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Relembre Mario Kempes, que hoje faz 70 anos

Originalmente publicada pelo aniversário de 60 anos, em 15-07-2014

Segundo diversos sites estrangeiros sobre origens de sobrenomes, “Kempes” derivaria de antiga expressão germânica (segundo alguns sites, do inglês antigo, outros do normando, para outros do anglo-saxão) por sua vez derivada do latim campus, “campo”, mas ganhando sentido um pouco diferente: designaria desde um soldado raso de um campo de batalha a lutador (Kampf, “luta” em alemão, seria um cognato) e poderia significar também “campeão”. Bom, todos esses sentidos cairiam bem ao mais ilustre homem a carregar atualmente o sobrenome. Homem que hoje se torna sessentão.

Mario Alberto Kempes Chiodi herdou a linhagem de um imigrante alemão. Da parte materna, o sangue era italiano. Veio dos campos daqueles pampas do interior cordobês (sua cidade natal de Bell Ville fica a três horas de ônibus da capital) para brilhar na seleção, onde começou como um soldado raso e, ainda garoto, terminou como campeão mundial, principal jogador do primeiro título hermano em Copas. Só faltou seu sobrenome significar também El Matador, que já surgiu em um time apelidado de La Gloria: o Instituto, um dos principais clubes de sua província natal de Córdoba.

O pai, também chamado Mario (daí o apelido Marito do filho) já havia sido jogador de futebol do nanico Leones e não tivera problema em conquistar uma certa Eglis Chiodi, de família torcedora justo do rival Sarmiento. Foi o primeiro a detectar talento no primogênito. Os primeiros clubes foram o Platense e o Talleres, ambos de Bell Ville – não confundir com o poderoso Talleres de Córdoba. Paralelamente, trabalhava com o pai em uma carpintaria, cujo dono, um tal Eduardo Tossolini, também era dono de um clube de futebol, o Bell. Ao descobrir que um garoto de sobrenome Kempes arrebentava com 13 anos na base do Talleres, conversou com Mario pai e combinaram que o garoto jogaria no Bell. Sempre em jogos municipais, da liga bellvillense.

Nos infantis do Talleres de Bell Ville e pela seleção na curiosa noite em que ela enfrentou o Instituto de Córdoba – ao seu lado, o compadre Ardiles

Ainda nesses primórdios, chegou a participar de treinos do Newell’s, que visitava Bell Ville e tentou levá-lo, mas a oferta não agradou Mario pai – que também não autorizou o filho a acertar com outro interessado, o Nacional uruguaio, pois ainda faltava um ano para Marito completar o colegial. O primeiro acerto, quando o garoto já tinha 17 anos, foi com o Instituto, cujo presidente era amigo pessoal de Tossolini. O cartola ouviu falar do garoto e, visitando a carpintaria, aceitou a contraproposta de Tossolini: teria Kempes de graça se ele não fizesse dois gols em 15 minutos de teste. Não seria bem assim no fim das constas e outra mentira também fez parte dessa história: Kempes afirmou chamar-se Mario Aguilera ao treinador, que, não o tendo nas planilhas, testou-o primeiro.

Era um amistoso contra o Argentinos Central. O Instituto ganhou por 4-0 com o tal “Aguilera” marcando todos. Foi mantido para um quadrangular com a dupla principal cordobesa, Belgrano e Talleres, e também com o Central Córdoba. O Instituto venceu tudo (1-0 no Belgrano, 3-1 no Talleres, 3-0 no Central) e Kempes marcou em todos. Em 10 de março de 1972, enfim assinava contrato, em troca do pagamento pela instalação de iluminação artificial no estádio do Bell – outras fontes afirmam que o negócio foi fechado por 3 milhões de pesos mesmo. Em La Gloria, reeditaria parceria com outro célebre natural de Bell Ville: Osvaldo Ardiles. Se conheciam desde os 13 anos.

No segundo semestre, enquanto se formava no colegial, Kempes, já um componente da seleção juvenil (participou da campanha de bronze no Torneio de Cannes, naquele ano), ajudava o Instituto, historicamente a terceira força cordobesa, a voltar a ser campeão provincial depois de seis anos. As finais foram contra o Belgrano na semana natalina: 2-0 com dois dele na ida e 5-2 com três do garoto na volta. Contudo, a repercussão foi pouquíssima: não houve cobertura de nenhuma mídia daquelas finais por conta de greves típicas daquele período político conturbado com o fim da ditadura de Lanusse e a volta de Perón do exílio.

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No celebrado Instituto de 1973, Willington (último agachado) era o mais celebrado. Mas Kempes (terceiro agachado), Oviedo e Ardiles (quarto e quinto em pé) seriam campeões mundiais na seleção meia década depois

A taça serviu ao menos para o Instituto disputar pela primeira vez o Torneio Nacional, criado em 1967 para reunir os melhores times do interior com os melhores colocados do campeonato argentino (renomeado “metropolitano” enquanto o Nacional existiu, até 1985). Aquele celebrado elenco da Gloria tinha, além dele e de Ardiles, um outro futuro campeão mundial em 1978, Miguel Oviedo, emprestado pelo próprio rival Racing de Córdoba. Mas na época as figuras de mais prestígio eram o veterano Daniel Willington, craque do vizinho Talleres e protagonista naquele que por muito tempo foi o único título do Vélez na elite, em 1968, e o promissor Alberto Beltrán.

O Instituto não saiu de um 8º lugar no seu grupo e mais perdeu que ganhou. Mas Kempes se sobressaiu: fez 11 gols em 13 jogos e terminou em terceiro na artilharia. Acabou convocado pela seleção, ainda que sem pompa: era para um elenco “B” formado para vencer a Bolívia em La Paz para não correr riscos de ficar de fora da Copa 1974 – a Albiceleste não havia se classificado para a de 1970 e se não se classificasse de novo teria sua capacidade moral de sediar 1978 questionada. Eram tempos em que a FIFA, pré-Havelange, ainda não era uma empresa…

Ainda assim, Kempes foi o segundo jogador do futebol cordobês aproveitado pela seleção e o primeiro em mais de meio século. A primeira partida não chegou a ser oficial; foi em 5-1 sobre o clube Sarmiento de Junín, em 29 de julho, e ele precisou sair cedo: Roque Avallay, que o substituiu, marcou gol já aos 22 minutos do primeiro tempo. Curiosamente, o segundo jogo foi contra o próprio Instituto de Córdoba. Substituiu no intervalo o próprio Avallay na vitória por 2-1 sobre os colegas de clube, em 8 de agosto. A estreia oficial veio enfim no jogo decisivo com a Bolívia na altitude, em 23 de setembro.

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Quando a revista El Gráfico elegeu os maiores ídolos do Central, pôs Kempes na capa junto de três ídolos que venceram ao menos 2 dos 4 nacionais do clube. Só Kempes não venceu nenhum e tinha bola para estar ao lado deles

A chamada “Seleção Fantasma” marcou a vinda de outros futuros campeões mundiais como Ubaldo Fillol, Ricardo Bochini e Marcelo Trobbiani e venceu por 1-0 (falamos aqui). Kempes já havia sido aproveitado pelo técnico dela, Miguel Ignomiriello, naquela seleção juvenil que jogara em Cannes em 1972. Foi o último jogador do futebol cordobês na seleção antes de César Menotti ser técnico dela.

Menotti, por sua vez, foi o único a valorizar largamente o futebol do interior, que vivia uma geração de ouro (confira) como todo o país. Ainda em 1973, em 2 de outubro, ele defendeu o Talleres em amistoso contra o Boca, marcando inclusive o único gol do jogo. Mas seu clube seguinte seria o Rosario Central: em 1974, Marito passou por 130 milhões de pesos ao recém-campeão Torneio Nacional. Poderia ter ido ao próprio Boca, com quem simpatizava na infância, embora se assustasse pelo fanatismo excessivo do avô pelo mesmo clube. Mas faltou a assinatura do presidente xeneize Alberto J. Armando. “Como este temos cem em La Candela”, afirmou o dirigente em relação ao local de treinamentos de base boquense (já no ocaso da carreira, em 1984, observado pelo futebol dos EUA, quase atuou um amistoso pelo clube, que excursionava por lá).

Luis Indaco, velho goleador do Central (e seleção) nos anos 20, visitava regularmente Córdoba no trabalho como ferroviário e avalizou que o ex-clube fechasse logo com o garoto. O Central o contratou por um então recorde, 130 milhões de pesos velhos. Ali, virou El Guaso, quase uma tradução do sobrenome Kempes: é uma gíria para quem é campesino, rústico e afins. Junto com o talismã Aldo Poy (primo do antigo ídolo são-paulino José Poy), se tornou em 1974 o primeiro convocado a uma Copa a partir do futebol rosarino, após vitimar a própria Albiceleste – foi dele o terceiro gol do recordado 3-1 aplicado pela seleção rosarina em amistoso pré-Copa em 17 de abril.

Os dois primeiros gols de Kempes na Copa 1978, ambos contra a Polônia: em cabeceio e concluindo jogada do compadre Ardiles, caído ao fundo

Passaria em branco no mundial da Alemanha e inicialmente só deixou quatro golzinhos no Metropolitano de 1974, ganho justamente pelo rival Newell’s – em pleno clássico, mas com a sorte de tanto Kempes como Poy estarem ocupados com a Copa. Assim que voltou da sua primeira Copa, Kempes enfim triunfou no novo clube: no Nacional de 1974, foi artilheiro com 25 gols em 25 jogos e o time foi vice por um mísero ponto a menos que o San Lorenzo.

Paralelamente, seguia na seleção “interiorana” de Menotti a ponto de ser quem mais jogou (23 vezes) e marcou (14) pela Argentina vindo do Rosario Central. É também o maior artilheiro dos canallas na elite, com 94 gols. 7, no clássico com o Newell’s – o mais importante, no 1-0 de 11 de abril de 1975, que definia quem avançava às semis da Libertadores, na época travada em triangulares. O Central só não foi à decisão nos critérios de desempate com o grande Independiente, vencedor das três edições anteriores do torneio e que viria a faturar o tetra. O último jogo de Kempes pelos auriazuis também foi um clássico, um 0-0 em 1 de agosto de 1976 pelo Metropolitano, do qual foi artilheiro com 21 gols em 22 jogos.

Foi nessa época que virou El Matador, apelido criado pelo narrador José María Muñoz: “me reprovava porque não fazia muitos gols de visitante. E me prometeu que se convertesse dois gols de visitante no jogo seguinte ia me pôr um apelido. Jogamos contra o Banfield, fiz 3 e aí ganhei o mote”, explicou – na verdade, foram dois em vitória por 3-1, que bastaram. Pelo recorde nacional de 600 milhões de dólares, acertou com o Valencia, então treinado por Alfredo Di Stéfano. Manteve o poder de fogo, sendo artilheiro de La Liga logo na primeira temporada e também na segunda por um clube que terminava sempre longe das cabeças.

Por ser argentino naturalizado, o goleiro do Peru nos 6-0 ficaria presumivelmente questionado. Mas até em condições normais era covardia para Ramón Quiroga ver Kempes cara a cara: à esquerda, o primeiro gol e, à direita, o terceiro

Menotti, que não o usava desde 1976 (na época, ir à Europa só fazia afastar o jogador da seleção), resolveu convoca-lo ao mundial de 1978, para o qual Kempes foi o único “estrangeiro” da seleção. Após dois anos de ausência na Albiceleste, Kempes reestreou em 13 de maio de 1978, marcando dois gols em 7-0 contra o combinado da liga do sul de Buenos Aires, sendo curiosamente substituído por um Maradona ainda não cortado por Menotti. Ainda deixou o dele em um 3-1 sobre a seleção cordobesa, três dias depois. Já a reestreia oficial seria na própria Copa, no jogo inaugural da campanha, contra a Hungria na Copa. Por aqueles coincidências místicas, em meio à numeração argentina dada por ordem alfabética, fazendo o meia Norberto Alonso vestir a camisa 1 enquanto o goleiro titular Ubaldo Fillol usava a 5 nas costas, Kempes vestiria justamente a camisa 10…

A organização pensava em facilitar a vida da seleção, programando todos os seus jogos da fase inicial para Buenos Aires. Se terminasse líder da chave, ela seguiria sempre fazendo jogos só na capital. Mas a derrota para a Itália deu a liderança e a benesse de jogar todas as partidas no Monumental de Núñez à Azzurra. A Argentina teria que fazer seus três jogos na segunda fase de grupos em Rosario. Para Kempes, foi certo por linhas tortas, pois só desencantou quando passou a jogar no Gigante de Arroyito, casa do seu antigo Rosario Central. Na estreia na segunda fase, dois gols nos 2-0 na Polônia, de cabeça e livrando-se do marcador em jogada do “parceiro” Ardiles. Outros dois vieram no polêmico 6-0 no Peru, tocando na saída do goleiro após triangular com Américo Gallego no primeiro e Ardiles no outro, que foi o terceiro.

Os outros dois gols vieram na final. No primeiro (cuja comemoração é retratado na imagem que abre essa matéria), recebeu a bola perto de meia-lua, irrompendo entre marcadores pela grande área holandesa e tocou na saída do goleiro. Seu sexto gol na Copa, por sua vez, veio após ele livrar-se de dois carrinhos, chutar sobre o goleiro e então – mesmo perdendo equilíbrio – mandar do jeito que desse para as redes no rebote antes que a bola fosse afastada por dois laranjas. Além de encaminhar o título, garantido de vez quando Daniel Bertoni anotou o terceiro gol, o lance também o isolou na artilharia da Copa, ultrapassando Rob Rensebrink – que ficou a uma trave no fim do tempo normal de ter para si a barba, cabelo e bigode feitos por Kempes. Que, ironicamente, sequer tocou na taça nos festejos!

Kempes e Bertoni festejam o segundo gol do artilheiro na final de 1978. Depois o próprio Bertoni faria o dele para fechar os 3-1. O deitado Ernie Brandts e o caído Jan Poortvliet se rendem antes mesmo da bola encostar na rede

Aquela também foi até hoje a única vitória argentina em dez jogos contra a Holanda, pois os resultados nas Copas de 2014 e 2022 foram oficialmente empates. Kempes seguiu bem no Valencia, sendo hoje nome de arquibancada no Mestalla. Marcou os dois gols da final da Copa do Rei sobre o Real Madrid em 1979 e venceu a Recopa e a Supercopa Europeias em 1980. Contudo, de início não se manteve na seleção, só voltando para o Mundialito de janeiro de 1981. Acertou então um empréstimo com o River. Ele encabeçou uma generosa lista de astros contratados como resposta dos Millonarios ao sucesso de Maradona no Boca. O torcedor que contribuiu financeiramente para os 3,5 milhões de dólares da transferência teve ingresso de arquibancada por dez anos no clube.

O timaço do papel, porém, não engrenou nem na Libertadores, caindo na primeira fase, e nem no Torneio Metropolitano. Atrapalhado por lesões, Kempes teve uma sequência irregular de bons jogos no River, mas o saldo esportivo foi positivo: após uma primeira fase cambaleante, o River obteve o Torneio Nacional, com direito a vencer o Boca na Bombonera de virada “no jogo em que Kempes foi mais que Maradona”: Maradona fez o primeiro. Kempes, engando a barreira em uma cobrança de falta, empatou. Daniel Passarella virou, Jorge García faria 3-1 e o então atacante Ricardo Gareca só conseguiu diminuir.

El Matador também fez, de cabeça, o gol do título, no 1-0 sobre o Ferro Carril Oeste na final – que marcava um retorno triunfal do astro após seis jogos de suspensão disciplinar. Chegou até a enfrentar o próprio Valencia, em amistoso não-oficial da seleção argentina ainda em 22 de agosto. O que lhe tirou do River foi a crise financeira provocada pela ruína deixada pela ditadura. Ainda em junho de 1981, o peso já estava desvalorizado em 30% em relação ao dólar, moeda usada para o empréstimo de Kempes.

O Superclássico em que Kempes foi mais do que Maradona, em meio à campanha campeã nacional de 1981

O River não conseguiu paga-lo (outros clubes poderosos viveram o mesmo, como Boca, Vélez, Racing e Talleres, daí que os anos 80 tiveram muitos campeões incomuns) e teve de devolve-lo ao Valencia após a Copa de 1982, com a crise acentuada pela derrota nas Malvinas e demoraria cinco anos para voltar a ser campeão – maior enormidade vivida em Núñez entre 1975 e 2008. Kempes também não ia bem. O atacante, oficialmente, não tornou a marcar gols pela seleção, passando em branco nos doze jogos oficiais seguintes que fez após a final de 1978; ainda contabilizou oito partidas não-oficiais depois do título, marcando nas duas últimas: o único contra o Benfica, em 26 de maio de 1982, e três no 15-0 (!) sobre o ignoto clube Villajoyosa, em 6 de junho.

Em 1984, o contrato com o Valencia não foi renovado. Sinal da decadência precoce. Naquele ano, o astro jogou futebol de salão pelo Autocares Luz, no campeonato espanhol da modalidade. Na sequência, com onze gols, ajudou o Hércules de Alicante a manter-se na primeira divisão espanhola. Para o grande público, era pouco do que anos antes se esperava dele. Para os torcedores dos exóticos destinos que desbravava, lampejos da categoria que o imortalizara sobravam: jogando mais recuado, ajudou o First Viena, mais antigo clube austríaco (daí o nome, inclusive), a voltar à primeira divisão. Também colocou o modesto St. Pölten pela primeira vez na história na elite de Áustria. Brilhos que também reproduzia em jogos de veteranos; por exemplo, fechou um 3-1 da América do Sul sobre a Europa em amistoso em Tóquio em setembro de 1989, ocasião em que os demais gols foram de Valdano, Zico e Rummenigge. Também serviu a do Resto do Mundo nos amistosos de despedida de Giancarlo Antognoni em 1988 e de Oleg Blokhin (então outro astro da liga austríaca) em 1989.

Confortável nos Alpes, em 1992 chegou a dar a carreira por encerrada em outro clube da Áustria, o Kremser, e até fazer um jogo festivo de despedida com o Valencia, em 1993. Mas ainda havia cartucho para, com mais de 40 anos, marcar em 8 de fevereiro de 1995 simplesmente o único gol de um Clásico Rosarino (amistoso, é verdade, embora esse termo nunca seja adequado à rivalidade mais ferrenha do futebol argentino, tamanha a ponto de não ter vira-casacas por cerca de quarenta anos) como nos velhos tempos. Final tão cinematográfico que encorajou cenas pós-créditos: na segunda divisão chilena com o Fernández Vial naquele mesmo ano, e com o Pelita Jaya na liga da Indonésia em 1996.

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Em fevereiro de 1995, mostrou sua estrela: gordo e aos 41 anos, fez o único gol do Rosario Central em clássico-homenagem contra o Newell’s. Já declarou que quando cumpriu o serviço militar era obrigado a cortar o cabelo mais do  que o necessário porque seu superior era torcedor do rival…

Caio Brandão

Advogado desde 2012, rugbier (Oré Acemira!) e colaborador do Futebol Portenho desde 2011, admirador do futebol argentino desde 2010, natural de Belém desde 1989 e torcedor do Paysandu desde antes de nascer