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Racing chora sua maior lenda: Juan José Pizzuti parte aos 92 anos

Na homenagem póstuma ao pupilo Roberto Perfumo, em 2016

Em quase 117 anos de história, o Racing só teve três campeões como jogador e técnico: Saúl Ongaro, Juan José Pizzuti e Alfio Basile. Só Pizzuti (“Piçúti”, na pronúncia portenha, não “Pizútchi”) conseguiu mais de um título nas duas funções. E só ele e o tricampeão Guillermo Stábile ganharam três títulos como treinadores. Só o fato de dirigir o elenco campeão da Libertadores e Mundial (o primeiro do futebol argentino como um todo) racinguistas bastaria para coloca-lo no panteão da Academia, apesar do rebaixamento conjunto em 1983. E essas taças ofuscam o quão notável goleador ele foi, o segundo maior dentre os profissionais (quarto no geral) do clube, com média superior a meio gol por jogo mesmo não sendo atacante. Detalhe: era torcedor do Independiente na infância. El Tito, que ainda fez o gol de título da seleção sobre Pelé & Cia, faleceu hoje, a cerca de quatro meses de completar 93 anos. O que nos leva a revisar esta nota que publicamos quando o pai de Equipo de José e uma das últimas lendas vivas dos dourados anos 40 do futebol argentino completou nove décadas.

Aquela geração dos anos 40 é mesmo por vezes tida como a mais brilhante de todas que os hermanos já desfrutaram, por mais que fatores extracampo impedissem maior reconhecimento fora das Américas (politicagens dos cartolas de um lado, barrando ingresso até nas eliminatórias nas Copas de 1938, 1950 e até 1954; e Segunda Guerra Mundial de outro). Afinal, craques abundavam até em clubes pequenos. Foi em um deles, o Banfield, que Pizzuti começou no futebol profissional, marcando seus primeiros gols em 1947. Ainda com vinte anos, fez só dois, mas importantes: um no 2-2 com o Platense e o terceiro no 4-1 sobre o Rosario Central. O Taladro acabava de subir da segundona e escapou por dois pontos de voltar.

Banfield, River e Boca viraram detalhes na trajetória de Pizzuti: à direita, seu gol no 4-3 fora de casa em 1959 no Independiente – ironicamente, o clube pelo qual torcia

Se em 1948 os gols foram nulos, história bem diferente viria em 1949. Os alviverdes ficaram em décimo, mas Pizzuti foi a revelação do campeonato: artilheiro com 26 gols, vazando todos os cinco grandes (Boca, River, Independiente, San Lorenzo e o campeão Racing). O atrevido banfileño voltou a marcar sobre o quinteto em 1950, incluindo os três de um 3-0 sobre o San Lorenzo, além de dois em outro 3-0, no jogo em que o Racing, apesar da derrota, foi (bi)campeão com essa água no chope. Desempenho que não tardou a alçar o meia-esquerda a um gigante: primeiramente, o River, em entressafra com o desmantelamento da equipe supercampeã nos anos 40, muito desfalcado com a debandada ao Eldorado Colombiano. Em Núñez, porém, não vingou. Pudera: seu concorrente na posição de meia-esquerda era ninguém menos que Ángel Labruna, o maior símbolo millonario. Em 1951, o Racing foi tricampeão seguido e foi nesse contexto que Pizzuti terminou repassado à equipe de Avellaneda para 1952.

Quase a Academia conseguiu um tetra (algo ainda inédito para qualquer time no profissionalismo argentino), perdido para um ponto para o River. Mas o meia não contribuiu tanto. Era mais comum vê-lo no quadro de aspirantes. Em 1953, já foi artilheiro do campeonato, marcando até três vezes sobre o Independiente. Mas isso não significava tranquilidade. “Cheguei sem o amadurecimento necessário. Corria em todas as bolas, me desgastava inutilmente. Se (o volante Pedro) Dellacha pifava, as pessoas cismavam comigo e me botavam a culpa”. O desempenho caiu muito em 1954, mas Pizzuti era visto como uma joia, mesmo que não lapidada: foi emprestado ao Boca, que naquele 1954 havia quebrado seu mais longo jejum de títulos, dez anos. A única pendência da campanha: não ter vencido o River. Em 1955, El Tito foi bem nos xeneizes, que fizeram um primeiro turno arrasador, com direito a um 4-0 no River com gol do reforço – em jogo por sinal jogado no estádio do Racing.

Com brasileiros: recém-chegado ao Racing campeão de 1951, participou em 1952 desse amistoso festivo de troca de faixas com o Corinthians. Depois, conheceu Pelé e o Santos

Só que o rendimento caiu na reta final, com pilares afastados por lesões (casos de Eliseo Mouriño e José Borello, que teve a carreira praticamente encerrada). O Boca terminou só em terceiro e ainda viu o River garantir o título em pleno Superclásico na Bombonera. Pizzuti voltou a Avellaneda. Os gols não vinham no mesmo ritmo, pois agora eram tarefa de Pedro Manfredini: Pizzuti, agora na meia-direita, se dedicava a armar jogo para o goleador formidável mencionado em carta no filme O Segredo de seus Olhos. Mas deixava os seus golzinhos também, com 18 na campanha de 1958, quando o Racing voltou a ser campeão. Dentre as vitórias, um 4-1 no Independiente com gol do Tito. Graças à campanha, o Racing, incluindo todo o seu quinteto ofensivo, foi base da seleção argentina que no início do ano seguinte ganhou a Copa América (só vencida de novo em 1991). Pizzuti enfim estreou na Albiceleste. Tinha 31 anos e dez meses, ainda sendo o sexto estreante mais velho.

Estreou com dois gols em um 6-1 no Chile. Guardou seu outro gol no torneio para a rodada decisiva: contra o Brasil de Pelé, Pizzuti fez de peixinho o gol argentino por entre as pernas de Gilmar no empate em 1-1. A igualdade bastou para dar o título aos hermanos, que contra os campeões mundiais desengasgavam um pouco a vergonhosa participação na Copa do Mundo da Suécia. Ao longo de 1959, o Racing foi vice com aquele veterano meia marcando 19, incluindo três em um 6-1 no Estudiantes e outro em um 4-3 fora de casa sobre o Independiente. Assim, Pizzuti foi mantido na seleção para nova Copa América em 1959, esta realizada em dezembro no Equador. Fez outro gol na estreia, um 4-2 no Paraguai. Mas foi seu último. Os detentores do título passaram vergonha, levando uma de suas piores derrotas: 5-0 para o Uruguai, com Pizzuti expulso. Ainda assim, ele conseguiu voltar à seleção dois anos depois, quando já tinha 34 de idade. Foi no embalo de nova campanha campeã do Racing, em 1961, quando a Academia foi líder em simplesmente todas as 30 rodadas do torneio. “Negri no arco, Anido e Mesías, Blanco, Peano e Sacchi, Corbatta, Pizzuti, Mansilla, Sosa e Belén” era a escalação, também entoada em O Segredo dos Seus Olhos.

O peixinho de Pizzuti que deu a Copa América de 1959 à Argentina, contra Pelé e outros campeões mundiais. A “Albiceleste” demoraria 31 anos para voltar a vencer o torneio…

Esse título de 1961, na época, fez do Racing o clube mais vezes campeão argentino, ao lado do Boca, incluindo amadorismo. “A melhor equipe que integrei”, segundo ele, foi a desse período 1958-61. Em outubro e novembro daquele ano, vieram seus últimos jogos pela seleção: 5-1 no Paraguai e derrota no Monumental para a URSS por 2-1. Acabou não indo à Copa do Mundo do Chile, brigado com o Racing: era líder de um movimento dos jogadores que entendiam merecer direitos melhores diante de tantas glórias proporcionadas. Pizzuti terminou voltando ao Boca em 1962. Foi titular no início da campanha campeã que fez os xeneizes se isolarem novamente como maiores campeões argentinos, marcando dois gols – um deles em uma revanche pessoal contra os antigos cartolas, vencidos por 3-0. Ainda disputou um punhado de jogos até o fim de 1963 (não incluindo o vice na Libertadores).

Pendurando as chuteiras, não tardou a emendar nova carreira, inicialmente no Chacarita. Também não tardou a voltar ao Racing… o ex-clube estava bem mal ao fim do primeiro turno de 1965, chegando a beirar o último lugar, com diversos técnicos passando: José García Pérez, Ernesto Gutiérrez e Remigio Irondo. A reação foi imediata. Logo no primeiro jogo sob Pizzuti, um 3-1 no River. O jogo seguinte foi perdido para o San Lorenzo, mas depois dele seriam 39 jogos seguidos de invencibilidade no campeonato argentino. Um recorde que só seria superado em 1999, pelo Boca de Carlos Bianchi (que acumulou uma partida a mais). A façanha saltou o time para um 6º lugar ao fim de 1965 e embalou a conquista nacional de 1966. O Racing virava El Equipo de José, a equipe de José Pizzuti. Que tinha olho clínico para fuçar posições mais adequadas aos jogadores.

O Racing que liderou TODAS as rodadas de 1961: Negri, Sacchi, Anido, Scardulla, Blanco e Mesías, Corbatta, Pizzuti, Mansilla, Sosa e Belén

Foi Pizzuti quem criou a sólida dupla defensiva formada por Roberto Perfumo e Alfio Basile, outrora volantes. “Talvez tivesse jogado no Arsenal (de Sarandí)”, afirmaria Perfumo quando indagado se continuasse na antiga posição. “Os fullbacks se lesionaram e Pizzuti pôs Basile e a mim. Fomos um desastre contra o Ferro, os torcedores queriam nos matar. Disse a Pizzuti que a coisa não ia andar. O cara insistiu: ‘você vai jogar aí, vás à seleção e ao mundial’. Em dezembro, Zubeldía me chamou à seleção e não saí mais”. Tudo com muita mão de ferro de quem contratou pugilistas amadores para se disfarçarem de fotógrafos que garantissem a segurança racinguista na vitoriosa Libertadores de 1967.

Pizzuti era dos disciplinadores. Com a palavra, Perfumo: “ao lado de Pizzuti, (Daniel) Passarella é Madre Teresa. Deixas uma migalha de pão na mesa e tinhas que pagar uma multa de 50 dólares. Nos fazia ir de terno e gravata ao campo em 1966. E com o cabelo era tremendo, também. Esteve quatro anos ladrando, não cumprimentando. Mas é um fenômeno. Nunca nos concentrávamos, mas aos sábados te mandava um pesquisador. Um cara que passava às 6 da tarde na tua casa para que assinasses um papel de presença. Não havia maneira de burla-lo. Uma vez, El Panadero (Rubén Díaz) estava combinado com o pesquisador, mas ele o matou: mandou um pesquisador do pesquisador”.

Aos 34 anos na seleção (segundo agachado) antes do jogo contra a URSS em 1961. Ao centro, com Jock Stein, técnico do Celtic, contra quem comemora o Mundial Interclubes 1967 à direita

A história foi confirmada pelo brasileiro João Cardoso (que marcou na final da Libertadores) em entrevista ao Futebol Portenho: “uma vez um brasileiro que jogava no Newell’s, o Zuca (de quem Cardoso fora colega no clube rubronegro), foi jogar em La Plata. Eu estava concentrado em casa. O ônibus do Newell’s passaria a umas duas ou três quadras. Disse à minha mulher falar que se alguém do Racing chegasse, que o avisasse que saí rápido. Fiquei conversando uns cinco minutos com o Zuca. No dia seguinte, ao chegar no treino, fui multado porque não estava em casa. Falei que saí só para ver meu amigo, e o Pizzuti respondeu ‘sim, eu sei disso. Mas tu saíste de casa, não adianta’”. O veterano Humberto Maschio, contratação de mestre de Pizzuti (atacante campeão da Copa América de 1957 e presente no Mundial de 1962 pela Itália, voltou com passe livre da Fiorentina em 1966), era amigo de infância e trocava cartas com o técnico quando jogava no exterior, “mas ele me fazia pagar as multas como qualquer um”.

Segundo Maschio, o segredo da Equipo de José era o condicionamento físico com metodologia alemã, permitindo até trocas de posições que os argentinos comparam às da Laranja Mecânica de 1974. “Pizzuti mudou as posições de vários. E todos os dias nos falava meia hora: de futebol, da vida, de tudo, menos dos rivais”. Enrique Wolff, posteriormente capitão da seleção na Copa de 1974 e jogador até do Real Madrid, fez sucesso como volante graças à Pizzuti, pois na base era goleador. Após tornar-se o primeiro time argentino campeão mundial ao bater em novembro de 1967 os “Leões de Lisboa” do Celtic (primeiros britânicos a vencer a Liga dos Campeões, os escoceses haviam vencido na final europeia justamente o time que impedira o Independiente de ganhar o globo, a Internazionale), o Racing de Pizzuti ainda disputou as cabeças em 1968, no triangular-final do Nacional, ganho pelo Vélez; e em 1969 (eliminado nos minutos finais da semifinal pelo campeão Chacarita, ano em que a era acabou.

Reencontro de campeões em 1991, ainda pelos 25 anos do título argentino de 1966: Néstor Rambert, Agustín Cejas, Rubén Díaz, Oscar Martín, Juan Carlos Rulli, Humberto Maschio, Alfio Basile, Norberto Raffo, Juan Carlos Cárdenas e Pizzuti, que viveu mais do que Rambert, Cejas, Díaz, Martín e Raffo

A seleção não havia se classificado à Copa do Mundo e Tito foi a solução óbvia. Foi de maior a menor, tal como jogador: estreou vencendo o Brasil de 1970 dentro do Beira-Rio, em março daquele ano. Foram dez vitórias, oito empates e cinco derrotas, sem convencer. Saiu ao fim da Taça Independência, em 1972, ainda antes das eliminatórias à Copa de 1974. O Racing, do seu lado, não tardou nada para sentir a ausência do mestre: já no campeonato de 1970, terminou em 11º. O que hoje soaria uma campanha “apenas” medíocre era àquela altura a pior da história do clube. E que foi repetida em 1971. E piorada em 1973, com o 12º lugar. Em 1975, veio o 16º e em 1976, a primeira briga para não cair: penúltimo. Pizzuti ainda passou por Nueva Chicago e Independiente Medellín, mas a carreira de técnico só mereceu notas ligadas ao Racing. Pois ele ainda esteve em outros ciclos da Academia. Sua passagem em 1974 foi até relativamente um oásis na turbulência iniciada, em uma equipe que ficou a uma posição de classificar-se às fases finais do Metropolitano e do Nacional, ainda que também derrotada de 5-1 em casa e de 4-1 no Clásico de Avellaneda.

Mas a outra vez foi em 1983, como emergência em vão na campanha contra o rebaixamento, “garantido” ainda na penúltima rodada: “Ya lo ve, ya lo ve, El Equipo de José” (já se vê, já se vê, A Equipe de José), a célebre cantoria que exaltava o time de 1967, já virava a cruel paródia adversário “A la B, a la B, El Equipo de José” (à Série B, à Série B, A Equipe de José…). Nada que respingasse na pessoa do comandante, pois o clube já era sinônimo de caos, chegando a dever-lhe cem mil reais à altura de 1998, o que incluía débitos de uma quarta passagem em 1993 – onde trabalhou em dupla com Rodolfo Della Pica em um período tampão entre os trabalhos de Eduardo Solari e Carlos Babington. Esportivamente, o time viveu jejum de 21 anos, entre o Mundial de 1967 e a Supercopa de 1988, o troféu que Basile ergueu como técnico; nacionalmente, a seca foi ainda maior, 35 anos entre 1966 e 2001, período que, além do rebaixamento em 1983, incluiu uma declaração de extinção em 1999.

De terno na festa de 40 anos do Mundial, em 2007: Rambert (falecido em 2017), Parenti, Mori (falecido em 2009), Maschio, Spilinga, o brasileiro Cardoso e Pizzuti; Martinoli, Rulli, Rodolfo Vicente, Oscar Martín e Cárdenas

Só em 2019 a equipe voltou a ter dois títulos em um ano, como em 1967, ao levantar o campeonato argentino e o recém-criado Troféu dos Campeões, tira-teima um tanto caça-níquel com o vencedor da Copa da Superliga. Uma das últimas aparições públicas de José foi em outra perda à torcida: em tributo no Cilindro ao antigo pupilo Perfumo, morto em 2016. Pôde ser mais longevo que muitos outros comandados em sua Equipo, cada vez mais desfalcada para o céu blanquiceleste: o comandante ainda apareceu nos festejos de cinquenta anos do Mundial de 1967 (dias depois, partiu o ex-atacante Jaime Martinoli, cuja saúde o impedira de participar) junto a Rubén Díaz, falecido já em janeiro de 2018; o capitão Oscar Martín, falecido em fevereiro de 2018; e de Nelson Chabay, falecido em novembro de 2018. O brasileiro João Cardoso, com quem ainda se reunira nos 40 anos da conquista, em 2007, partiu em junho de 2019. Já Tito seguia ativo e lúcido: “sobe as escadas correndo”, afirmara o pupilo Maschio ainda em 2011.

O ex-artilheiro e mais celebrado técnico racinguista era inclusive o presidente honorário do clube. Nada mais justo ao maior personagem que o Racing já teve, na somatória de trajetórias como jogador e treinador. Se por enquanto ele nomeia Recinto de Honra onde será velado no estádio, já é fácil verificar nas redes quem apoie que o Cilindro de Avellaneda troque seu nome oficial de “Estádio Presidente Juan Domingo Perón” (que sequer torcia pelo clube, apesar dessa versão ser muito difundida) para “Estádio Juan José Pizzuti”. Pois, como definiu o comentarista Diego “Chavo” Fucks, notório torcedor do Independiente (a instituição rival, inclusive, também manifestou oficialmente seu pesar): “poderá haver muitos ‘técnicos que fizeram campeão o Racing’. Alcançar Tito Pizzuti. Será impossível. Levou a Academia a patamares que pareciam impossíveis. Não conformado com isso, também botou a cara no Racing em seu pior momento. Juan José Pizzuti é inesquecível. Que em paz descanse”.

Na festa dos 50 anos do Mundial, em novembro de 2017: Chabay, Basile, Maschio, Parenti, Pizzuti, Cárdenas, Rubén Díaz e Oscar Martín. Agora só metade desses oito segue viva
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https://twitter.com/LibertadoresBR/status/1220705662033965056

 

https://twitter.com/Independiente/status/1220736228313706497
https://twitter.com/Alfio_Basile/status/1220751687570395138
https://twitter.com/ChavoFuchs/status/1220677560016699395
https://twitter.com/superliga/status/1220722801885224961
https://twitter.com/afa/status/1220749859990462469

Caio Brandão

Advogado desde 2012, rugbier (Oré Acemira!) e colaborador do Futebol Portenho desde 2011, admirador do futebol argentino desde 2010, natural de Belém desde 1989 e torcedor do Paysandu desde antes de nascer

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