86 gols a favor e só 34 sofridos ao longo de 42 rodadas, onde em apenas quatro o campeão foi derrotado, e sempre fora de casa. Campanha que empolgava até o goleiro reserva Gastón Sessa, como se vê na foto que abre a matéria, onde é o último jogador em pé – El Gato já era àquela altura um reconhecido torcedor gimnasista “infiltrado” desde a juventude nos alvirrubros. Mas àquela altura de meados de junho não havia tanto clima de festa em Country Bell. O técnico Russo logo se mandou, justificando que “o clube tinha muita pouca capacidade gerencial e tinha que lutar muito. Houve um grande desgaste, duras brigas pelos reforços que nos traziam. E não dava mais”.
E além disso a grama do vizinho parecia muito mais verde: em 18 de junho, um dia após o Pincha encerrar sua participação na segundona, o Gimnasia assumia a liderança da elite na penúltima rodada. E a cidade de La Plata terminaria mesmo duas vezes campeã naquele 1995. A primeira foi há 25 anos com o Estudiantes e a outra coroou um vencedor inédito. Que saiu em agosto, sendo o La Plata Rugby, o representante platense no torneio da bola oval. Clube que inclusive nasceu como departamento de rúgbi do Gimnasia, precisando virar uma instituição independente diante da imposição ferrenha pelo amadorismo pregada pela federação nacional do outro esporte bretão, ciente do profissionalismo gimnasista na bola redonda. O rival do Estudiantes cometeria dentro da própria casa uma das maiores entregadas já vistas na Argentina em 25 de junho, história à parte que apenas clareia mais os sorrisos nada amarelos dos alvirrubros sobre aquele ano.
O sucesso estrondoso na segunda divisão teve logo um efeito reverso. Verón iria ao Boca e Capria, a um Racing que no segundo semestre sonharia com o título ao ultrapassar na antepenúltima rodada o próprio líder Boca com um 6-4 dentro da Bombonera – na tarde da vida de El Mago, autor de três gols nos narizes de Maradona e Caniggia. Mas havia mais coisas boas reservadas à torcida pincharrata para o resto do ano. Como ganhar de 3-0 o primeiro Clásico Platense após o acesso, com Calderón enfurecendo o pai ao girar duas vezes sua camisa, uma para cada gol que marcou – onze anos antes de, tendo rodado por Independiente, seleção e Napoli, marcar mais três na maior goleada da rivalidade, o 7-0 integrante da primeira campanha campeã da elite desde 1983. Caldera ainda levantaria pelo Arsenal a Sul-Americana de 2007 antes de regressar à casa como reserva na conquista da Libertadores de 2009.
Se há alguém capaz de competir com Verón como filho pródigo, é dono da artilharia da segundona de 1994-95 que pôde emendar nova artilharia já com a do Apertura 1995, na reestreia na elite. Mas no depoimento publicado hoje no Tiempo, ele refletiu sob outra perspectiva: “as estatísticas foram boas. Mas o logro mais importante é que se meteu no coração das pessoas. No futebol agora se é fanático por estatísticas, mas por exemplo eu não sei nenhuma estatística de Maradona. Deve ter jogadores que têm números melhores que Diego, mas ninguém lembra deles. Maradona se meteu no coração. E isso é o que vale, também para aquela equipe de 1995”.
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