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50 anos sem José Amalfitani, quem nomeia o estádio do Vélez e não deixou o clube morrer

José Amalfitani à frente do estádio (ainda com obras atrás de si) que leva seu nome: uma vida pelo Vélez

Desde 1972, todo 14 de maio é celebrado na Argentina como “o dia do dirigente esportivo”. É em honra à memória do maior cartola que o país já viu. Um homem tenaz, incansável, reclamão, honrado, nada vaidoso e, sobretudo, voluntariamente obcecado pelo Vélez, pois jamais cobrou um peso em cerca de trinta anos como mandatário fortinero. O estádio apelidado de Fortín de Liniers, alías, não poderia ter outro nome oficial a não ser o de José Amalfitani, falecido há exatos cinquenta anos. E quem não deixou o Vélez acabar no pior momento já vivido na instituição, em meio a seu único rebaixamento – para hoje, excetuando o ainda único incaível na Argentina (o Boca) ser justamente La V Azulada a camisa há mais tempo seguido na elite. Justamente com um política de jamais pôr o futebol acima da instituição como um todo.

Amalfitani cresceu na esquina das ruas Callao e Corrientes, entre algumas quadras da Avenida 9 de Julio, mas já vivia na zona do bairro de Villa Luro à altura de 1912. Enturmou-se então com os fundadores de um jovem clube então sediado naquela zona, em especial Nicolás Marín Moreno. Associou-se formalmente em 1913 à instituição, então denominada Club Atlético Argentinos de Vélez Sarsfield. Desde que tornou-se sócio, Amalfitani impôs ativamente sua voz nas mudanças da jovem instituição, germinada em 1909 embora oficialmente fundada em 1º de janeiro de 1910. O ano de 1913, aliás, marcou exatamente a mudança do nome, encurtado para o atual, sem o “Argentinos”. Já em 1914 foi introduzida a tradicional camisa tricolor “italiana” (embora só oficializada em 1916). Mas as primeiras influências mais diretamente atreladas a Pepe (apelido comum aos Josés de países hispânicos) datam de 1915.

O ano de 1915 foi o ano em que uma fusão com o Gimnasia y Esgrima de Flores foi rechaçada. Também foi um ano em que se conseguiu um lote melhor para o estádio, ainda no bairro de Villa Luro. E foi o ano em que o Vélez afiliou-se à então Asociación Argentina de Football, sendo Amalfitani precisamente o primeiro delegado encarregado de representar os velezanos. O acesso à primeira divisão esteve perto em 1917, em final com o Defensores de Belgrano (para a qual o austero Don Pepe ordenou na premiação de três pesos acertada com quatro jogadores o desconto proporcional aos 3,5 pesos pagos por outro dirigente ao táxi que levara o quarteto…) encerrada de modo polêmico: perdendo por 3-2, o Fortín converteu um pênalti no minuto final, segundo as bandeiras erguidas pelos dois árbitros auxiliares, que teriam notado que a defesa do goleiro deu-se atrás da linha do gol – mas o juiz não compartilhou essa visão e não validou o tento.

Em 1919, após Amalfitani informar que conseguira o aluguel de um terreno a cinco quadras do bar que frequentavam, foi enfim alugado um imóvel (na Avenida Rivadavia 8613) para servir de sede social e administrativa, encerrando um período de dez anos em que a as reuniões precisavam ser na casa de algum dos membros. Cansado de outras arbitragens desfavoráveis, em 1919 o Vélez, por 317 votos a um, optou por desligar-se da Asociación Argentina de Football e rumar à Asociación Amateurs, órgão dissidente liderado por Racing, River, Independiente e San Lorenzo, dentre outros. Em reconhecimento aos constantes prejuízos sofridos pelo clube, a liga rebelde o incluiu diretamente em sua primeira divisão (após a recusa do Banfield, líder da segundona, em travar um tira-tiema), a partir da terceira rodada, já no mês de outubro. O valor dos novatos foi logo provado: o Vélez terminou como vice-campeão, atrás só do heptacampeonato do dominante Racing.

Como era o terreno no bairro de Liniers antes do estádio José Amalfitani, o Fortín, ser erguido

Esse desempenho logo chamou a atenção do Boca, que permanecera na AAF e em 1920 oferecera cem pesos para contar com Felipe Galíndez – que então pediu essa soma ao Vélez para seguir defendendo o clube. Don Pepe não teve dúvidas: levou os diretores a expulsarem Galíndez de seus quatros. Quem merecia ser recompensado era quem se doava à instituição, e assim Juan Fontana foi contemplado em 1923 (precisamente no ano em que Amalfitani chegou pela primeira vez à presidência) com um relógio, uma corrente dourada e uma medalha ao retirar-se dos gramados, bem como Antonio Dellasala recebeu um relógio de ouro em 1929 e foi nomeado “sócio protetor” ao deixar o esporte. Outro condecorado como “sócio protetor” foi Luis Ernesto Castellanos, um professor de educação física que havia defendido o All Boys e foi convidado sob emergência para preparar o time contra o rebaixamento em 1928: era preciso seis pontos em quatro jogos (vitórias valiam dois, na época). Conseguiram sete.

Castellanos é considerado o primeiro técnico do futebol argentino na acepção corrente da palavra; até então, a gerência tática e de treinos era atribuída aos capitães e não a uma décima segunda pessoa. Além do prêmio a Fontana, uma das primeiras medidas de Amalfitani enquanto presidente foi solucionar uma dívida com o proprietário do terreno em que jogavam (na esquina das ruas Cortina e Bacacay), ainda que se retirassem dali para erguer um novo campo na rua Basualdo – inaugurado já em 16 de março de 1924 contando com restaurante, secretaria, vestiários e um dormitório para o caseiro, sob um clássico teto inglês, além de uma “sólida e espaçosa tribuna” assim descrita pelo jornal La Argentina. Em 1925, por sua vez, enfim o Vélez obteve personalidade jurídica, quatro anos após começar a elaborar livros de memória e balanço em prol dessa regularização. Em dezembro de 1921, já eram 497 sócios velezanos.

Em 1926, foi construído um campo para bocha e foi instalado um ginásio, enquanto que em 1927 foram concluídas as arquibancadas em torno de todos os quatro canos do campo, duplicando a capacidade de público. A preocupação austera de investir toda a renda na melhoria das instalações fez do Vélez o primeiro clube a sediar um jogo noturno na Argentina, em 7 de dezembro de 1928, na partida em que a seleção recebeu o clube escocês Motherwell – em tempos em que britânicos em geral eram considerados os reis do futebol. “Constituiu um êxito a inauguração do campo noturno do Club Vélez Sarsfield. Milhares de pessoas abarrotaram o estádio para viver a novidade de como se podia jogar futebol sob o esplendor de 39 refletores elétricos de 3 mil lâmpadas incandescentes e três de 5 mil que circulavam o campo”, descreveu o jornal La Razón. Já o La Nación estimou que “Villa Luro não deve ter visto, em noite alguma, percorrer suas ruas tanta gente”.

O preço de tudo isso era relevar investimentos no time de futebol em si, que, como apontado no episódio Castellanos, brigava para não cair – e, como denotado no episódio Galíndez, relutava em remunerar atletas em tempos em que o amadorismo já era uma fachada. Com a prioridade dos cofres dada a cimento e ladrilhos em detrimento de remuneração aos atletas, os bons resultados teriam que surgir da base, filosofia que rendeu um tricampeonato seguido nos torneios de aspirantes travados de 1925 e 1927, em contraste com as campanhas de metade inferior de tabela do time principal. Desses aspirantes subiriam os ídolos Manuel de Sáa e Arturo Forrester. A primeira presidência de Amalfitani durou até 1925, justamente, seguindo ele na cartolagem como diretor ou vice-presidente.

Entrada atual de um dos mais belos estádios argentinos

Só que a crise mundial de 1929 fez os investimentos tão focados no campo tardarem em dar um retorno de mesmo ritmo, ocasionando um rombo que fez o clube então organizar uma excursão arrecadatória pelas três Américas em 1930. Os citados De Sáa e Forrester embarcaram juntamente com empréstimos especiais para aquela ocasião: o atacante gimnasista Francisco Varallo, posteriormente reconhecido como último sobrevivente da final da Copa do Mundo de 1930 (faleceu em 2010, aos cem anos); o goleador tigrense Bernabé Ferreyra, depois comprado pelo River na que foi por décadas a mais cara transferência mundial no futebol; o racinguista Fernando Paternoster, da seleção olímpica de 1928, o tucumano Alberto Chividini, da seleção vice de 1930, e Carlos Volante, meia do Platense que depois viraria ídolo no Flamengo. Foram 25 jogos e 20 vitórias, com assustadores 38 gols de Bernabé, além de um lucro de 5.661,46 pesos.

Em 1931, Racing, Boca, Huracán e Estudiantes puxaram novo cisma no futebol argentino, cansados de enfrentar e dividir igualitariamente renda com equipes de pouco apelo popular. Os principais clubes portenhos convidaram de modo seleto os pequenos com quem valia a pena jogar para então elaborar um torneio escancaradamente profissional. No cargo de vice-presidente, Amalfitani sabia que o superávit da turnê americana era passado: o ano fecharia com prejuízo de 3.335,92 e com ingresso de somente cem sócios novos ao quadro que então reunia 1344. O Vélez foi um dos convidados e, embora economicamente austero, não foi louco em recusar permanecer jogando contra equipes atrativas de público – registrou na Memória e Balanço do ano que “conhecida é pelos senhores sócios a evolução operada na prática do profissionalismo no football, em substituição ao chamado amadorismo, que só tinha isso no nome. (…) Nosso clube foi convidado a participar da dita seção profissional, (…) e de imediato aceitou tão plausível iniciativa, em virtude do que resultava benéfico para os interesses sociais”.

A consequência foi imediata: o ano de 1932 fechou com superávit de 6.146,44 pesos e quadro duplicado de sócios, agora em 3.202. Em 1934, os sócios já estavam novamente duplicados, em 6.678 pessoas, e o superávit, de 30.150 pesos. O ano de 1933, por sua vez, registrou a introdução da icônica camisa branca com La V Azulada. Amalfitani, porém, distanciou-se paulatinamente do Vélez, em meio a divergências com agrupamentos, como o La Barra de Villa Luro, que, identificados com os torcedores, queriam separar o departamento de futebol do clube social. Em 1934, inclusive, houve jogadores (o ídolo De Sáa e outra figura importante, o atacante Oscar Dedovitis) que “deserdaram” sem autorização para defenderem o America no Rio de Janeiro, atraídos por soldos melhores oferecidos pelo primeiro clube brasileiro a apostar largamente em argentinos, em realidade distante do cenário descrito pelos críticos de Don Pepe: a de um tirano que não ouvia ninguém, que economizava até na captação de possíveis talentos do interior (e até em providenciar médicos de plantão nas atividades), priorizando quem morasse nas redondezas.

Em 1935, enquanto o clube terminava a dois pontos do campeão River, o cartola preferiu dar um tempo. Estava para casar-se, com María Cristina Imbert. Sem a visão de Don Pepe, o clube começou a declinar rapidamente, a partir de 1936, chegando a 1940 com uma dívida de 66.572 pesos e sócios pela metade de 1934 – eram agora 3.393 membros e mil pesos mensais de prejuízo para manter o campo (desde 1932 apelidado de Fortín de Villa Luro). Decidiu-se por uma separação provisória nas contas do futebol e do clube social. De pouco adiantou: exatamente em 1940, o Vélez sofreu seu único rebaixamento. Nesse contexto, Amalfitani voltou em janeiro 1941, agora para presidir até a morte o Vélez – para que o Vélez não morresse. “Senhores, eu não vim ao funeral do Vélez Sarsfield. Que importa a segunda divisão ou a terceira, se o Vélez Sarsfield passeou seu manto triunfal por todo um continente! Enquanto haja dez sócios, o clube segue de pé”, bradou, em referência à quantidade mínima que o estatuto social determinara para a existência velezana e em contraponto ao tom de resignação dos demais dirigentes com uma possível extinção.

“Aqui é a maquete do estádio que temos agora e esta outra é a que teríamos se tivéssemos nos dedicado só a ganhar campeonatos” é a legenda da charge. Na outra foto, o furor popular com o luxo que era uma piscina olímpica nos anos 50

Quem ficava para trás era o campo caro de Villa Luro. Com noções de engenharia embora não houvesse completado o colegial, fruto do auxílio ao trabalho do pai na construção civil, Amalfitani achava mais viável livrar-se do aluguel desse campo (cujo contrato expirava ao fim de 1940, justamente) e erguer uma casa nova, e própria, na área pantanosa de Liniers, em terrenos tidos por irrecuperáveis oferecidos desde 1939 pelo Ferrocarril Oeste – a ferrovia em si, não o clube rival. Não foi fácil, porém, convencer outros diretores a embarcar naquilo, especialmente após requisitar que formalmente firmassem o aval da dívida que seria contraída para aquela aventura. O próprio fundador e amigo Nicolás Martín Moreno, na época presidente de honra, questionou-lhe que “não tens o direito de comprometer tua mulher e do teu filho”.

Foi somente após Amalfitani manter a teimosia a ponto de se dispor a oferecer sozinho seus bens em garantia é que os membros do conselho, se vendo sem saída moral, passaram a ajuda-lo; por vezes, coagia ao microfone doações entre os convidados de churrascos que reuniam mil pessoas. Sua lábia também se estendeu a caminhoneiros das obras da Avenida General Paz, prometendo cadeiras cativas aos que se permitissem a, em prol da drenagem das lagoas comuns na área e nivelamento do terreno, a baixar parte da terra que levavam. Ou a intendentes municipais com quem apostava no truco o asfaltamento das ruas adjacentes ao campo. Sua afiliação ao Partido Democrata Progressista o fazia uma figura politicamente neutra, com portas e ouvidos abertos em segmentos diversos, inclusive como maçom. Exaltava seu projeto como benéfico à toda a comunidade da zona e não apenas à torcida velezana.

O Fortín de Liniers foi inaugurado em 1943, chegada coroada com o tardio título da segunda divisão, sob o comando técnico de um ídolo como jogador na década anterior: Victorio Spinetto, logo outro condecorado como “sócio protetor” por indicação do presidente. Os anos que se seguiram foram destinados à manutenção segura na elite, enquanto que no início dos anos 50 os investimentos foram redirecionados às instalações: o estádio passou a ser de cimento em 1951 (foi um entre tantos campos remodelados com fomento público autorizado pelo ministro da fazenda, Ramón Cereijo, fanático por futebol e contemplado com cadeiras cativas vitalícias no Fortín em retribuição, embora fosse racinguista), ampliando a capacidade. Amalfitani, inclusive, pretendeu renunciar naquele momento. Foi demovido da ideia por torcedores que o levaram nos ombros carregado de casa à sede. Foram feitas reformas sanitárias e elétricas, inaugurada uma piscina olímpica (luxo raríssimo na época), uma pista de dança, quatro quadras de tênis, várias de basquete. Em 1952, a compra em definitivo do terreno ocupado se completou.

Assim, o Vélez voltava a ser um clube só, um clube “com” futebol e não “de” futebol, nos moldes do jeito Amalfitani de ver. A quem queria um time capaz de brigar por títulos, convidava-os a irem torcer por Boca ou River, retrucando que os campeonatos que ganhava eram cada garoto que entrava no Vélez. Mais do que torcedores, queria sócios. Dez anos após o retorno à primeira divisão e seguindo desde então sob o comando técnico de Spinetto, o Fortín foi vice na elite, em 1953, e o presidente não deixou barato na Memória e Balanço: “a obtenção de um campeonato não é pretensão ao qual o clube não aspire. A condição de que se admita de que não é essa a única fundamental ambição e sim a triunfante consequência de seu total valor institucional, determinado por realidades permanentes e em contínua evolução progressista (…). É bem-vindo o auspicioso título, mas trate de buscar-se nele a influência de outras sugestões que não sejam as do mero triunfo desprovido do conteúdo essencial”.

Túmulo de José Amalfitani no cemitério de La Chacarita, o maior da Argentina

Em 1956, o clube enfim superava os 30 mil sócios (ou cem vezes a quantidade de trinta anos antes…) e em 1958, a dos 40 mil. Os anos sessenta começaram com as festividades do cinquentenário de uma instituição reconhecidamente sólida, com grandeza que já exigia um primeiro título na elite, segundo a imprensa – como o editor da revista El Gráfico, Dante Panzeri, a reconhecer que comprar um estádio “requer o que não abunda no futebol, honestidade”, em referência a “um dos poucos dirigentes modernos que se apartou da política diretiva para entregar-se à política da administração (…) sem falar em comprar Didi ou Pelé, e sim estudando como comprar uma terra barata onde se possam levantar instalações baratas que tragam sócios caros. (…) Faz falta também um ser que é governante antes de ser torcedor (…). O Vélez chegou onde chegou e chegará seguramente muito além de onde está em menos tempo do que precisaram os que estão acima dele (que são muito pouquinhos)”.

O título tão cobrado enfim veio em 29 de dezembro de 1968, em uma das últimas homenagens em vida a Don Pepe. Uma das penúltimas, em 10 de novembro, foi a deliberação do clube em usar o nome do presidente para denominar oficialmente o Fortín de Liniers. Todos estavam cientes de que o presidente estava com dias de vida contados, usados pelo cartola para vedar o elenco campeão em disputar a Libertadores de 1969: não via vantagem econômica no torneio e sim em disputar a terceira Copa Montevidéu, um hexagonal amistoso de janeiro a fevereiro que reuniu Vélez, Independiente, Nacional, Peñarol, Sparta Praga e Torpedo Moscou. O clube, afinal, tinha uma nova iluminação noturna para providenciar ao Fortín – inaugurada em alto estilo, em 1-1 com outro time a priorizar excursões amistosas à disputar a Libertadores na época, o Santos de Pelé.

A postura esportivamente questionável (o craque Daniel Willington, chegado adolescente de Córdoba e a quem Amalfitani ensinara a gerir o próprio dinheiro, diria que os fortineros não deviam nada aos futuros bicampeões do Estudiantes) seria recompensada de outro modo: em 1978, o estádio José Amalfitani foi uma das sedes da Copa do Mundo, mesmo com Buenos Aires já fornecendo também o Monumental. Que, apesar de ter maior capacidade, tinha instalações de qualidade inferior ao campo – que, segundo os dirigentes da FIFA, era o melhor estádio da Copa, rendendo lamentações por não ter sido usado mais vezes.

Além de um busto, diversas obras e um dos campos mais bonitos do país, Don Pepe ainda deixou instaurada uma filosofia de administração – que, resgatada nos anos 90 após contínuas contratações “galáticas” marcarem a pouco exitosa década anterior, renderam na década mais dourada do Fortín. Década que fez o time de Liniers passar a ser postulado como o autêntico “sexto grande” do futebol argentino, o elemento extra historicamente buscado ao quinteto clássico sedimentado em Boca, River, Racing, Independiente e San Lorenzo. Para os seguidores de Amalfitani, porém, a ordem dos fatores é outra: mais do que ter-se tornando o sexto “clube grande”, o Vélez foi sim “o primeiro a se tornar um grande clube”.

Caio Brandão

Advogado desde 2012, rugbier (Oré Acemira!) e colaborador do Futebol Portenho desde 2011, admirador do futebol argentino desde 2010, natural de Belém desde 1989 e torcedor do Paysandu desde antes de nascer

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