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Tata Martino faz primeira convocação da Argentina pós-Copa do Mundo

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Foi aquela confusão em torno do nome, mas finalmente na última quinta-feira, 14 de agosto, a AFA confirmou Tata Martino para o comando da Albiceleste. Na tarde de hoje, o novo técnico fez sua primeira convocação da Argentina com vistas ao amistoso em Düsseldof, na data de 03 de setembro. Contudo, não é apenas o rival da Final da Copa do Mundo que será o mesmo. Na lista de Martino estão simplesmente os mesmos 23 jogadores que estavam sob comando de Sabella. Ideia prévia era a de não fazer grandes alterações. Só que não teve nenhuma. Responsável por isso é a falta de tempo para conhecer os jogadores, esses seres de outro planeta, que jogam em campeonatos de outros planetas, numa galáxia em que a tal da comunicação ainda não foi inventada.

Coisa feia essa do Martino. Essa de que não houve tempo para conhecer os jogadores. Mas, vejamos o que de fato permeia essas considerações. Segundo o treinador, não se fazia possível a inauguração de um trabalho à disputa do amistoso de setembro diante da Alemanha. Nisto, subentende-se o pavor do novo treinador em começar perdendo no comando da Argentina. Isto mostra que o moço já se sente pressionado mesmo antes de iniciar o trabalho. Desta forma, os nomes para este jogo seriam quase os mesmo, com pouquíssimas alterações.

Mas não mudou absolutamente nada. Os mesmos 23 jogadores da Final, contra a Alemanha, foram chamados por Martino. Disto decorre que para o novo técnico o trabalho mesmo só começa depois desse jogo. O medo de perder de um grande rival impede o técnico de ao menos mesclar o elenco anterior com algumas novidades. E assim, perde-se a oportunidade de apresentar uma Alemanha para jogadores como Lucas Romero, por exemplo. Desnecessário dizer o quanto as coisas na AFA seguem da mesma forma. Difícil, mas necessário reconhecer que Tata Martino começa seu trabalho adotando o “maldito” conservadorismo que tanto faz mal para um trabalho de renovação.

Óbvio que vamos lembrar aos esquecidos quem são os 23. Ei-los, portanto:

Arqueiros

Sergio Romero (Sampdoria)
Mariano Andújar (Napoli)
Augustín Orión (Boca)

Defensores

Pablo Zabaleta (Manchester City)
Ezequiel Garay (Zenit)
Federico Fernández (Swansea)
Marcos Rojo (Manchester United)
Hugo Campagnaro (Inter de Milão)
José María Basanta (Fiorentina)
Martín Demichelis (Manchester City)

Meio-campo

Javier Mascherano (Barcelona)
Lucas Biglia (Lazio)
Ángel Di María (Real Madrid)
Enzo Pérez (Benfica)
Augusto Fernández (Celta)
Ricardo Álvarez (Inter de Milão)
Maxi Rodríguez (Newell´s)
Fernando Gago (Boca)

Atacantes

Lionel Messi (Barcelona)
Sergio Agüero (Manchester City)
Gonzalo Higuaín (Napoli)
Rodrigo Palacio (Inter de Milão)
Ezequiel Lavezzi (Paris Saint Germain)

Joza Novalis

Mestre em Teoria Literária e Lit. Comparada na USP. Formado em Educação e Letras pela USP, é jornalista por opção e divide o tempo vendo futebol em geral e estudando o esporte bretão, especialmente o da Argentina. Entende futebol como um fenômeno popular e das torcidas. Já colaborou com diversos veículos esportivos.

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